quinta-feira, maio 29, 2014

CRÓNICA DA V CIMEIRA DE BENFICA

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A NOSSA REUNIÃO MAGNA DO MÊS DE MAIO,
A V CIMEIRA DE BENFICA, FOI MAIS UMA
VEZ MUITO ANIMADA.



O RC. o espirito do velho RC continua vivo, apesar do passar dos anos, e a julgar pelas memórias avivadas ontem na nossa Cimeira, vai continuar enquanto houver forças e motivação.


O nosso "Parlamento" esteve reunido ,e com senadores de alto coturno



Dina,Faustino,Zé Herdeiro,Ricardo,Manuela Mascarenhas,Rui Brito de Sousa, Susy Brito de Sousa,Farinho,Isabel,Maria João,João Ferradeira Pinto,Anabela,Manuela Brito e Silva,Alice Teles,Guedes Vaz,Teresa Guedes Vaz,Marcelo,Domingues,Vitor Santos e Azevedo.


Foram muitos os temas debatidos nesta Cimeira, tendo estado fóra dos debates qualquer questão relacionada com a mudança na nossa estrutura de Poder, onde a nossa Primeira Dina e a nossa Ministra dos Transportes e Eventos continuam a reunir o maior consenso politico ,não havendo qualquer movimento ou equiparado a pedir Congresso electivo para as substituir.


Desde as primeiras horas da manhã, se juntaram perto da escadaria do Restaurante Os Meninos, onde se reuniria o nosso Plenário,representantes dos Média de todo o Mundo, com destaque para o Correio de Colares, e a Gazeta de Castro Verde, atraídos pela presença dos desavindos Soba Vermelhusco ,adepto roxo da penosa, e do Ayatollah de Castro Verde, reitor lagartto da Madrassa local, e esperançosos por noticiar, alguma cena marada, algum desfecho sangrento do conflito.

Saíram furadas as suas expectativas, pois, apesar duma tentativa mais belicosa do Soba,e graças a intervenção da "turma do deixa disso" liderada pelo Abilio Azevedo,que chamou à razão o Vermelhusco, tudo acabou em "pizza", tendo os 2 selado com um abraço, o Processo de Paz.



O Tema principal acabou por ser o "cozido"

que colheu aceitação generalizada .


Outro momento forte da sessão , foi a estreia, pelo nosso companheiro e senador Zé Manuel Guedes Vaz , do seu novo babete, cuja côr azul, foi muito criticada, desde logo pela presença maioritária de grupos parlamentares adeptos da penosa e dos lagartos.

Como é da tradição os debates trouxeram para a mesa memórias do RC, e a figura incontornável do nosso antigo colega Guerra , foi recordada, em episódios como naquela ocasião em que ele, estando a arquivar as fichas de reservas, não viu chegar o chefe Curado. que fechou uma janela junto à então chamada "Coordenação",então o Guerra,reagiu furiosamente e gritando:"quem é que lhe deu autorização , abra já essa merda".
Surpreendido, o chefe voltou a abrir a janela e retirou-se assustado. Mais tarde mandaria chamar o Guerra para o repreender em privado...


Foram recordados ainda outros episódios, como os loucos textos criados em modo de "brainstorm", com cada um a mandar palpites para o ar sobre um tema pré determinado, com um relator a tomar notas (o Cascada), e a escrever um texto final , como o célebre "Aragoneza dos Milagres".

De salientar ainda, o belíssimo ambiente de boa disposição criado pela nossa "table stewardess" , uma brasileira natural da Rondónia, que ao longo da Cimeira fez jus à natural capacidade de comunicação dos nossos irmãos dos trópicos.

Não esquecemos o amigo Coelho de Almeida, actualmente a recuperar dum problema de saúde, a quem a TRANCA deseja um regresso rápido às nossa lides Cimeirais.


Não há ainda decisões sobre o local onde se realizará a próxima Cimeira, a Tranca divulgará detalhes logo que conhecidos.

Mantém-se a ideia de realizar a Cimeira de Setembro em Vila Viçosa, que decorrerá no Hotel Marmoris, e nesta sumptuosa sala, digna da nossa tradição


Até lá.

terça-feira, maio 27, 2014

A TRANCA ESTEVE NO MERCADO MEDIEVAL DE ALMODÔVAR

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HÁ JÁ ALGUNS ANOS QUE TENHO VINDO
A VISITAR O MERCADO MEDIEVAL DE
ALMODÔVAR, E ESTE ANO VOLTEI A
VIVENCIAR A VILA COMO SE ESTI-
VERA NA IDADE MÉDIA.


O desenho do centro da Vila de Almodôvar, adequa-se na perfeição à instalação de cenários medievais.
Daí que me tem sido muito prazeiroso voltar todos os anos e tornar a curtir o ambiente colorido dos mercado daqueles tempos.

Estive em Almodôvar no arranque da edição deste ano, e assisti à saída do Cortejo Real, do Convento a caminho da Praça (nestes dias chamada Praça Real)



pelo caminho bordejado de tendas coloridas





com artigos de epóca medieva




à medida que o Rei e sua Corte avançavam em pose real



Já na Praça (Real), e com o Rei e a Côrte instalados no Palanque Real, o Preboste Mór, fazendo uso das suas nobres competências, anuncia o inicio dos Festejos, convocando os alabardeiros para o disparo real.



Então o Rei, tomou a Real palavra e deu inicio aos Festejos


Depois, foi a vez do Clero




Então , por ordem real, as donzelas da Corte, dançaram para deleite do soberano e do Povo de ALMODÔVAR




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Não faltou a dança do ventre


E como numa festa medieval não pode faltar luta, tivemos

o duelo de espadas





Almodôvar continuou medieval por mais 2 dias, a Vila com as suas ruas do centro cheias de peças da época



Outras imagens poderão ser vistas na nossa página no faceboog CASA DAS PRIMAS, blogue do Alentejo.

quinta-feira, maio 22, 2014

V CIMEIRA DE BENFICA

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A NOSSA REUNIÃO MAGNA DESTE MÊS DE
MAIO, VAI ACONTECER NA PRÓXIMA 4ª.
FEIRA DIA 28, E VAI CHAMAR-SE
V CIMEIRA DE BENFICA.



Da nossa Primeira DINA, aí está a CONVOCATÓRIA

Este mês, por motivos de ordem administrativa, o nosso almoço será na quarta-feira dia 28.

RESTAURANTE "OS MENINOS"
rua Quinta do Charquinho 2B
( em frente ao Pingo Doce da av Uruguai - Benfica)
no local onde era o Dom João, onde estivemos umas duas ou três vezes.



ementa

entradas (pão, azeitonas,queijo seco, painho,manteiga)
cozido à Portuguesa
sobremesa (bolo bolacha, pudim de ovos ou fruta)
Bebidas ( não estão incluídos aperitivos e digestivos )
Café
Preço 15.50 euros

Até 2ª feira de manhã (dia 26) informação do número de pessoas.

Quero pedir-vos que me enviem o mais breve possível a vossa presença ou não neste nosso evento mensal.
Aproveito para vos comunicar que o Coelho de Almeida está melhor e já regressou a casa embora lhe custe ainda caminhar pois os músculos estão afectados pela permanência de muitos dias na cama.
Bjs

Dina

sábado, maio 17, 2014

AS NOSSAS CIMEIRAS

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OS NOSSOS ENCONTROS MENSAIS
A QUE CHAMAMOS CIMEIRAS, ES-
TÃO CHEIOS DE SAÚDE, E O DES-
TE MÊS ESTÁNA FORJA, AGUAR-
DEM CONVOCATÓRIA DA NOSSA
PRIMEIRA DINA




o DIA É - 27 DE MAIO
O LOCAL - AINDA NÃO SE SABE

PINDORAMA

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O ESPECTÁCULO DE LIA RODRIGUES
"PINDORAMA" VAI ESTAR EM PORTUGAL,
NO AUDITÓRIO DA CULTURGET, A 28,29
E 30 DE MAIO




Como abordar, ainda uma vez, as possíveis relações do estar junto? Misturando-se até a diluição? Afirmando limites e singularidades? Quais rituais, sacrifícios e acordos seriam necessários para a constituição de um coletivo, ainda que temporário? Que paisagens criar para Pindorama - nome indígena dado às terras brasileiras antes da chegada dos europeus? Ciclos de morte, transformação, vida.

“Pindorama” estreou, em novembro de 2013 no Festival d’Automne de Paris, com um convite especial para fazer uma turnê dentro da cidade de Paris, sendo apresentado em 4 teatros diferentes dentro da programação desse que é o mais prestigiado festival da França. Com todas as apresentações lotadas , “Pindorama” recebeu excelente crítica no jornal Le Monde : “Um pedaço de plástico transparente, água, corpos nus, silêncio… Depois de Pororoca (2009), que designa uma onda imensa nascida do encontro do oceano com um rio, de Piracema (2010) , que designa uma contra-corrente, sempre na língua tupi, Pindorama completa uma trilogia sobre a água com uma precisão incisiva … Estamos no teatro, mas mergulhamos em um mar arrebatador…Uma loucura de situações fugazes e belas…”
pindorama imagem
®sammi landweer

Criação e direção: Lia Rodrigues

Assistente da direção: Amália Lima

Dançado e criado em estreita colaboração com: Amália Lima, Leonardo Nunes, Gabriele Nascimento, Francisco Thiago Cavalcanti, Clara Castro, Clara Cavalcante, Dora Selva, Felipe Vian, Glaciel Farias, Luana Bezerra, Thiago de Souza, com a participação na criação de Gabriela Cordovez

Dramaturgia: Silvia Soter

Colaboração artística: Guillaume Bernardi

Criação de Luz: Nicolas Boudier

Fotografia: Sammi Landweer

Professores convidados: Amália Lima, Marcela Levi, Cristina Moura e Sylvia Barretto

Secretaria/Contabilidade: Gloria Laureano

Assessoria de Imprensa: Claudia Oliveira e Mariana Bezerra

Produção/Consultoria de projetos :Claudia Oliveira

Produção-difusão internacional: Thérèse Barbanel/“Les Artscéniques”. Assistente: Colette de Turville

Residência de criação no Théâtre Jean-Vilar de Vitry, projeto de ' compagnonnage', com o apoio do Conseil Régional d’Ile-de-France.

Coprodução: Festival d’Automne à Paris, Théâtre national de Chaillot, Théâtre Jean Vilar de Vitry-sur-Seine, La Briqueterie/CDC du Val-de-Marne, King's Fountain, Kunstenfestivaldesarts em corealização com o Kaaïtheater (Bruxelas) e HELLERAU-European Center for the Arts (Dresden, Alemanha).

Em parceria com a Redes da Maré e o Centro de Artes da Maré
Apoio do Grupo Conexão G

Correalização do Festival d'Automne à Paris / Théâtre national de Chaillot / Théâtre de la Cité internationale.

Realização: Rodrigues & Assumpção Produções Artísticas

A Lia Rodrigues Companhia de Danças recebe patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet - Lei Federal de Incentivo à Cultura - dinheiro público, originário de renúncia fiscal,dentro do programa Petrobras Cultural 2010 de “Manutenção - por 2 anos - de Grupos e Companhias de Teatro e Dança

terça-feira, maio 13, 2014

HISTÓRIA CRUA - O INFANTE D.HENRIQUE

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INFANTE DOM HENRIQUE
revisão da matéria


A questão que a TRANCA levanta nesta crónica, é a de saber, se os créditos que são atribuídos ao Infante Dom Henrique, a quem a História oficial atribui a paternidade dos Descobrimentos portugueses do sec XVI, tem razão de ser, tem pernas para andar, faz algum sentido.
O quinto filho de Dona Filipa de Lencastree D.João I, terá tido o talento, o engenho, e a capacidade de conceber e liderar tão enorme tarefa?

No dia em que festejou os seus 7 anitos, o seu irmão mais velho, o Duartito, então com 10 anos,, e que viria a ser rei de Portugal com o nikname de Dom Duarte, numa daquelas brincadeiras idiotas de jovem em "idade-do-armário",obrigou-o à força a engolir um pau de pimenta verde do Malabar, o que lhe provocou uma monumental raleira, e ainda, um efeito preverso ,que lhe viria a determinar o futuro. Provocou-lhe uma forte erecção precoce desatempada.
Andou uma semana de "pau feito", não havendo já um só músculo penial, por mais minusculo que fosse que não estivese dolorido, em sofrimento.
Este episódio marcá-lo-ia pela vida fóra, e já adolescente, com buço prenunciado, em idade de conquista, a simples lembrança do que havia sentido, o fazia desviar o olhar sempre que alguma garina mais assanhada deixasse vêr uma pontinha da coxa, bandeasse as pretuberâncias calipígias, ou revelasse qualquer ponta de generosos peitorais.
Foi pois na hora do "vamos a vêr", no momento das grandes decisões,que o nosso herói trocou as mulheres pelos barcos, pelas especiarias , pelas rotas marítimas, pelas velas e pelos sextantes...
Sua mãe, preocupada com a continuidade da espécie, ainda tentou espevitar a sua macheza, convencendo-o a fazer um inter-rail pelos países nórdicos, pois já nessa época se falava na forma desinibida como as suecas tratavam das coisas do sexo.
Mas tudo em vão. O Infantinho acabou por se apaixonar por um Drakkar-a-remos do mar do norte.

Então e Sagres? E os Descobrimentos?
Teriam mesmo sido planeados pelo Infantão do chapéu de abât-jour?

A Tranca vasculhou as gavetas da História, os baús do passado, os documentos apócrifos, os forros dos bolsos dos nossos antepassados, escondidos no tempo, analisou relatos dos cronistas medievos, papiros garatujados por mareantes, corsários, mouros de Rabat-Saleh, pescadores de Sagres, briteiras de lupanares de doca dos portos dos Algarves e do norte de Africa, interpretou, intuiu, reconstruiu, lavou os factos, pô-los a secar, e agora está na posse da pura verdade Histórica.

Ora o Infantão, herdou a manha e aquele já citado chapéu pavoroso, (falaremos adiante dele) de sua bisavó paterna, Dona Brites, que tudo conseguia sem mexer uma palha, a todos intrujava com irresistível sedução, locupletando-se amiúde com os bens, ideias e bastas vezes com os corpinhos alheios.

Não, o Infante não planeou os Descobrimentos.
Antes, assenhoriou-se do conhecimento e informação alheios, montando um esquema de captação de dados, tipo agência imobiliária em Sagres, rodeou-se de marmajões sem escrúpulos pagos a peso de ouro, que percorriam as tascas das docas algarvias sacando informações a armadores e marinheiros que ali chegavam e partiam para a costa africana e com essas coordenadas ardilosamente sonegadas, foi desenhando os caminhos que seriam utilizados por Vasco da Gama e amigos na sua viagem de descoberta (?) da India.
Os seus esbirros faziam esperas aos navegadores em véspera de zarpar, aprisionavam-nos, e obrigavam-nos jurar que no regresso entregariam três quartos da mercadoria que traziam e a descobrir dez milhas da costa ocidental africana. para sul, deixando como penhôr, aprisionados , membros das suas famílias.
Obrigavam-se ainda , a trazer uma "lembrancinha, que podia ir de um pacote de liamba, um "plástico" de cola, um macaco domesticado da Baía de Arguim, e um kit de 10 efêbos virgens da Foz do Senegal obrigatoriàmente bem "apeirados" de membro viril e ataviados de cambraia, com acompanhamento de ouro, tâmaras e pevides de sândalo. Alguns chegaram mesmo a trazer cestinhas com frutos do brosque que muito deliciavam o nosso Infante.
E foi assim que sem custos de produção, com orçamentos baixissimos e a criação de um número ridiculo de novos postos de trabalho.que o Infantão se apoderou da História, , foi desenhando o mapa da Africa e das Indias, com informação contrabandeada, copiada, sonegada, sem pagar royalties ou impostos a seja quem fôr, sem descontos para a Previdência.

Post Scriptum:
A Tranca não pode dar por fim desta crónica de jornalismo de investigação, sem abordar com maior detalhe o tal chapéu que se tornou a imagem de marca do nosso herói.
O Infante sempre foi vidrado em chapéus.
O chapéu que foi desenhado pela avó Brites, tinha uma aba larga com reposteiro incorporado, que , deslizando ao longo de uma calha circular, tipo conveyor-belt, lhe permitia isolar-se do mundo, quando queria observar os mapas do Cabo Bojador ou simplesmemte tirar macacos do nariz.
Mas o Infante tinha mais chapéus. Este foi o mais divulgado por cronistas e historiadores tipo-Mattoso.

O do reposteiro era o mandatório, o indicado pelos conselheiros de imagem.

para os paparazzis, para as solenidades públicas. Fóra disso alternava com um sombrero que usava com trajes de luces, com um boné da claque dos Dragões , com um tricórnio à Napoleão, e que lhe dava um ar de rinoceronte perseguido pelo Fisco .

Mas nem sempre o Infantão usava a côr negra oficial.
Nesta imagem pode vêr-se o modelo alternativo "rosa cendré",sem cortinado, ,que utilizava quando ia "prá náite". Para o Casino de Sagres, mais formal, vestia o arrojado "modelo roxo velouté" cravejado de missangas e osso buco de
barrasco preto do Alentejo.

quarta-feira, maio 07, 2014

GENTE NOSSA - o CARLOS REDONDEIRO

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A 7 DE MAIO nasceu JOHANNES BRAHMS

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JOAHNNES BRAHMMS


Johannes Brahms (Hamburgo, 7 de maio de 1833 — Viena, 3 de abril de 1897) foi um compositor alemão, uma das mais importantes figuras do romantismo musical europeu do século XIX.

Hans von Bülow faz referência de Brahms como um dos "três Bs da música", apelidando sua primeira sinfonia como décima, fazendo referência a sua sucessão a Beethoven.


Biografia

No dia 7 de maio de 1833, em Hamburgo, nasceu Johannes Brahms. Seu pai, Johan Jacob, era contrabaixista e ganhava a vida tocando nos bares e nas tavernas da cidade portuária. Logo ele percebeu os dotes pouco comuns do filho e quando este completava 7 anos, contratou o excelente professor Otto Cossel para dar-lhe aulas de piano. Aos 10 anos, fez seu primeiro concerto público, interpretando Mozart e Beethoven. Também aos 10 anos, frequentava tabernas com seu pai e tocava lá durante parte da noite.

Não tardou a receber um convite para tocar nas cervejarias da noite hamburguesa, ao lado de seu pai. Enquanto trabalhava como músico profissional, Johannes tinha aulas com Eduard Marxsen, regente da Filarmônica de Hamburgo e compositor. Foi Marxsen quem lhe deu as primeiras noções de composição, para sua grande alegria.

Na noite, Brahms conhece Eduard Reményi, violinista húngaro que havia se refugiado em Hamburgo. Combinam uma tournée pela Alemanha. Nesta viagem, Brahms acaba conhecendo Joseph Joachim (famoso violinista, que se tornaria um de seus maiores amigos), Liszt e também os Schumann.

Em sua casa em Düsseldorf, no ano de 1853, Robert e Clara Schumann o receberam como gênio. Robert logo tratou de recomendar as obras de Brahms aos seus editores e escreveu um famoso artigo na Nova Gazeta Musical, intitulado Novos Caminhos, onde era chamado de "jovem águia" e de "Eleito". Quanto à Clara, existem muitas hipóteses de que os dois teriam tido um relacionamento amoroso, mas nenhuma prova - ambos destruíram cartas e outros documentos que poderiam afirmar isso.

Brahms ficou alguns anos perambulando entre as cidades da Alemanha, fixando-se em duas residências - a de Joachim em Hanôver e a de Schumann em Düsseldorf. Esta vida de errante haveria de terminar em 1856, com a trágica morte de Schumann. Foi quando conseguiu o emprego de mestre de capela do pequeno principado de Lippe-Detmold.

Em 1860, comete um grande erro: assina, junto com Joachim e outros dois músicos, um manifesto contra a chamada escola neo-alemã, de Liszt e Wagner, e sua "música do futuro". Embora Brahms nunca fosse afeito a polêmicas, acabou entrando nessa, o que lhe valeu a pecha de reacionário, derrubada apenas no nosso século pelo famoso ensaio de Schoenberg: Brahms, o Progressista.

Três anos mais tarde, resolve morar em Viena. Seu primeiro emprego na capital austríaca foi como diretor da Singakademie, onde regia o coro e elaborava os programas. Apesar do relativo sucesso que obteve, pediu demissão em um ano, para poder dedicar-se à composição. A partir daí, sempre conseguiu sustentar-se apenas com a edição de suas obras e com seus concertos e recitais.

Em Viena, conseguiu o apoio e admiração do importante crítico Eduard Hanslick, mas isso não era suficiente para garantir-lhe fama. Foi só a partir da estreia de Um Réquiem Alemão, em 1868, que Brahms começou a ser reconhecido como grande compositor. O reflexo disso é que, em 1872, foi convidado para dirigir a Sociedade dos Amigos da Música, a mais célebre instituição musical vienense. Ficaria lá até 1875.

Em 1876, um fato marcante: estreia sua Primeira Sinfonia, ansiosamente aguardada. Foi um grande sucesso e Brahms ficou marcado como sucessor de Beethoven - o maestro Hans von Bülow até apelidou a sinfonia de Décima.

Como alguém já observou, a vida de Brahms vai-se acalmando em razão contrária de sua produção. Os anos que se seguem são tranquilos, marcados pela solidão (manteve-se solteiro), pelas estreias de suas obras, pelas longas temporadas de verão e pelas viagens (principalmente à Itália).

Em 1890, após concluir o Quinteto de Cordas op. 111, decide parar de compor e até prepara um testamento. Mas não ficaria muito tempo longe da atividade; no ano seguinte, encontra-se com o célebre clarinetista Richard Mülhfeld, e, encantado com o instrumento e suas possibilidades, escreve quatro obras-primas, duas Sonatas para Clarineta e Piano, o Trio para Clarineta, Cello e Piano, e o Quinteto para Clarineta e Cordas, que está entre suas mais importantes peças de música de câmara.
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Sua última obra publicada foi o ciclo Quatro Canções Sérias, onde praticamente despede-se da vida. Ele deu a coletânea a si mesmo de presente no aniversário de 1896. Johannes Brahms viria a morrer um ano depois, em 3 de Abril de 1897.

Obras

Brahms dedicou-se a todas as formas, exceto balé e ópera, que não lhe interessavam - seu domínio era realmente a música pura, onde reinou absoluto em seu tempo. Podemos dizer que Brahms ocupou o espaço deixado por Wagner, que se dedicava à ópera, e com ele dominou a música da segunda metade do século XIX.

A obra brahmsiniana representa a fusão da expressividade romântica com a preocupação formal clássica. Em uma época onde a vanguarda estava com a música programática de Liszt e o cromatismo wagneriano, Brahms compôs música pura e diatônica, e ainda assim conseguiu impor-se. Talvez este seja um de seus maiores méritos. Em contrapartida, um fator que faz com que Brahms seja de certa forma inovador, é o seu estilo de modulação, sendo que, muitas vezes, Brahms usa de modulações repentinas dentro do discurso harmônico de suas obras, sempre trilhando caminhos de intervalos de terça.

Porém, a contragosto, Brahms viu-se no meio da querela entre os conservadores, capitaneados pelo crítico Hanslick, e os "modernistas", principalmente Hugo Wolf, sendo adotado pelo lado "reacionário". Como os wagnerianos acabaram por dominar a maior parte da crítica na virada do século, demorou muito para que a obra de Brahms fosse colocada no lugar que merecia.

Um dos que mais contribuíram para mudar esse estado de coisas foi Arnold Schoenberg, pai do dodecafonismo, que expôs, numa conferência realizada nos Estados Unidos em 1933, o quanto Brahms era inovador e até mesmo revolucionário. Hoje, esta é a ideia predominante: Brahms é um dos compositores mais conhecidos.

Os estudiosos dividem em quatro fases a obra brahmsiniana. A primeira é a juventude, onde apresenta um romantismo exuberante e áspero, como no primeiro Concerto para Piano. Ela vai até 1855. A segunda corresponde à fase de consolidação como compositor, que culmina no triunfo do Requiem Alemão, em 1868. Aqui, ele toma gosto pela música de câmara e pelo estudo dos clássicos. A terceira fase é a maturidade, das obras sinfônicas e corais. Brahms atinge a perfeição formal e grande equilíbrio. O último período começa em 1890, quando, no final da vida, pensa em parar de compor. As obras tornam-se mais simples e concentradas, com destaque para a música de câmara e pianística. O Quinteto para Clarinete é exemplo típico dessa fase outonal.

Música de Piano

Brahms dedicou grande parte de sua obra ao piano, principalmente na juventude e na velhice. As obras juvenis, como as três sonatas (em Fá Sustenido Maior, Dó Maior e Fá Menor), são vigorosas e apaixonadas, superabundantes em termos temáticos.
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Música de câmara

Este foi o gênero brahmsiniano por excelência, tendo exemplares em todas suas quatro fases. Entre as primeiras, destacam-se o ardente Trio op. 8, que seria revisado 35 anos mais tarde, o impressionante Sexteto de Cordas no. 1 e o exuberante Quarteto para Piano op. 25 - o último seria orquestrado por Schoenberg, que queria demonstrar as potencialidades sinfônicas da obra.

Mais maduros, os dois Quartetos de Cordas op. 51 demonstram a capacidade de síntese e concentração que viria a caracterizar a maturidade artística de Brahms. O terceiro quarteto, opus 67, seria menos tenso. Composto já no final da vida, o Quinteto de Cordas op. 111, considerado perfeito pelo compositor, é mais vigoroso e alegre.

Este Opus levou Brahms a ensaiar uma aposentadoria, mas ela não veio. Ainda comporia mais quatro obras camerísticas, todas dedicadas ao clarinete. Destaque para o quinteto e para as duas sonatas compostas para o instrumento, suas últimas peças no gênero.

No campo da sonata de câmara, Brahms compôs três grandes sonatas para violino e piano (a primeira é a mais conhecida) e duas sonatas para violoncelo e piano.

Música vocal

Brahms foi um grande compositor de canções. Numericamente, os lieder formam a maior parte da obra brahmsiniana. Entre os ciclos mais conhecidos encontram-se Romanzen aus Magelone e as Quatro Canções Sérias, este último sua obra derradeira.

Na música coral de Brahms, destacam-se Um Requiem Alemão, talvez sua obra mais famosa, que o consagrou definitivamente, a Canção do Destino e a Rapsódia para Contralto, magnífica peça que encantou até Hugo Wolf, habitual crítico.

Música orquestral

Brahms levou relativamente um longo tempo para compor suas obras orquestrais: apenas na sua fase madura é que o gênero é explorado em peças de fôlego.

Sua primeira obra-prima no campo é o majestoso Concerto para Piano n.º 1, que tem um caráter quase de sinfonia. As duas serenatas, opus 11 e 16, são bem mais leves e têm um sabor clássico.

Mas foram as Variações sobre um Tema de Haydn em sua versão orquestral que realmente impulsionaram Brahms no gênero e abriram terreno para sua Primeira Sinfonia. Solene e dramática, esta sinfonia tem forte afinidade com as similares de Beethoven, principalmente com a Terceira e Quinta.

Já a Segunda Sinfonia é mais mozartiana e pastoral - chega a lembrar a Sexta de Beethoven - com sua orquestração leve e brilhante. A Terceira, com dois movimentos lentos e um finale sombrio, que retoma as ideias do início, é, das suas sinfonias, a mais pessoal e enigmática.

A Quarta Sinfonia é a mais conhecida delas, e talvez a maior de todas. Sua orquestração compacta e a monumental chacona do finale remetem o ouvinte à música pré-clássica, principalmente Bach.

Além das sinfonias, Brahms escreveu também duas aberturas. A Abertura Festival Acadêmico é uma obra alegre e circunstancial, em contraste com a a Abertura Trágica, uma obra de uma nobreza quase sombria, composta ao mesmo tempo que a anterior.

No campo do concerto, a primeira obra da maturidade é o Concerto para Violino, de difícil execução mas de grande expressividade. É uma de suas peças mais populares. O segundo Concerto para Piano remete ao primeiro, composto 23 anos antes, em seu caráter sinfônico, com seus grandiosos quatro movimentos.

A última obra orquestral de Brahms é o Concerto Duplo, para Violino e Violoncelo. É uma de suas obras mais apaixonantes. O diálogo entre os solistas no movimento lento é um dos pontos altos de toda a produção brahmsiniana, e vale como um resumo de sua obra: os mais complexos e contraditórios sentimentos são aqui pintados em delicados meios-tons.

PRELIMINARES

preliminares

Um dia, ele disse que ia ali à esquina comprar cigarros. E desapareceu.
Não é força de expressão ou sentido figurado.
Ele disse exatamente isto: "Vou ali à esquina comprar cigarros "... e ficou dez anos desaparecido.
Inesperadamente regressou.....
Bateu à porta. A mulher foi abrir e lá estava ele.
Dez anos mais velho, mas alí estava ele... quieto... sem dizer uma palavra.
A mulher despejou toda a revolta contida durante o decénio:
- Seu isto! Seu aquilo! Então dizes-me que vais comprar cigarros e desapareces? Abandonas-me,
Abandonas as crianças, ficas dez anos sem dar notícias e ainda tens o desplante, a falta de vergonha,
a coragem de reaparecer assim, sem mais nem menos ? Vais-me me pagar.
Fica sabendo que vais ouvir poucas e boas. Essa eu não nunca te perdoarei .
Estás a ouvir? Nunca! Entra, mas prepara-te para...
Nisto, o homem dá uma palmada na testa, e diz:
- Esqueci-me dos fósforos!!!!

LISBOA

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LISBOA,A LUZ, AS GENTES,
O MOVIMENTO, A CÔR.






segunda-feira, maio 05, 2014

GENTE NOSSA - O HELDER MESQUITA e o FARINHO

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Dois companheiros do velho RC

PREMONIÇÕES DE NATÁLIA CORREIA, NOS ANOS 80

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NATÁLIA CORREIA PREVIU MUITO
DO QUE NOS ESTÁ A SUCEDER COM
30 ANOS DE ANTECEDÊNCIA..



As premonições de Natália

"A nossa entrada (na CEE) vai provocar gravíssimos retrocessos no país, a Europa não é solidária com ninguém, explorar-nos-á miseravelmente como grande agiota que nunca deixou de ser. A sua vocação é ser colonialista".

"A sua influência (dos retornados) na sociedade portuguesa não vai sentir-se apenas agora, embora seja imensa. Vai dar-se sobretudo quando os seus filhos, hoje crianças, crescerem e tomarem o poder. Essa será uma geração bem preparada e determinada, sobretudo muito realista devido ao trauma da descolonização, que não compreendeu nem aceitou, nem esqueceu. Os genes de África estão nela para sempre, dando-lhe visões do país diferentes das nossas. Mais largas mas menos profundas. Isso levará os que desempenharem cargos de responsabilidade a cair na tentação de querer modificar-nos, por pulsões inconscientes de, sei lá, talvez vingança!"

"Portugal vai entrar num tempo de subcultura, de retrocesso cultural, como toda a Europa, todo o Ocidente".

"Mais de oitenta por cento do que fazemos não serve para nada. E ainda querem que trabalhemos mais. Para quê? Além disso, a produtividade hoje não depende já do esforço humano, mas da sofisticação tecnológica".

"Os neoliberais vão tentar destruir os sistemas sociais existentes, sobretudo os dirigidos aos idosos. Só me espanta que perante esta realidade ainda haja pessoas a pôr gente neste desgraçado mundo e votos neste reaccionário centrão".

"Há a cultura, a fé, o amor, a solidariedade. Que será, porém, de Portugal quando deixar de ter dirigentes que acreditem nestes valores?"

"As primeiras décadas do próximo milénio serão terríveis. Miséria, fome, corrupção, desemprego, violência, abater-se-ão aqui por muito tempo. A Comunidade Europeia vai ser um logro. O Serviço Nacional de Saúde, a maior conquista do 25 de Abril, e Estado Social e a independência nacional sofrerão gravíssimas rupturas. Abandonados, os idosos vão definhar, morrer, por falta de assistência e de comida. Espoliada, a classe média declinará, só haverá muito ricos e muito pobres. A indiferença que se observa ante, por exemplo, o desmoronar das cidades e o incêndio das florestas é uma antecipação disso, de outras derrocadas a vir"."

Natália Correia