...
Já lá vão 2 anos que o CARREIRAS saíu da Linha de Africa.
Saíu em NovemBro de 2001, e nessa data, dedicámos-lhe um teXto, cuja cópia ainda hoje está afixada na parede da Secção. Nessa altura chamá-mo-lo Frei Xico do Cabanejo e publicamos aqui o texto integral:
FREI XICO DO CABANEJO VAI ABANDONAR O CONVENTO!!!
Vai deixar o nosso convivio, Frei Xico.
O Convento sem Frei Xico e sem Cabanejo, nunca mais será o mesmo.
Porque a Alma do Cabanejo, e do Convento, é Frei Xico.
Sem Xico, à noviça Tareijinha restará a saudade e o fumo, a posse de Bissau e restos do maldito code-share dos nartas de Maputo. Madre Tareija, numa de imperialismo, anexará terra dos Macondes, e terá um Império maior que a Raínha Ginga jamais sonhou, numa Angola sem portugas.O Cabanejo, esse, será confiado a Monsenhor Don Jorge da Sofia, pois atributos não lhe faltam, para dar movimento e uso, a esse grande invento, com o qual Frei Xico atrrecadou o "sesso d.oro" do VI International Sex Contest of Buraca.
Sem Frei Xico, nunca mais a Tasquinha será a mesma.
Sem ele, o arroz de polvo perderá o brilho e o gôsto.
Tinto sem Xico será zurrapa, virará água pé sem castanhas.
Frei Xico, ai de ti que não apareças. No Convento e na Tasquinha....
TRANCA - Revista do antigo RC / Controle de Reservas. Actual Revenue/QRL/SQQ/Irregularidades/Comunidade ex-RC.
segunda-feira, dezembro 29, 2003
PIANARISMO ,uma nova visão do mundo V
..
Prosseguimos hoje com o estudo sobre o Pianarismo:
Os aparelhos ideológicos de qualquer religião, são de importância vital,
para garantir a constante reprodução dos pressupostos que consituiram, num
dado momento histórico, o seu nascimento.
O catolicismo tem a Biblia, o Papa, e os filmes do Cecil B. de Mille. O
Islamismo, tem o Corão, o Maomé, Meca, a Pedra Negra e os Feddayins do Povo.
O Budismo o Chogyam Trungspa, o Buda em pé, o Budha deitado, de ladecos, o
Zen, e o Dalai Lama . O Hinduismo, o Shiva, o Krisna ,o Brama, o Mahahbarata ,
o Bagvad Gita , o Lobsang Rampa, o Vedis , o Kama Sutra e os filmes do Cine
222. Os camones (na sua versão sioux oglala, Cheyeenes e Apaches) têm o
Manitu,o Sitting Bull, e na falta de Livro Sagrado têm os sinais de fumo
(que são incómodos e provocam alergias no olho) .Também tem demonios, o John
Ford, o Jonhy Wayne, o general Custer, e últimamente o Bush, mas ese não
conta, pois é tão incompetente , que não consegue meter medo,nem aos
índios... O Livro Primeiro do PIANARISMO é o AIRIMP, e têm mais dois textos
Sagrados que são o PHM (que ninguém sqbe do que se trata) e o TIM, em dois
volumes que tem de ser lidos sempre juntos , diz-se , seriam os livros de
cabeceira da maior sumidade da banda desenhada , o Hergê.
Prosseguimos hoje com o estudo sobre o Pianarismo:
Os aparelhos ideológicos de qualquer religião, são de importância vital,
para garantir a constante reprodução dos pressupostos que consituiram, num
dado momento histórico, o seu nascimento.
O catolicismo tem a Biblia, o Papa, e os filmes do Cecil B. de Mille. O
Islamismo, tem o Corão, o Maomé, Meca, a Pedra Negra e os Feddayins do Povo.
O Budismo o Chogyam Trungspa, o Buda em pé, o Budha deitado, de ladecos, o
Zen, e o Dalai Lama . O Hinduismo, o Shiva, o Krisna ,o Brama, o Mahahbarata ,
o Bagvad Gita , o Lobsang Rampa, o Vedis , o Kama Sutra e os filmes do Cine
222. Os camones (na sua versão sioux oglala, Cheyeenes e Apaches) têm o
Manitu,o Sitting Bull, e na falta de Livro Sagrado têm os sinais de fumo
(que são incómodos e provocam alergias no olho) .Também tem demonios, o John
Ford, o Jonhy Wayne, o general Custer, e últimamente o Bush, mas ese não
conta, pois é tão incompetente , que não consegue meter medo,nem aos
índios... O Livro Primeiro do PIANARISMO é o AIRIMP, e têm mais dois textos
Sagrados que são o PHM (que ninguém sqbe do que se trata) e o TIM, em dois
volumes que tem de ser lidos sempre juntos , diz-se , seriam os livros de
cabeceira da maior sumidade da banda desenhada , o Hergê.
domingo, dezembro 28, 2003
ELES DISSERAM..
...
Tenho sempre um lugar para si num ventrícolo do meu coração. Levo-a todos os dias a passear na pequena circulação.
(FILIPE à Fernanda). 1976
Puseram 2 bombas no Parque de estacionamento dos Restauradores. Uma de super, outra de normal.
(PARENTE) 1975
Tenho sempre um lugar para si num ventrícolo do meu coração. Levo-a todos os dias a passear na pequena circulação.
(FILIPE à Fernanda). 1976
Puseram 2 bombas no Parque de estacionamento dos Restauradores. Uma de super, outra de normal.
(PARENTE) 1975
quarta-feira, dezembro 24, 2003
A CONSOADA A TRABALHAR , NAS IRREGULARIDADES
...
AZEVEDO, CANDEIAS E MARISA (4 MEIA NOITE) e SOFIA E GRAÇA (MADRUGADAS).
Ao pessoal das IRREGULARIDADES, que hoje está on-duty, a TRANCA-ON-LINE, saúda e lembra as muitas noites de Natal , que quase todos nós passámos a trabalhar.
Lembro uma muito especial, em que o turno da madrugada antecipou para as dez, pois já que tinha a noite "estragada", possibilitava aos das quatro meia noite , passar um bocado da consoada em família. Só que, quando chegámos ao serviço, eu , o Farinho ,e salvo o erro ,o Diniz, deparámos com a intenção do Raposo e o João Oliveira, que insistiram em ficar connosco a passar a meia noite, e só depois arrancaram, festejando as duas equipas, a passagem da meia-noite. Natal de 1976 ou 77.
AZEVEDO, CANDEIAS E MARISA (4 MEIA NOITE) e SOFIA E GRAÇA (MADRUGADAS).
Ao pessoal das IRREGULARIDADES, que hoje está on-duty, a TRANCA-ON-LINE, saúda e lembra as muitas noites de Natal , que quase todos nós passámos a trabalhar.
Lembro uma muito especial, em que o turno da madrugada antecipou para as dez, pois já que tinha a noite "estragada", possibilitava aos das quatro meia noite , passar um bocado da consoada em família. Só que, quando chegámos ao serviço, eu , o Farinho ,e salvo o erro ,o Diniz, deparámos com a intenção do Raposo e o João Oliveira, que insistiram em ficar connosco a passar a meia noite, e só depois arrancaram, festejando as duas equipas, a passagem da meia-noite. Natal de 1976 ou 77.
terça-feira, dezembro 23, 2003
PRELIMINARES
...
Dois amigos de Lisboa, viajavam de carro através da planície alentejana. Um deles era ventriloco. Às tantas avistaram um pastor com um rebanho de cabras e ovelhas. Pararam e resolveram divertir-se com o bom homem.
-
-"Oh compadre, ouvimos dizer que cá no Alentejo os animais falavam"
-"Vocemecês caíram no conto do vigário, aqui os animais não falam"
-"Podemos falar aí com as suas cabras?"
-"O rebanho é vosso," (e falando para os seus botões)" pobrezinhos, enfiaram-lhes o garruço"
Aí ,o que era ventriloco perguntou, dirigindo-se a uma cabra:" Com quem dormiste esta noite?"
-"Foi com o bode" mimou ele a voz da cabra.
-"Olha , afinal o senhor estava a dizer a verdade, ela falou"
-"Eu não lhe disse?", "olhe posso falar também ali com a sua égua?
-"Não senhor, com essa não fala, que ela é mentirosa",'"
?
Dois amigos de Lisboa, viajavam de carro através da planície alentejana. Um deles era ventriloco. Às tantas avistaram um pastor com um rebanho de cabras e ovelhas. Pararam e resolveram divertir-se com o bom homem.
-
-"Oh compadre, ouvimos dizer que cá no Alentejo os animais falavam"
-"Vocemecês caíram no conto do vigário, aqui os animais não falam"
-"Podemos falar aí com as suas cabras?"
-"O rebanho é vosso," (e falando para os seus botões)" pobrezinhos, enfiaram-lhes o garruço"
Aí ,o que era ventriloco perguntou, dirigindo-se a uma cabra:" Com quem dormiste esta noite?"
-"Foi com o bode" mimou ele a voz da cabra.
-"Olha , afinal o senhor estava a dizer a verdade, ela falou"
-"Eu não lhe disse?", "olhe posso falar também ali com a sua égua?
-"Não senhor, com essa não fala, que ela é mentirosa",'"
?
segunda-feira, dezembro 22, 2003
NOTICIA DE DUAS FESTAS
..
Cumpriu-se mais um ritual de época.
Dois banquetes, dois!!!. Com tanta, tanta iguaria, que em nenhum hotel, restaurante, refeitório, tasca,, retiro, casa de pasto, grill ou casamento, se comeria melhor.
Aconteceu em dois locais. O primeiro , na sala em open space do Revenue/Markting/Backoffice, o outro, na sala de arquivo das Irregularidades.
Na primeira, as desculpas foram o Natal e o aniversário da Sandra, na outra, o jubileu e a passagem "à peluda" do Mascarenhas e do Cabral .
Em ambas se "deu ao serrote", se bebeu, e se curtiu muito a presença de colegas e amigos, de agora, e de alguns dos que já se podem levantar ao meio-dia, e/ou, "pegarem um cineminha" depois do almoço sem terem de picar o ponto ou de meter dispensa de banco...
Contaram-se vantagens, mentiras, lamentos, glórias, piadas, saudades; lembraram-se estórias com barbas, e as últimas fofócas de "hohe de manhã".
O semi-frio da Teresa Abraços tinha música e legendas, tinha, porque ouvimos todos os sons e comemos as letras todas.
Os pastéis da tia da Sofia das Irregularidades eram arredondados, circulares, tubulares, cremosos. Eram, já não são...
O leitão do Back-office desapareceu sem deixar rastro, os brigadeiros da Ondina já são generais, os kishes não sei de quem marcharam todos...
Por um par de horas, os overbookings, os offloades, os grupos sem nomes, os códigos de tarifas, os kapaéles, as cunhas prós árbitros, os kapa.pontos, os baby basketes, os G-quatro, os handbaks, ficaram em prisão preventiva.
A Maria Ilidia recordou as conversas a "sós" com os pianares e ensinou ao Nuno Matos como se consegue. A Dina vibrou com as boutades do Canelas. A MArta corou de um vermelho tão vivo, com os piropos do Tó Mendonça ,que foi visível na outra banda e na Rua Direita de Cascais. A Vera não corou. O Brito de Sousa lembrou com a Antónia os tempos heróicos dos Domésticos. O Faustino reeditou as suas velhas ameaças ao articulista. O Raposo e o Luciano foram noshows..As Claudias, com a Mónica e a Vera, esmagaram com o seu charme qualquer tentativa de resistência, e nós pensámos que se o velho Patricio entrasse hoje na sala, desabaria redondo no chão, ele que não queria mulheres na Secção.
O Gomes continua com aquele bom aspecto, mais parecendo um daqueles príncipes casadoiros dos Hohenzollernes-Gotha, Saxe-Coburgo, Bourbons e Bragança, sempre assediados por jovenzinhas à caça de títulos de nobreza. Também veio o Coelho de Almeida, que encheu a sala com os estridentes decíbeis das suas gargalhadas, só superadas peelas da Teresa Mendes e da Ana. O Giavanni abandonou-nos mais cedo, para ir vêr o Sporting perder com o Vitória de Setúbal. A Ana Novais, que chegou no finalzinho . ainda teve tempo de provar uma fatia de bolo.
O registo de imagens teve dois paparazzi diligentes. O Pereira de Sousa e a Sofia das Irregularidades.
Por fim, no "quinto" afinadìssimos, todos cantaram "os verdes anos da Sandra, que em boa hora motivaram aquele delicioso bolo de chocolate.
No "sexto" aplaudiu-se o mOmento em que o Mascarenhas e o Cabral cortaram o bolo do seu jubileu, onde se podia vêr escrito em letras de chantilLy: "MASCARENHAS E CABRAL, VOLTEM, ESTÃO PERDOADOS"
Cumpriu-se mais um ritual de época.
Dois banquetes, dois!!!. Com tanta, tanta iguaria, que em nenhum hotel, restaurante, refeitório, tasca,, retiro, casa de pasto, grill ou casamento, se comeria melhor.
Aconteceu em dois locais. O primeiro , na sala em open space do Revenue/Markting/Backoffice, o outro, na sala de arquivo das Irregularidades.
Na primeira, as desculpas foram o Natal e o aniversário da Sandra, na outra, o jubileu e a passagem "à peluda" do Mascarenhas e do Cabral .
Em ambas se "deu ao serrote", se bebeu, e se curtiu muito a presença de colegas e amigos, de agora, e de alguns dos que já se podem levantar ao meio-dia, e/ou, "pegarem um cineminha" depois do almoço sem terem de picar o ponto ou de meter dispensa de banco...
Contaram-se vantagens, mentiras, lamentos, glórias, piadas, saudades; lembraram-se estórias com barbas, e as últimas fofócas de "hohe de manhã".
O semi-frio da Teresa Abraços tinha música e legendas, tinha, porque ouvimos todos os sons e comemos as letras todas.
Os pastéis da tia da Sofia das Irregularidades eram arredondados, circulares, tubulares, cremosos. Eram, já não são...
O leitão do Back-office desapareceu sem deixar rastro, os brigadeiros da Ondina já são generais, os kishes não sei de quem marcharam todos...
Por um par de horas, os overbookings, os offloades, os grupos sem nomes, os códigos de tarifas, os kapaéles, as cunhas prós árbitros, os kapa.pontos, os baby basketes, os G-quatro, os handbaks, ficaram em prisão preventiva.
A Maria Ilidia recordou as conversas a "sós" com os pianares e ensinou ao Nuno Matos como se consegue. A Dina vibrou com as boutades do Canelas. A MArta corou de um vermelho tão vivo, com os piropos do Tó Mendonça ,que foi visível na outra banda e na Rua Direita de Cascais. A Vera não corou. O Brito de Sousa lembrou com a Antónia os tempos heróicos dos Domésticos. O Faustino reeditou as suas velhas ameaças ao articulista. O Raposo e o Luciano foram noshows..As Claudias, com a Mónica e a Vera, esmagaram com o seu charme qualquer tentativa de resistência, e nós pensámos que se o velho Patricio entrasse hoje na sala, desabaria redondo no chão, ele que não queria mulheres na Secção.
O Gomes continua com aquele bom aspecto, mais parecendo um daqueles príncipes casadoiros dos Hohenzollernes-Gotha, Saxe-Coburgo, Bourbons e Bragança, sempre assediados por jovenzinhas à caça de títulos de nobreza. Também veio o Coelho de Almeida, que encheu a sala com os estridentes decíbeis das suas gargalhadas, só superadas peelas da Teresa Mendes e da Ana. O Giavanni abandonou-nos mais cedo, para ir vêr o Sporting perder com o Vitória de Setúbal. A Ana Novais, que chegou no finalzinho . ainda teve tempo de provar uma fatia de bolo.
O registo de imagens teve dois paparazzi diligentes. O Pereira de Sousa e a Sofia das Irregularidades.
Por fim, no "quinto" afinadìssimos, todos cantaram "os verdes anos da Sandra, que em boa hora motivaram aquele delicioso bolo de chocolate.
No "sexto" aplaudiu-se o mOmento em que o Mascarenhas e o Cabral cortaram o bolo do seu jubileu, onde se podia vêr escrito em letras de chantilLy: "MASCARENHAS E CABRAL, VOLTEM, ESTÃO PERDOADOS"
sexta-feira, dezembro 19, 2003
PIANARISMO uma nova visão do mundo
.................................................................................. O Pianarismo também tem, claro, o seu demónio. Não é como o do cristianismo uma figura aterrorisante. O demónio do Pianarismo é abolutamente obstinado por sexo. Sexo,aliás, que está presente em toda a génese desta nova
doutrina.
O Demónio aqui chama-se MEGADELECTOR, e o seu grande prazer é atacar a matriz e delectá-la .
Mas o grande escopo do Mega é reduzir tudo a sexo, desde o momento da concepção , até ao último suspirinho, "tutto è sesso", como defende o filósofo Giorgio Canadenssis Borealis, verdadeiro Soppenhauer do Quinto Plano.
.
A ideia de pecado não existe, no sentido judaico-cristão. Aqui o pecado,
entre aspas, é a grunhez , a estupidez de aviário, e o castigo a impotência, o rotismo mais aviltante.
O acto sexual no Pianarismo, é o equivalente à comunhão, e o "priapismo", a suprema recompensa, o acesso ao Paraíso Pianárico.
PIANARISMO nova visão do mundo IV
As origens
O primeiro teorizador do Pianarismo foi o austríaco Pietro Metastasio, nome
Bonaventura Mendes. Estava ele um dia, bebericando um tinto de Borba, no
processo de criação da ópera "Gli overbucari fatti per i domestici", quando, acometido por uma inesperada e monumental raleira, se retirou para a casa-da-pia, onde, após uma inenarrável
caganeira, teve uma violenta e luminosa experiência mística.
Inteligiu, ali sentado na pia, ao lêr na sua habitual gazeta de retrete, a Suma Teológica de São Tomaz de Aquino , edição de 1274, que, o conhecimento só poderá ser atingido, através da interpretação tripartida das 3 forças. que ele na época não soube nominar , e que é hoje a matriz do Pianarismo .
Resava São Tomaz: "É contraditório pensar num conhecimento infinitamente
perfeito, que não exista, visto que a existência é condiçao necessária de
toda a perfeição. Logo o PARS existe necessàriamente e é predecessor do PROS
e do G-Quattro, do beahvourismo, do Catarismo, da prio WL, das dispensas para ir ao banco e dos reflexos condicionados.
Entusiasmado, começou compulsivamente a lêr os roda-pés, e eis que intui que
afinal "tudo é sexo", que não há manifestações voluntárias que não impliquem
pianarismo , como verdadeira "comunhão".
Maravilhado com esta descoberta, Pietro, ou melhor Patricio, onclui que o
nôshô é um verdadeiro anátema, pois que a sua ausência do "continuum
espaço-tempo", não lhe permite a prática de sexo, e sendo o sexo a origem, o
ínicio de todas as coisas, quem não o pratica, ou é misógeno, ou é franchono
(boióla, na perfumosa língua de Drummond de Andrade)
doutrina.
O Demónio aqui chama-se MEGADELECTOR, e o seu grande prazer é atacar a matriz e delectá-la .
Mas o grande escopo do Mega é reduzir tudo a sexo, desde o momento da concepção , até ao último suspirinho, "tutto è sesso", como defende o filósofo Giorgio Canadenssis Borealis, verdadeiro Soppenhauer do Quinto Plano.
.
A ideia de pecado não existe, no sentido judaico-cristão. Aqui o pecado,
entre aspas, é a grunhez , a estupidez de aviário, e o castigo a impotência, o rotismo mais aviltante.
O acto sexual no Pianarismo, é o equivalente à comunhão, e o "priapismo", a suprema recompensa, o acesso ao Paraíso Pianárico.
PIANARISMO nova visão do mundo IV
As origens
O primeiro teorizador do Pianarismo foi o austríaco Pietro Metastasio, nome
Bonaventura Mendes. Estava ele um dia, bebericando um tinto de Borba, no
processo de criação da ópera "Gli overbucari fatti per i domestici", quando, acometido por uma inesperada e monumental raleira, se retirou para a casa-da-pia, onde, após uma inenarrável
caganeira, teve uma violenta e luminosa experiência mística.
Inteligiu, ali sentado na pia, ao lêr na sua habitual gazeta de retrete, a Suma Teológica de São Tomaz de Aquino , edição de 1274, que, o conhecimento só poderá ser atingido, através da interpretação tripartida das 3 forças. que ele na época não soube nominar , e que é hoje a matriz do Pianarismo .
Resava São Tomaz: "É contraditório pensar num conhecimento infinitamente
perfeito, que não exista, visto que a existência é condiçao necessária de
toda a perfeição. Logo o PARS existe necessàriamente e é predecessor do PROS
e do G-Quattro, do beahvourismo, do Catarismo, da prio WL, das dispensas para ir ao banco e dos reflexos condicionados.
Entusiasmado, começou compulsivamente a lêr os roda-pés, e eis que intui que
afinal "tudo é sexo", que não há manifestações voluntárias que não impliquem
pianarismo , como verdadeira "comunhão".
Maravilhado com esta descoberta, Pietro, ou melhor Patricio, onclui que o
nôshô é um verdadeiro anátema, pois que a sua ausência do "continuum
espaço-tempo", não lhe permite a prática de sexo, e sendo o sexo a origem, o
ínicio de todas as coisas, quem não o pratica, ou é misógeno, ou é franchono
(boióla, na perfumosa língua de Drummond de Andrade)
ELES DISSERAM
...
O AIRIMP antes do 25 de Abril, dizia que o REC LOC era obrigatário, agora, depois do "25",, diz que é democratório (Zé CARLOS CARVALH0) 1975.
Oh nosso Maia, tenho que lhe dar uns esclarecimentos políticos
(O RAMOS para o MAIA) 1975.
Catequese sua? Foda-se, antes levar no cú.
(Reacçaõ do MAIA para o RAMOS) 1975.
.
O AIRIMP antes do 25 de Abril, dizia que o REC LOC era obrigatário, agora, depois do "25",, diz que é democratório (Zé CARLOS CARVALH0) 1975.
Oh nosso Maia, tenho que lhe dar uns esclarecimentos políticos
(O RAMOS para o MAIA) 1975.
Catequese sua? Foda-se, antes levar no cú.
(Reacçaõ do MAIA para o RAMOS) 1975.
.
quinta-feira, dezembro 18, 2003
"PORREIRAMENTE CHEIO DE NADA"
... "FILIPE O GORDO, OU A FENOMENOLOGIA DA SINGULARIDADE"
....
O MÁRIO FILIPE foi um dos que estiveram no lançamento da TRANCA, desde a primeira hora, São dele grande parte das capas e desenhos, que lhe foram dando mais vida . Ele meio a brincar, sempre criou uma espécie de "rivalidade" light e divertida , principalmente em relação àqueles a quem ele chamava "a trupe que manipula a TRANCA", que eram para ele ;o Cascada, o Diniz, o Zé Carlos e o Herdeiro.
Um dia o CASCADA, fez publicar na TRANCA um poema a responder ás "calúnias" do Filipe (Dezembro de 1975):
(Da crítica)
FILIPE O GORDO, OU A FENOMENOLOGIA DA SINGULARIDADE
Se se pudesse abrir a mona do Filipe!
Se se pudesse sem que desse.
por isso.
Arrombar-lhe o frontal selado de pedra e cal.
Saíria o "KAPITAL"em edição momumental.
Mas saía inda mais.
Embrulhada em pergaminhos.
A pedra filosofal, de mistura.
Com baratas e ratinhos.
Saíria o Almagesto, pedras, pardais.
E um cesto.
A Rerum Novarum e o Manifesto.
Do Partido Comunista.
Aos olhos da macacada delirante.
Face ao peidante.
Voariam ectoplasmas.
Adejariam fantasmas.
Bandos de rouxinóis cantando a Internacional.
E Fulcanelli vetusto, decifrando as catedrais.
Faria pum! e assustaria os pardais!.
Mas se fôssemos inda mais longe.
Remexendo a mioleira.
Saíria uma traineira.
E a Mona Lisa soltando grandes gargalhadas.
Sairia mona afóra saias arregaçadas.
Sairiam trompa e gaitas.
Um regimento de dragões
Cuequinhas e calções.
Sapos, serpentes sanfonas.
Papas , latas e papéis.
Lixo, muitos cordéis.
Colecções de borboletas.
Velhos cachimbos, canetas. Penas de pato e pastéis. e se isso não bastasse.
Viria o Papa em ceroulas.
Apregoando cebolas.
E Karl Marx, longas barbas e peruca.
Gritaria lá do sotão.
Com uma batata na mão.
-Fecha a porta, maluca.
Isto é pior que um tufão.
....
O MÁRIO FILIPE foi um dos que estiveram no lançamento da TRANCA, desde a primeira hora, São dele grande parte das capas e desenhos, que lhe foram dando mais vida . Ele meio a brincar, sempre criou uma espécie de "rivalidade" light e divertida , principalmente em relação àqueles a quem ele chamava "a trupe que manipula a TRANCA", que eram para ele ;o Cascada, o Diniz, o Zé Carlos e o Herdeiro.
Um dia o CASCADA, fez publicar na TRANCA um poema a responder ás "calúnias" do Filipe (Dezembro de 1975):
(Da crítica)
FILIPE O GORDO, OU A FENOMENOLOGIA DA SINGULARIDADE
Se se pudesse abrir a mona do Filipe!
Se se pudesse sem que desse.
por isso.
Arrombar-lhe o frontal selado de pedra e cal.
Saíria o "KAPITAL"em edição momumental.
Mas saía inda mais.
Embrulhada em pergaminhos.
A pedra filosofal, de mistura.
Com baratas e ratinhos.
Saíria o Almagesto, pedras, pardais.
E um cesto.
A Rerum Novarum e o Manifesto.
Do Partido Comunista.
Aos olhos da macacada delirante.
Face ao peidante.
Voariam ectoplasmas.
Adejariam fantasmas.
Bandos de rouxinóis cantando a Internacional.
E Fulcanelli vetusto, decifrando as catedrais.
Faria pum! e assustaria os pardais!.
Mas se fôssemos inda mais longe.
Remexendo a mioleira.
Saíria uma traineira.
E a Mona Lisa soltando grandes gargalhadas.
Sairia mona afóra saias arregaçadas.
Sairiam trompa e gaitas.
Um regimento de dragões
Cuequinhas e calções.
Sapos, serpentes sanfonas.
Papas , latas e papéis.
Lixo, muitos cordéis.
Colecções de borboletas.
Velhos cachimbos, canetas. Penas de pato e pastéis. e se isso não bastasse.
Viria o Papa em ceroulas.
Apregoando cebolas.
E Karl Marx, longas barbas e peruca.
Gritaria lá do sotão.
Com uma batata na mão.
-Fecha a porta, maluca.
Isto é pior que um tufão.
quarta-feira, dezembro 17, 2003
ELES DISSERAM.
......
.O belo latino,é franzino, pequenote, mas na cama um campeão..
(HENRIQUES).1977
.
Confesso que começo a ter receio.Andam a atacar os carros dos pregressistas.
(CABRAL).1977
.
Nestas minhas férias no vosso Planeta, sou obrigado a viver como vocês, e a fazer isso que vocês chamam de trabalhar.
(VANTACICH) 1977.
.O belo latino,é franzino, pequenote, mas na cama um campeão..
(HENRIQUES).1977
.
Confesso que começo a ter receio.Andam a atacar os carros dos pregressistas.
(CABRAL).1977
.
Nestas minhas férias no vosso Planeta, sou obrigado a viver como vocês, e a fazer isso que vocês chamam de trabalhar.
(VANTACICH) 1977.
terça-feira, dezembro 16, 2003
PRELIMINARES
...
O jovem casal entrou como um furacão no prédio, galgou os degraus ,e entre beijos e carícias voou para o sofá cama onde fez amôr , tão ruidoso, tão completo, tão sublime, que quando acabou, toda a vizinhança puxou de um cigarro e fumou....
O jovem casal entrou como um furacão no prédio, galgou os degraus ,e entre beijos e carícias voou para o sofá cama onde fez amôr , tão ruidoso, tão completo, tão sublime, que quando acabou, toda a vizinhança puxou de um cigarro e fumou....
segunda-feira, dezembro 15, 2003
ESTÓRIAS DO RC
......O horário de turnos, sobretudo o de H24, exerce sobre quem o pratica, uma acção, ao mesmo tempo marginal e amortecedora.
Marginal, na medida em que nos afasta, quer da rotineira semana de tarefas e obrigações extra-laborais, sempre a horas e lugares iguais, quer mesmo de estar sempre com os mesmos colegas ,as mesmas horas no local de trabalho, moldando a atitude e forma de levar o dia a dia à margem da maioria.
Amortecedora, pois, ao relativisar o "nome" dos dias da semana, leva-nos a acabar com a tão famosa "angústia do domingo à tarde".
A atitude perante a venalidade rídicula das erupções patéticas dos pequenos poderes, fica mais ágil, mais humorada, mais saudável.
A TRANCA-ON-LINE, vai publicar algumas das "estórias" ocorridas ao longo dos anos de brasa do RC, e que de algum modo, exemplificam a forma de estar das "gentes de turnos"
Lembramos hoje um momento delicioso, ocorrido no Verão de 72:
Local - Sala do pré-flight no antigo sétimo andar do 25, no turno das 4 meia noite. Para quem não sabe, o pré-flight, era uma posição de Controle, que controlava os voos nos últimos 3 dias antes da partida, e para onde, geralmente, eram colocados por Planning semanal, os mais experientes..
Naquela noite, o FIUZA , ocupava uma dessas posições pela primeira vez. e havia acabado de enviar 2 voos para o telex.
Enviar voos, era escrever à mão , numa folha pré-formatada, todos os nomes dos passageiros dum determinado voo, seguidos do Rec.Loc e dos voos "continunig", se os houvesse, entregando depois no telex, com os endereços dos aeroportos de saída. Neste turno, o supervisor de serviço era o Carlos Marques, que muito senhor do seu posto, gritou bem alto:
-"Quem é que mandou o 238" (voo de Bissau)?
-"Fui eu", respondeu o Fiuza.
-"Isto está mal, o endereço nao está bem blablabla" repreendeu com maus modos!!!
-"Oh Marques, desculpe, mas é a primeira vez que estou aqui no pré-flight"
Passados uns minutos, de novo o vozeirão do Marques, fez estremecer até os sets:
-"O quê? Outra vez" , "Quem foi que mandou o voo do Rio?"
-"Fui eu Marques, mas já¡ tinha mandado há bocado, antes de me ter corrigido"
-"Isto assim não dá ,olhe que isto da próxima vez vai para cima" insistiu.
-"Ah isso é que não vai", reagiu o FIUZA, com aquele ar dele, meio a sorrir...
-"Nao vai?????" indignou-se o Marques, e levantando-se do lugar , "Então e porquê "?"
-"Oh Marques, porque "lá em cima está o tiroliroliro e cá em baixo está o tiroliroló" (risos)!!!
A sala estalou de rir, e o Marques, apercebendo-se do ridiculo, sorriu tambem e sentou-se....
Marginal, na medida em que nos afasta, quer da rotineira semana de tarefas e obrigações extra-laborais, sempre a horas e lugares iguais, quer mesmo de estar sempre com os mesmos colegas ,as mesmas horas no local de trabalho, moldando a atitude e forma de levar o dia a dia à margem da maioria.
Amortecedora, pois, ao relativisar o "nome" dos dias da semana, leva-nos a acabar com a tão famosa "angústia do domingo à tarde".
A atitude perante a venalidade rídicula das erupções patéticas dos pequenos poderes, fica mais ágil, mais humorada, mais saudável.
A TRANCA-ON-LINE, vai publicar algumas das "estórias" ocorridas ao longo dos anos de brasa do RC, e que de algum modo, exemplificam a forma de estar das "gentes de turnos"
Lembramos hoje um momento delicioso, ocorrido no Verão de 72:
Local - Sala do pré-flight no antigo sétimo andar do 25, no turno das 4 meia noite. Para quem não sabe, o pré-flight, era uma posição de Controle, que controlava os voos nos últimos 3 dias antes da partida, e para onde, geralmente, eram colocados por Planning semanal, os mais experientes..
Naquela noite, o FIUZA , ocupava uma dessas posições pela primeira vez. e havia acabado de enviar 2 voos para o telex.
Enviar voos, era escrever à mão , numa folha pré-formatada, todos os nomes dos passageiros dum determinado voo, seguidos do Rec.Loc e dos voos "continunig", se os houvesse, entregando depois no telex, com os endereços dos aeroportos de saída. Neste turno, o supervisor de serviço era o Carlos Marques, que muito senhor do seu posto, gritou bem alto:
-"Quem é que mandou o 238" (voo de Bissau)?
-"Fui eu", respondeu o Fiuza.
-"Isto está mal, o endereço nao está bem blablabla" repreendeu com maus modos!!!
-"Oh Marques, desculpe, mas é a primeira vez que estou aqui no pré-flight"
Passados uns minutos, de novo o vozeirão do Marques, fez estremecer até os sets:
-"O quê? Outra vez" , "Quem foi que mandou o voo do Rio?"
-"Fui eu Marques, mas já¡ tinha mandado há bocado, antes de me ter corrigido"
-"Isto assim não dá ,olhe que isto da próxima vez vai para cima" insistiu.
-"Ah isso é que não vai", reagiu o FIUZA, com aquele ar dele, meio a sorrir...
-"Nao vai?????" indignou-se o Marques, e levantando-se do lugar , "Então e porquê "?"
-"Oh Marques, porque "lá em cima está o tiroliroliro e cá em baixo está o tiroliroló" (risos)!!!
A sala estalou de rir, e o Marques, apercebendo-se do ridiculo, sorriu tambem e sentou-se....
JOSÉ CASCADA, pintor.
.....
O CASCADA é um dos grandes impulsionadores da TRANCA. Desde a primeira hora, quer escrevendo , quer desenhando, quer tendo ideias, contribuiu para o êxito do nosso incómodo jornal, criado ainda antes de Abril de 74.
Ainda no RC despertou para a pintura, sendo hoje um pintor com nome e sucesso.
No Verão de 2002, aquando uma vernissage sua, que teve lugar em Sesimbra, decidimos fazer-lhe uma surpresa.
Os pintores, sempre que apresentam os seus trabalhos, nas galerias, ou noutros locais de exposição, fazem acompanhar os convites com uma pequena apresentação curricular, onde nomeiam, quer os prémios que lhes tenham sido atribuídos, quer o tipo de formação que tenham adquirido, os mestres com quem tenham trabalhado e um mundo de outras "vantagens".
Elaborámos então, um fólio de brincadeira, a que acrescentámos uma cópia duma entrevista que ele em 75 havia dado à velha TRANCA
TRANCA-ON-LINE reproduz hoje o fólio:
JOSÉ CASCADA
Pintor
Nasceu em Légues, no já longíquo ano de 43.
Fustigado com as habituais tareias,ralhetes, castigos e repressões, duma família tradicional do centro histórico daquele lugarejo, hoje cidade, cedo se interessou pela arte.
No início, no baixo-relevo. As paredes lá de casa, depressa ficaram polvilhadas de líndissimos efeitos de burriés entumecidos, o que lhe valeu na época, umas boas palmadas e compulsiva mudança de arte.
E foi no quadro negro da escola primária, que o nosso artista deu asas ao seu grande talento artístico e criador. Utilizando como materiais, paus de giz de côres variegadas, deu vida àquela superfície escura, iluminando-a, com vivìssimas cenas de Kama-Sutra, onde invariàvelmente o protagonista fêmea, exibia o rosto do professor.
Mais tarde, estudou Arte, na Faculdade de Letras de Lisboa, Trignometria na Escola Superior de Veterinária, e Ponto-de-cruz na Escola Diocesana do Padre do mesmo nome (Cruz, claro). A Calosute Gulbenkhian, teve a dúbia honra de o ter tido como aluno, no Curso Superior de Mosaico Ortodoxo com legos.
Na sua terceira fase artístico-intelectual, diz-se, talvez a mais rica, co-fundou, uma das publicações mais atrevidas e badaladas da época. A revista TRANCA, injustamente perseguida pelos orgãos de Poder de então, e acusada de fomentar a "dissolução dos costumes", e dos valores cristãos e ocidentas, da família, da ordem e do respeito pelas hierarquias. Os quatro primeiros números, chegaram a ser descricionàriamente apreendidos. Foi A TRANCA, que lhe trouxe a glória das capas de revista, as horas nobres dos telejornais, as longas filas de estéricas teen-ageres aos berros por um autógrafo. O seu texto "A Aragoneza dos milagres" arrecadou 1 Grammy, 1 Leão de Bronze, em Veneza, 1 Urso de Granito, em Moscovo, e um cartucho de tremoços atribuído pela "menina Hermínia", profissional de limpeza do edificio 25.
Amadurecido, entrou na sua fase gloriosa, a de pintor. Dedicou-se ao pastel, e às naturezas mortas. Começou pelos produtos alimentares, que cedo teve de abandonar, por via dum incidente, aquando duma sua vernissagem em Ouagadougou, no Burkina Fasso, onde ia sendo fusilado, por acusação de incitamento ao simples acto de comer...!!!
Hoje em dia, é muito justamento considerado o melhor pasteleiro do país, quiçá ibérico, e representado em colecções nacionais e estrangeiras, JOSÉ CASCADA, foi distinguido com menções honrosas em Exposições como:Pincelino D.oro, na Galeria das Thermas de Caracala, Na Pinacoteca da Cruz de Pau, onde foi agraciado com a menção "Pau Feito", na Galeria Sovaco de Cobra, em Fortaleza, no Brasil. Na Adega do Patrício, menção honrosa "Arrebenta Pianares", e no Restaurante Montes Claros, onde , na sua fase neo-expresssionista, expôs a título individual, uma colectânia de quadros dedicados ao tema "A Marrequinha , e as vantagens da assimetria da chamadas de longa distância".
O CASCADA é um dos grandes impulsionadores da TRANCA. Desde a primeira hora, quer escrevendo , quer desenhando, quer tendo ideias, contribuiu para o êxito do nosso incómodo jornal, criado ainda antes de Abril de 74.
Ainda no RC despertou para a pintura, sendo hoje um pintor com nome e sucesso.
No Verão de 2002, aquando uma vernissage sua, que teve lugar em Sesimbra, decidimos fazer-lhe uma surpresa.
Os pintores, sempre que apresentam os seus trabalhos, nas galerias, ou noutros locais de exposição, fazem acompanhar os convites com uma pequena apresentação curricular, onde nomeiam, quer os prémios que lhes tenham sido atribuídos, quer o tipo de formação que tenham adquirido, os mestres com quem tenham trabalhado e um mundo de outras "vantagens".
Elaborámos então, um fólio de brincadeira, a que acrescentámos uma cópia duma entrevista que ele em 75 havia dado à velha TRANCA
TRANCA-ON-LINE reproduz hoje o fólio:
JOSÉ CASCADA
Pintor
Nasceu em Légues, no já longíquo ano de 43.
Fustigado com as habituais tareias,ralhetes, castigos e repressões, duma família tradicional do centro histórico daquele lugarejo, hoje cidade, cedo se interessou pela arte.
No início, no baixo-relevo. As paredes lá de casa, depressa ficaram polvilhadas de líndissimos efeitos de burriés entumecidos, o que lhe valeu na época, umas boas palmadas e compulsiva mudança de arte.
E foi no quadro negro da escola primária, que o nosso artista deu asas ao seu grande talento artístico e criador. Utilizando como materiais, paus de giz de côres variegadas, deu vida àquela superfície escura, iluminando-a, com vivìssimas cenas de Kama-Sutra, onde invariàvelmente o protagonista fêmea, exibia o rosto do professor.
Mais tarde, estudou Arte, na Faculdade de Letras de Lisboa, Trignometria na Escola Superior de Veterinária, e Ponto-de-cruz na Escola Diocesana do Padre do mesmo nome (Cruz, claro). A Calosute Gulbenkhian, teve a dúbia honra de o ter tido como aluno, no Curso Superior de Mosaico Ortodoxo com legos.
Na sua terceira fase artístico-intelectual, diz-se, talvez a mais rica, co-fundou, uma das publicações mais atrevidas e badaladas da época. A revista TRANCA, injustamente perseguida pelos orgãos de Poder de então, e acusada de fomentar a "dissolução dos costumes", e dos valores cristãos e ocidentas, da família, da ordem e do respeito pelas hierarquias. Os quatro primeiros números, chegaram a ser descricionàriamente apreendidos. Foi A TRANCA, que lhe trouxe a glória das capas de revista, as horas nobres dos telejornais, as longas filas de estéricas teen-ageres aos berros por um autógrafo. O seu texto "A Aragoneza dos milagres" arrecadou 1 Grammy, 1 Leão de Bronze, em Veneza, 1 Urso de Granito, em Moscovo, e um cartucho de tremoços atribuído pela "menina Hermínia", profissional de limpeza do edificio 25.
Amadurecido, entrou na sua fase gloriosa, a de pintor. Dedicou-se ao pastel, e às naturezas mortas. Começou pelos produtos alimentares, que cedo teve de abandonar, por via dum incidente, aquando duma sua vernissagem em Ouagadougou, no Burkina Fasso, onde ia sendo fusilado, por acusação de incitamento ao simples acto de comer...!!!
Hoje em dia, é muito justamento considerado o melhor pasteleiro do país, quiçá ibérico, e representado em colecções nacionais e estrangeiras, JOSÉ CASCADA, foi distinguido com menções honrosas em Exposições como:Pincelino D.oro, na Galeria das Thermas de Caracala, Na Pinacoteca da Cruz de Pau, onde foi agraciado com a menção "Pau Feito", na Galeria Sovaco de Cobra, em Fortaleza, no Brasil. Na Adega do Patrício, menção honrosa "Arrebenta Pianares", e no Restaurante Montes Claros, onde , na sua fase neo-expresssionista, expôs a título individual, uma colectânia de quadros dedicados ao tema "A Marrequinha , e as vantagens da assimetria da chamadas de longa distância".
sexta-feira, dezembro 12, 2003
NUNO MATOS
.....
O NUNO MATOS, faz parte da nova geração , do que constitui hoje, o presente do velho RC.
Está integrado no "team" dos domésticos, e controla a linha do Funchal, sendo nesse sentido, o sucessor do Carlos Correia, da Lena Policarpo e , mais recentemente , da Maria Ilidia.
Na Primavera deste ano, optou por passar férias em Cabo Verde, que sendo constituído por ilhas, ,muito mexeu com o orgulho das nossas colegas da Madeira, que estupefactas, se viram preteridas por quem com elas convive diária e telèfònicamente, e de quem esperavam fidelidade. Outra ilha???.
Na oportunidade, foi-lhe por nós enviada uma carta para Cabo Verde, a avisá-lo do que estava a ocorrer :
Estalou a controvérsia, extremaram-se opiniões, insultos, pedidos de
esclarecimento, faxes, notas de culpa, despachos normativos, pajelas,
ameaças de bomba, e até ocupação preventiva do teu "set" , secretária,
cadeira e bibelots pessoais.
Na Madeira, até o Poder autárquico-político ficou abalado.
E tudo se despoletou, quando segunda de manhã, ao atender os pedidos de
capaéles das meninas do Funchal, numa sussurante pronúncia de ti já
conhecida: Oh Nuuune, pode dar esta confirmacãeee?", lhes fui dizendo, que
estavas de férias em Cabo Verde.
Buuum!!! A reacção foi unânimemente de repúdio, estupefacção, raiva e dum
"madeirismo-ciumento", inesperado, inexplicável, exacerbado.!!!
Então havias trocado a Pérola do Atlântico pela estéril Cabo Verde????!!!!
A Lourdes ficou em estado de choque, perdeu o sotaque, caiu-lhe o cabelo, e
passa o dia a balbuciar:"Ele não gosta da Madeira". A Dilia foi internada,
perdeu a voz, a Yolanda anda em tratamento pós-traumático, A Dina , mais
formal, mandou um Ofício para o Governo Regional com uma esposição e diz: "O
Alberto João tem de saber que o Gestor de Linhas da Madeira, preferiu outra
Ilha, não esperava isto dele."
a Maria João-calmeirona, tomou uma posição mais voluntarista e convocou uma
manif para a frente do 27." As tarjas já estão prontas", disse-me ela, e
revelou o teor de algumas delas
"ABAIXO CABO VERDE, E A QUEM LÁ FÔR PASSEAR"
"NÃO QUEREMOS TRAIDORES NA NOSSA LINHA"
"A MADEIRA É MAIS BONITA.. E MAIS CLARA"
"TENHO UM FIAT PUNTO PARA VENDER"
"NÃO VÃO PARA O SAL, PREFIRAM O FUNCHAL"
etc, etc,etc..
A única que pôs alguma água na fervura, e te apoiou, foi a outra Maria João:
"Ele é muito novo, se calhar foi mal aconselhado, é tão bom rapazinho,
devíamos dar-lhe oportunidade de se explicar"
O Pessoal da Sede, das reservas dos árbitros, essas, estão completamente do
teu lado:
"Se calhar foi pelo trauma dos capaéles aos árbitros para a Madeira"
O Secretário Regional de Turismo da Madeira, de quem se fala que "atira umas
bolas pró pinhal", contactou o nosso Director a quem disse num falajar meio
amaneirado:
"Quando ele regressar, mandem-mo ao meu Gabinete, quero dizer-lhe olhos
nos
olhos ,, o que me vai na alma, falar-lh da minha decepção"
e num arrumo meio sonhador:
"Ouvi constar que o moço é um rapagão...!!!"
Pronto, e são estas as reações à tua escolha. Vou-te informando dos
desenvolvimentos.
A Linha de Cabo Verde, nomeadamente a Teresa Abraços e a Antónia estão
dispostas a defender a tua posição, não receies.
O NUNO MATOS, faz parte da nova geração , do que constitui hoje, o presente do velho RC.
Está integrado no "team" dos domésticos, e controla a linha do Funchal, sendo nesse sentido, o sucessor do Carlos Correia, da Lena Policarpo e , mais recentemente , da Maria Ilidia.
Na Primavera deste ano, optou por passar férias em Cabo Verde, que sendo constituído por ilhas, ,muito mexeu com o orgulho das nossas colegas da Madeira, que estupefactas, se viram preteridas por quem com elas convive diária e telèfònicamente, e de quem esperavam fidelidade. Outra ilha???.
Na oportunidade, foi-lhe por nós enviada uma carta para Cabo Verde, a avisá-lo do que estava a ocorrer :
Estalou a controvérsia, extremaram-se opiniões, insultos, pedidos de
esclarecimento, faxes, notas de culpa, despachos normativos, pajelas,
ameaças de bomba, e até ocupação preventiva do teu "set" , secretária,
cadeira e bibelots pessoais.
Na Madeira, até o Poder autárquico-político ficou abalado.
E tudo se despoletou, quando segunda de manhã, ao atender os pedidos de
capaéles das meninas do Funchal, numa sussurante pronúncia de ti já
conhecida: Oh Nuuune, pode dar esta confirmacãeee?", lhes fui dizendo, que
estavas de férias em Cabo Verde.
Buuum!!! A reacção foi unânimemente de repúdio, estupefacção, raiva e dum
"madeirismo-ciumento", inesperado, inexplicável, exacerbado.!!!
Então havias trocado a Pérola do Atlântico pela estéril Cabo Verde????!!!!
A Lourdes ficou em estado de choque, perdeu o sotaque, caiu-lhe o cabelo, e
passa o dia a balbuciar:"Ele não gosta da Madeira". A Dilia foi internada,
perdeu a voz, a Yolanda anda em tratamento pós-traumático, A Dina , mais
formal, mandou um Ofício para o Governo Regional com uma esposição e diz: "O
Alberto João tem de saber que o Gestor de Linhas da Madeira, preferiu outra
Ilha, não esperava isto dele."
a Maria João-calmeirona, tomou uma posição mais voluntarista e convocou uma
manif para a frente do 27." As tarjas já estão prontas", disse-me ela, e
revelou o teor de algumas delas
"ABAIXO CABO VERDE, E A QUEM LÁ FÔR PASSEAR"
"NÃO QUEREMOS TRAIDORES NA NOSSA LINHA"
"A MADEIRA É MAIS BONITA.. E MAIS CLARA"
"TENHO UM FIAT PUNTO PARA VENDER"
"NÃO VÃO PARA O SAL, PREFIRAM O FUNCHAL"
etc, etc,etc..
A única que pôs alguma água na fervura, e te apoiou, foi a outra Maria João:
"Ele é muito novo, se calhar foi mal aconselhado, é tão bom rapazinho,
devíamos dar-lhe oportunidade de se explicar"
O Pessoal da Sede, das reservas dos árbitros, essas, estão completamente do
teu lado:
"Se calhar foi pelo trauma dos capaéles aos árbitros para a Madeira"
O Secretário Regional de Turismo da Madeira, de quem se fala que "atira umas
bolas pró pinhal", contactou o nosso Director a quem disse num falajar meio
amaneirado:
"Quando ele regressar, mandem-mo ao meu Gabinete, quero dizer-lhe olhos
nos
olhos ,, o que me vai na alma, falar-lh da minha decepção"
e num arrumo meio sonhador:
"Ouvi constar que o moço é um rapagão...!!!"
Pronto, e são estas as reações à tua escolha. Vou-te informando dos
desenvolvimentos.
A Linha de Cabo Verde, nomeadamente a Teresa Abraços e a Antónia estão
dispostas a defender a tua posição, não receies.
quinta-feira, dezembro 11, 2003
ELES DISSERAM
......
A publicidade é um bem necessário. Sem ela, não saberíamos onde e quais os artigos a comprar.
(CANELAS) 1976
.
É raro os gajos das barracas irem para o hospital doentes, porque estão em contacto com a natureza.
(HENRIQUES) 1977
.
Religiões são uma bebedeira para quem não tem coragem de se embebedar com outra coisa.
(RUI DE SOUSA) 1976
A publicidade é um bem necessário. Sem ela, não saberíamos onde e quais os artigos a comprar.
(CANELAS) 1976
.
É raro os gajos das barracas irem para o hospital doentes, porque estão em contacto com a natureza.
(HENRIQUES) 1977
.
Religiões são uma bebedeira para quem não tem coragem de se embebedar com outra coisa.
(RUI DE SOUSA) 1976
quarta-feira, dezembro 10, 2003
A DINA
A Dina eo Chico, estão hoje, e estarão mais 2 dias, no espaço de vendas do Clube TAP, com a sua produção de artesanato, como vêm fazendo todos os anos.
À hora do almoço, estiveram também , além do pessoal que ainda cá está, o Henriques, o Carlos Pinto e o Falé, a pôr a conversa em dia, e a comentar, quer a lista dos que também já saíram, quer os textos antigos, e a recordar a loucura que era a construção dos mesmos, na velha sala de convívio do vinte e cinco.
Mais nomes foram acrescentados à lista (que já não nos recordávamos) e muitas estórias foram lembradas.
À hora do almoço, estiveram também , além do pessoal que ainda cá está, o Henriques, o Carlos Pinto e o Falé, a pôr a conversa em dia, e a comentar, quer a lista dos que também já saíram, quer os textos antigos, e a recordar a loucura que era a construção dos mesmos, na velha sala de convívio do vinte e cinco.
Mais nomes foram acrescentados à lista (que já não nos recordávamos) e muitas estórias foram lembradas.
terça-feira, dezembro 09, 2003
O FRANKENSTEIN DAS RESERVAS (1975)
Projecto robot elaborado pelo Prof. JACOB VON DAYS, catedrático de Futurologia da Universidade TAP, ou "receita para um Frankenstein das Reservas"
Nota sobre o autor:
JACOB VON DAYS, sábio, investigador, contador de histórias mais ou menos inverossímeis (aquela de ter aterrado a correr no aérodromo de Tires, com as pernas enfiadas num buraco duma avioneta...) iniciado, chefe carismático de uma pleíade de intelectuais de primeira apanha, produziu ùltimamente notáveis estudos , sobre a possibilidade de aumento indefinido de produtividade, através da alienação acelerada do ECE. É um desses trabalhos cientificos, que hoje apresentamos:
OUTROS ESTUDOS DO AUTOR:
"Valôr epistomológico do Y SLASH PIENAR.
"Asteristico e asteristico, contributo para uma teoria do Solecismo Programado".
"Teoria dos DUPES e Marxismo".
"Turismo sexual e o futuro da navegação aérea".
"Franquismo e paquismo".
"Pianarismo versus Teodiceia, a última batalha".
"O FRANKENSTEIN DAS RESERVAS".
1 - MORFOLOGIA DO ÓPTIMO CONTROLADOR DE RESERVAS:.
O bom controlador de reservas, terá o rosto redondo , largo e proeminente, como o rabo do CANDEIAS, para garantir um correcto paralelismo em relação ao "set", e fazer a sombra necessária à boa visão dos caracteres "displayed". Terá o olhar vivo do DOMINGUES, para resistir ao desgaste da fixação. a boquinha da NATÁLIA, para que fale só o essencial, e o sorriso ovelhum do BERNARDES, para que o tratamento do passageiro seja bom desde o balcão de vendas, até ao local de desembarque, passando pela lista de nomes.
Terá a cabeça grande, independentemente do conteúdo. Estudos aturados, demonstraram que o cérebro do sr. CABRAL chegava e sobrava. Pentear-se-à discretamente à moda do MARCELINO, mas para não parecer exageradamente fóra de moda, comporá a melena abundante com o arrojo do PEREIRA MARTINS do QCS e cultivará um remoínho à Zé CARLOS, o que lhe conservará o ar juvenil e impúbere, pelos anos fóra. A gravidade do aspecto, ser-lhe-à assegurada pelas sobrancelhas mefistófélicas do RUI DE SOUSA, e pelas ramalhais patilhas do CARREIRAS. Finalmente, toda a zona pilosa será polvilhada com uma caspazinha gordurosa do SERENO, para dar um ar de vida, e evitar artificialismos.
O nariz será rachado como o do CANELAS, e a dentadura errante, como o PEREIRA DE SOUSA.
O tronco semiesco do COTRIM, suportado pela coluna cifótica da NATÁLIA, pelas claviculas dóricas do VAZ, pela quilha do AUGUSTO, assente na opulenta anca da IRENE, será a base da sólida estrutura física do controlador ideal.
O ombro esquerdo será todavia , mais descaído que o direito, como o do MESQUITA, e o conjunto decorado com a abundante e hirsuta pelagem do CASCADA. Dentro deste arcaboiço infernal, baterá, o mais descompassadamente possível, o coração assucatado do FARINHO.
No lugar devido, colocar-se-à, com funções meramente decorativas, a pilinha verde do MASCARENHAS.
Dadas as deficientes condições alimentares a que estará sujeito, todo o abdomen será um modelo de funcionalidade e capacidade digestiva: A pança do MATOS, ornada com as costuras da ADALBERTA, aparelhada com o estomâgo paquidérmico do Giovanni e a tecnologia intestinal da IRENE, são ideiais para esses fins. O rabo será osssudo como a cara do DUARTE. Do lado direito do tronco colocar-se-à um braço do SAMPAIO, do lado esquerdo o da FERNANDA, a delicadeza do toque, aliada à impetuosidade devastadora do amplexo.
Nas mãos, colocar-se-ão os dedos ds pés do Vieira. Revestir-se--á o resultado com o fatinho azul do senhor GRADE , e perfumar-se-à com a água de Colónia do CARVALHO DA CARGA. O Controlador ideal, será de um modo geral desajeitado e mal feito como o SÀ, e , ao deslocar-se , adoptará o rebolado brontossáurico do RUI BRITO DE SOUSA, combinado com o deslizar rectílineo do CARLOS CORREIA. Será de exigir-lhe no entanto o garbo cavalheiresco do chefe PATRICIO, compensado com o ar pidesco do CRISTÓVÃO - questão de respeitabilidade -, e por aquele jeitão meio bronco do GUEDES VAZ.
II - QUALIDADES ANÍMICAS DO ÓPTIMO CONTROLADOR DE RESERVAS.
Uma grande alma este controlador. Mas que alma?
Uma alma de eleição, enorme, transparente, pura . A alma do senhor CABRAL, mais a má fé do senhor CABRAL, mais a perspicácia do senhor CABRAL,mais a cultura do senhor CABRAL, , mais a destreza mental do senhor CABRAL!!.
NOTA: O que sobrar do senhor CABRAL, que será pouco, põe-se disfarçadamente no lixo...
Inteligente como o MASCARENHAS, religioso até à beatice como a FERNANDA, bilioso como o COELHO DE ALMEIDA, jovial como o BRANCO.
E se não houvesse mais contribuintes , ficar-se-ia por aqui. Para fazer overbookings não era preciso mais. Mas a qualidade refinada do meio em que trabalha, o contacto fatal com alguns universitários e outros intelectuais de grande porte, exigem dele a intelectualidade basáltica do senhor CURADO, a comunicabilidade do HELDER SILVA, a venalidade comercial do MARCELO.
Duplamente nevrosado como o HENRIQUES, achará no RAMINHOS o verdadeiro espelho de virtudes, reflexos de uma sagessezinha toda domesticadinha, familiarzinha, prisioneirazinha de uma guerrazinha de donas de casa, chefes de família respeitáveis e mangas de alpaca, respeitadora do nosso sargentozinho.. No CARAMELO, as virtudes paralelas da iniciativa individual, do rancôr, da capacidade de síntese, da violência no vácuo (para não fazer sangue), enfim, todo o bom senso estéril e aniquilante do "bonhomme sans qualités"
Tudo isto seria ineficiente, sem o humor truculento e sulfuroso da DINA, e o veneno da ELIZABETH.
E quando tivermos juntado no mesmo tacho, a voracidade piranhesca do SAMPAIO, o multipartidarismo delirante do ROCHINHA, o confusionismo mental do AMARO, e a verborreia jurídico-catastrófica do CAMPOS, teremos chegado aos calcanhares do MARQUES, com todo o seu verbalismo tonitruante, moralista e inquisitorial "ad-exhibendum"
O controlador ideal estará agora apto a aplicar ao vasto campo do conhecimento humano - e sùbitamente convertido em saguao exíguo - a mesma autoritária verborreia com que discorre àcerca dos overbookings do Rio.
O FRANKENSTEIN DAS RESERVAS, será finalmente pueril e inconsequente como o PARENTE, machista e enfatuado como o FERREIRA. Na retrete e outros lugares públicos, assobiará desesperadamente como o HELDER BARREIROS, para que se saiba que controlar reservas, dá saúde e boa disposição.
FIM
.
Nota sobre o autor:
JACOB VON DAYS, sábio, investigador, contador de histórias mais ou menos inverossímeis (aquela de ter aterrado a correr no aérodromo de Tires, com as pernas enfiadas num buraco duma avioneta...) iniciado, chefe carismático de uma pleíade de intelectuais de primeira apanha, produziu ùltimamente notáveis estudos , sobre a possibilidade de aumento indefinido de produtividade, através da alienação acelerada do ECE. É um desses trabalhos cientificos, que hoje apresentamos:
OUTROS ESTUDOS DO AUTOR:
"Valôr epistomológico do Y SLASH PIENAR.
"Asteristico e asteristico, contributo para uma teoria do Solecismo Programado".
"Teoria dos DUPES e Marxismo".
"Turismo sexual e o futuro da navegação aérea".
"Franquismo e paquismo".
"Pianarismo versus Teodiceia, a última batalha".
"O FRANKENSTEIN DAS RESERVAS".
1 - MORFOLOGIA DO ÓPTIMO CONTROLADOR DE RESERVAS:.
O bom controlador de reservas, terá o rosto redondo , largo e proeminente, como o rabo do CANDEIAS, para garantir um correcto paralelismo em relação ao "set", e fazer a sombra necessária à boa visão dos caracteres "displayed". Terá o olhar vivo do DOMINGUES, para resistir ao desgaste da fixação. a boquinha da NATÁLIA, para que fale só o essencial, e o sorriso ovelhum do BERNARDES, para que o tratamento do passageiro seja bom desde o balcão de vendas, até ao local de desembarque, passando pela lista de nomes.
Terá a cabeça grande, independentemente do conteúdo. Estudos aturados, demonstraram que o cérebro do sr. CABRAL chegava e sobrava. Pentear-se-à discretamente à moda do MARCELINO, mas para não parecer exageradamente fóra de moda, comporá a melena abundante com o arrojo do PEREIRA MARTINS do QCS e cultivará um remoínho à Zé CARLOS, o que lhe conservará o ar juvenil e impúbere, pelos anos fóra. A gravidade do aspecto, ser-lhe-à assegurada pelas sobrancelhas mefistófélicas do RUI DE SOUSA, e pelas ramalhais patilhas do CARREIRAS. Finalmente, toda a zona pilosa será polvilhada com uma caspazinha gordurosa do SERENO, para dar um ar de vida, e evitar artificialismos.
O nariz será rachado como o do CANELAS, e a dentadura errante, como o PEREIRA DE SOUSA.
O tronco semiesco do COTRIM, suportado pela coluna cifótica da NATÁLIA, pelas claviculas dóricas do VAZ, pela quilha do AUGUSTO, assente na opulenta anca da IRENE, será a base da sólida estrutura física do controlador ideal.
O ombro esquerdo será todavia , mais descaído que o direito, como o do MESQUITA, e o conjunto decorado com a abundante e hirsuta pelagem do CASCADA. Dentro deste arcaboiço infernal, baterá, o mais descompassadamente possível, o coração assucatado do FARINHO.
No lugar devido, colocar-se-à, com funções meramente decorativas, a pilinha verde do MASCARENHAS.
Dadas as deficientes condições alimentares a que estará sujeito, todo o abdomen será um modelo de funcionalidade e capacidade digestiva: A pança do MATOS, ornada com as costuras da ADALBERTA, aparelhada com o estomâgo paquidérmico do Giovanni e a tecnologia intestinal da IRENE, são ideiais para esses fins. O rabo será osssudo como a cara do DUARTE. Do lado direito do tronco colocar-se-à um braço do SAMPAIO, do lado esquerdo o da FERNANDA, a delicadeza do toque, aliada à impetuosidade devastadora do amplexo.
Nas mãos, colocar-se-ão os dedos ds pés do Vieira. Revestir-se--á o resultado com o fatinho azul do senhor GRADE , e perfumar-se-à com a água de Colónia do CARVALHO DA CARGA. O Controlador ideal, será de um modo geral desajeitado e mal feito como o SÀ, e , ao deslocar-se , adoptará o rebolado brontossáurico do RUI BRITO DE SOUSA, combinado com o deslizar rectílineo do CARLOS CORREIA. Será de exigir-lhe no entanto o garbo cavalheiresco do chefe PATRICIO, compensado com o ar pidesco do CRISTÓVÃO - questão de respeitabilidade -, e por aquele jeitão meio bronco do GUEDES VAZ.
II - QUALIDADES ANÍMICAS DO ÓPTIMO CONTROLADOR DE RESERVAS.
Uma grande alma este controlador. Mas que alma?
Uma alma de eleição, enorme, transparente, pura . A alma do senhor CABRAL, mais a má fé do senhor CABRAL, mais a perspicácia do senhor CABRAL,mais a cultura do senhor CABRAL, , mais a destreza mental do senhor CABRAL!!.
NOTA: O que sobrar do senhor CABRAL, que será pouco, põe-se disfarçadamente no lixo...
Inteligente como o MASCARENHAS, religioso até à beatice como a FERNANDA, bilioso como o COELHO DE ALMEIDA, jovial como o BRANCO.
E se não houvesse mais contribuintes , ficar-se-ia por aqui. Para fazer overbookings não era preciso mais. Mas a qualidade refinada do meio em que trabalha, o contacto fatal com alguns universitários e outros intelectuais de grande porte, exigem dele a intelectualidade basáltica do senhor CURADO, a comunicabilidade do HELDER SILVA, a venalidade comercial do MARCELO.
Duplamente nevrosado como o HENRIQUES, achará no RAMINHOS o verdadeiro espelho de virtudes, reflexos de uma sagessezinha toda domesticadinha, familiarzinha, prisioneirazinha de uma guerrazinha de donas de casa, chefes de família respeitáveis e mangas de alpaca, respeitadora do nosso sargentozinho.. No CARAMELO, as virtudes paralelas da iniciativa individual, do rancôr, da capacidade de síntese, da violência no vácuo (para não fazer sangue), enfim, todo o bom senso estéril e aniquilante do "bonhomme sans qualités"
Tudo isto seria ineficiente, sem o humor truculento e sulfuroso da DINA, e o veneno da ELIZABETH.
E quando tivermos juntado no mesmo tacho, a voracidade piranhesca do SAMPAIO, o multipartidarismo delirante do ROCHINHA, o confusionismo mental do AMARO, e a verborreia jurídico-catastrófica do CAMPOS, teremos chegado aos calcanhares do MARQUES, com todo o seu verbalismo tonitruante, moralista e inquisitorial "ad-exhibendum"
O controlador ideal estará agora apto a aplicar ao vasto campo do conhecimento humano - e sùbitamente convertido em saguao exíguo - a mesma autoritária verborreia com que discorre àcerca dos overbookings do Rio.
O FRANKENSTEIN DAS RESERVAS, será finalmente pueril e inconsequente como o PARENTE, machista e enfatuado como o FERREIRA. Na retrete e outros lugares públicos, assobiará desesperadamente como o HELDER BARREIROS, para que se saiba que controlar reservas, dá saúde e boa disposição.
FIM
.
segunda-feira, dezembro 08, 2003
HISTÓRIA DO RC
.......................Para aqueles que não conheceram ,o RC (Controle de Reservas) foi criado como estrutura autónoma em 1969. E nasceu organizando-se tendo como modelo o que já acontecia, na época, nas grandes companhias, como a BEA, BOAC e outras.
Desde então , passaram 34 anos, e hoje, foi pulverizado em várias secções, tendo como estrutura mais ligada à antiga matriz ;o Revenue Management, o Group Desk, mais as Irregularidades, o Back-Office e outros núcleos espalhados pela Companhia.
Entre 69 e 73, catadupas de colegas, a maior parte acabados de sair do serviço militar, e muitos deles da guerra colonial, entrararam para o RC, formando uma equipa muito jovem (nessa época as idades oscilavam entre os 22/23 e os 29/30) irreverente, e cheia de ideias contrárias ao formalismo venal, que informava a maioria dos outros serviços, que nós chamávamos de "mangas de alpaca" O horário de turnos H24, ajudava a criar um ambiente mais descontraído que se reflectia na forma de estar e até de vestir, onde não cabia o fato e gravata, nem o sapato engraxado ou o vestido de folhos e a saia plissada. Por via disto, éramos chamados pelos outros sectores a "legião estrangeira". Houve até uma intenção do então Admistrador Mendes Barbosa, de nos obrigar a trabalhar com uma bata (ou bibe..), por achar vergonhosa a maneira como nos apresentávamos...Nunca chegou a conseguir.
E foi neste contexto que surgiu a ideia de A TRANCA, que passou a ser uma espécie de jornal clandestino do RC, editado em número-único, que circulava de mão em mão.
Vamos lembrar os nomes daqueles que por cá passaram, após o que nomearemos os que ainda cá permanecem:
Os que já saíram:
Alcides Caramelo, Adalberta, Albuquerque, Alvaro Matos,Alpendre. Araújo (women entretainer) Ana Novais, Antunes, Alcantara Melo, Amaro (carga) Amélia Pitta, Alvarez, Brito Dias, Bernardes (carga), Bento, Bètinho, Botelho, Branco, Benzinho,Belo Torres, Bação, Breu, Barbosa,Coelho de Almeida, Carlos Marques, Calado Lopes, Conceição (Bé), Catarino. Carlos Correia, Cascada, Carreiras,Coelho (Salaminas)l, Claudia, Camilo, Carlos Pinto,Carlinhos (pintelhudo) Cabrita, Carlos Santos (toureiro) Carvalho (carga) , Campos, Curado, Dina, Domingues, Duarte, Domingos, Estanislau, Elizabeth, Fortunato de Almeida, Filipe, Falé, Fiúza, Ferreira, Ferrão, Faustino, Franquelin, Farinho, Grade, Giovanni Fernandes,Ganhão, Garção, Guerra, Gentil Nunes, Guida, Guedes Vaz, Helder Silva, Henriques, Herberto Gomes, Helder Barreiros, Hilário (stand-by) ,Horácio, Hélio, Irene, José Tavares Diniz, João Pinto, Lopes, Luciano Carvalho e Silva, Loreto, Leandro, Lena Policarpo, Leal,Lucilia Preto, Maia, Mira Correia, Mini Marques, Mário Oliveira, Marcelo,Moura Marcelino, Mesquita, Maria João, Manuela Brito e Silva, Maria Ilidia, Mascarenhas, Mendonça, Nabais ,Natália, Nuno Barra, Olimpio, Patricio, Peixoto, Parente,Pinto Leite (Zé Sopapo) Paz, Paulino, Pitra, Pederneira, Potier, Paulo Borges,Pestana,Paulo Bandeira,,Ribeiro Fernandes, Reis Santos, Raposo, Rochinha,Ricardo (Dosi), Rocha (Carga),Raul Governo, Rui Lourenço, Ramos, Rodrigues (Carga),Rui Brito de Sousa,Sampaio,Silva (dos bigodes), Serrão, Sarmento, Silvério, Sacadura, Simas,Tiago,Silvia,Sousa,Santos Costa, Sandra, Soares, Teixeirinha, Teresa Fonseca, Vitor Dias , Vitor Guerra, Vasco Sá, Vitor Sequeira, Valter, Velha, Vidrinhos (quem recorda o nome?), Vantacich, Zuzarte., Guilhermina, Manuel,Rodrigues (EQSB)
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Desde então , passaram 34 anos, e hoje, foi pulverizado em várias secções, tendo como estrutura mais ligada à antiga matriz ;o Revenue Management, o Group Desk, mais as Irregularidades, o Back-Office e outros núcleos espalhados pela Companhia.
Entre 69 e 73, catadupas de colegas, a maior parte acabados de sair do serviço militar, e muitos deles da guerra colonial, entrararam para o RC, formando uma equipa muito jovem (nessa época as idades oscilavam entre os 22/23 e os 29/30) irreverente, e cheia de ideias contrárias ao formalismo venal, que informava a maioria dos outros serviços, que nós chamávamos de "mangas de alpaca" O horário de turnos H24, ajudava a criar um ambiente mais descontraído que se reflectia na forma de estar e até de vestir, onde não cabia o fato e gravata, nem o sapato engraxado ou o vestido de folhos e a saia plissada. Por via disto, éramos chamados pelos outros sectores a "legião estrangeira". Houve até uma intenção do então Admistrador Mendes Barbosa, de nos obrigar a trabalhar com uma bata (ou bibe..), por achar vergonhosa a maneira como nos apresentávamos...Nunca chegou a conseguir.
E foi neste contexto que surgiu a ideia de A TRANCA, que passou a ser uma espécie de jornal clandestino do RC, editado em número-único, que circulava de mão em mão.
Vamos lembrar os nomes daqueles que por cá passaram, após o que nomearemos os que ainda cá permanecem:
Os que já saíram:
Alcides Caramelo, Adalberta, Albuquerque, Alvaro Matos,Alpendre. Araújo (women entretainer) Ana Novais, Antunes, Alcantara Melo, Amaro (carga) Amélia Pitta, Alvarez, Brito Dias, Bernardes (carga), Bento, Bètinho, Botelho, Branco, Benzinho,Belo Torres, Bação, Breu, Barbosa,Coelho de Almeida, Carlos Marques, Calado Lopes, Conceição (Bé), Catarino. Carlos Correia, Cascada, Carreiras,Coelho (Salaminas)l, Claudia, Camilo, Carlos Pinto,Carlinhos (pintelhudo) Cabrita, Carlos Santos (toureiro) Carvalho (carga) , Campos, Curado, Dina, Domingues, Duarte, Domingos, Estanislau, Elizabeth, Fortunato de Almeida, Filipe, Falé, Fiúza, Ferreira, Ferrão, Faustino, Franquelin, Farinho, Grade, Giovanni Fernandes,Ganhão, Garção, Guerra, Gentil Nunes, Guida, Guedes Vaz, Helder Silva, Henriques, Herberto Gomes, Helder Barreiros, Hilário (stand-by) ,Horácio, Hélio, Irene, José Tavares Diniz, João Pinto, Lopes, Luciano Carvalho e Silva, Loreto, Leandro, Lena Policarpo, Leal,Lucilia Preto, Maia, Mira Correia, Mini Marques, Mário Oliveira, Marcelo,Moura Marcelino, Mesquita, Maria João, Manuela Brito e Silva, Maria Ilidia, Mascarenhas, Mendonça, Nabais ,Natália, Nuno Barra, Olimpio, Patricio, Peixoto, Parente,Pinto Leite (Zé Sopapo) Paz, Paulino, Pitra, Pederneira, Potier, Paulo Borges,Pestana,Paulo Bandeira,,Ribeiro Fernandes, Reis Santos, Raposo, Rochinha,Ricardo (Dosi), Rocha (Carga),Raul Governo, Rui Lourenço, Ramos, Rodrigues (Carga),Rui Brito de Sousa,Sampaio,Silva (dos bigodes), Serrão, Sarmento, Silvério, Sacadura, Simas,Tiago,Silvia,Sousa,Santos Costa, Sandra, Soares, Teixeirinha, Teresa Fonseca, Vitor Dias , Vitor Guerra, Vasco Sá, Vitor Sequeira, Valter, Velha, Vidrinhos (quem recorda o nome?), Vantacich, Zuzarte., Guilhermina, Manuel,Rodrigues (EQSB)
,
ELES DISSERAM
...
O Leandro se fôr a Bangkok não vai ter problemas, a língua deles é a mesma
(CATARINO) 1977.
..
O Raminhos é o Peckinpah dos comunistas.
(ZÉ CARLOS CARVALHO (1977).
..
Este brazão do anel que uso, era da minha avó , que era peixeira. era com ele que ela escamava o pargo...
(CANELAS (1978).
....
O Leandro se fôr a Bangkok não vai ter problemas, a língua deles é a mesma
(CATARINO) 1977.
..
O Raminhos é o Peckinpah dos comunistas.
(ZÉ CARLOS CARVALHO (1977).
..
Este brazão do anel que uso, era da minha avó , que era peixeira. era com ele que ela escamava o pargo...
(CANELAS (1978).
....
sexta-feira, dezembro 05, 2003
CRÓNICA DE UM DIA DIFERENTE
...............carta a uma colega de férias
Ontem foi um dia de grande significado para a nossa sala. Que pena não teres estado presente.
Alguns deputados e membros do Governo, em visita às instalações da Companhia, escalaram por alguns minutos o nosso local de trabalho.
Já anteontem tinhamos sido avisados, que deveríamos, no dia seguinte, vir vestidos com "sobriedade e decência". Foram estes os termos empregados pela nossa chefia.Chegou a haver um certo burburinho de reprovação e alguma chama de rebelião:"Essa agora, então querem-nos obrigar a vir de fatinho e saia casaco?, era o que faltava", disse alguém. "Deveríamos é vir todos de bibe" opinaram outros. "Quem tiver a hortaliça no sítio, vem à Pai Adão", ouviu-se na confusão geral.
E o grande dia chegou.
Face à importância do acto, e para ciceronar tão selectas personalidades, foram recrutados a recibo verde, o Antonino Pirilau e a Ana Farpas.
O Pirilau, por causa daquele curso de gueixa que com os dinheiros da CEE, foi tirar ao Japão, a Ana, por via do seu saber estar, e do seu curso de "care team", que há bem pouco dirigiu com tanto êxito.
Ele , de fatinho de veludo-cócó Yves Saint Laurent, ela de modelito tipo "Rainha-mãe-Lady Di", de fartos folhos rocócó, redingotes e godés, de còr mostarda.
Ele, à medida que dirigia o grupo pela sala, ia entremeando com vénias, gestos harmoniosos, genoflexões, flic-flacs, cambalhotas, sermões e missas cantadas, a descrição minuciosa do que iam vendo: "Ali é onde pomos os passageiros em vinha -de- alhos, acolá salgamo-los, aqui tiramos-lhes as tripas, a pele e as unhas, bla bla bla...."
Ligeiramente atrás, a Ana Farpas , segurando fortemente o braço do Bagão Félix, ia destilando o seu veneno :-"Isto aqui , senhor Ministro , é uma cambada de imcompetentes, arrivistas- já- residentes", e ,bandarilhando com o olhar os seus ex-colegas: "Gente sem berço, sem principios, que nunca foi à ópera, nunca assistiu a uma conferência na Gulbenkhian"
Às tantas, destacando-se do grupo, o Paulinho Portas, de casaquinho Armani verde vomitivo, camisinha lilás e gravata rosa-marisco. perguntou: -"E a Teresa, onde está a Teresa?" Na sala fez-se um silêncio compungido. "Ouvi dizer que tem um namorado muito robusto, um passarão, dizem-me", e num arrôbo incontido :-"gostava de lhe morder a envergadura!!!" (suspiros).
A Odete Santos ia grasnando naquele seu fanhoso falajar :"Estamos mas é a ser colonizados pela Argentina" ,enquanto lhe oscilavam as penas do turbante e os colares de missangas de péssimo gosto.
O Durão Barroso, talvez chibado por algum bufo-de-mão, desatou , em tom eleitoraleiro, a gritar a sua indignação:- "Numa Companhia em crise, vamos proibir as borlas para a América do Sul, especialmente para o Brasil" , e numa de nacionalismo-enciumado:- "Contentem-se com gente cá da terra"...
E lá se foi o grupo de cinzentos porta-fóra, esmagado pelas vénias do Pirilau e os arrasos da Farpas
Ontem foi um dia de grande significado para a nossa sala. Que pena não teres estado presente.
Alguns deputados e membros do Governo, em visita às instalações da Companhia, escalaram por alguns minutos o nosso local de trabalho.
Já anteontem tinhamos sido avisados, que deveríamos, no dia seguinte, vir vestidos com "sobriedade e decência". Foram estes os termos empregados pela nossa chefia.Chegou a haver um certo burburinho de reprovação e alguma chama de rebelião:"Essa agora, então querem-nos obrigar a vir de fatinho e saia casaco?, era o que faltava", disse alguém. "Deveríamos é vir todos de bibe" opinaram outros. "Quem tiver a hortaliça no sítio, vem à Pai Adão", ouviu-se na confusão geral.
E o grande dia chegou.
Face à importância do acto, e para ciceronar tão selectas personalidades, foram recrutados a recibo verde, o Antonino Pirilau e a Ana Farpas.
O Pirilau, por causa daquele curso de gueixa que com os dinheiros da CEE, foi tirar ao Japão, a Ana, por via do seu saber estar, e do seu curso de "care team", que há bem pouco dirigiu com tanto êxito.
Ele , de fatinho de veludo-cócó Yves Saint Laurent, ela de modelito tipo "Rainha-mãe-Lady Di", de fartos folhos rocócó, redingotes e godés, de còr mostarda.
Ele, à medida que dirigia o grupo pela sala, ia entremeando com vénias, gestos harmoniosos, genoflexões, flic-flacs, cambalhotas, sermões e missas cantadas, a descrição minuciosa do que iam vendo: "Ali é onde pomos os passageiros em vinha -de- alhos, acolá salgamo-los, aqui tiramos-lhes as tripas, a pele e as unhas, bla bla bla...."
Ligeiramente atrás, a Ana Farpas , segurando fortemente o braço do Bagão Félix, ia destilando o seu veneno :-"Isto aqui , senhor Ministro , é uma cambada de imcompetentes, arrivistas- já- residentes", e ,bandarilhando com o olhar os seus ex-colegas: "Gente sem berço, sem principios, que nunca foi à ópera, nunca assistiu a uma conferência na Gulbenkhian"
Às tantas, destacando-se do grupo, o Paulinho Portas, de casaquinho Armani verde vomitivo, camisinha lilás e gravata rosa-marisco. perguntou: -"E a Teresa, onde está a Teresa?" Na sala fez-se um silêncio compungido. "Ouvi dizer que tem um namorado muito robusto, um passarão, dizem-me", e num arrôbo incontido :-"gostava de lhe morder a envergadura!!!" (suspiros).
A Odete Santos ia grasnando naquele seu fanhoso falajar :"Estamos mas é a ser colonizados pela Argentina" ,enquanto lhe oscilavam as penas do turbante e os colares de missangas de péssimo gosto.
O Durão Barroso, talvez chibado por algum bufo-de-mão, desatou , em tom eleitoraleiro, a gritar a sua indignação:- "Numa Companhia em crise, vamos proibir as borlas para a América do Sul, especialmente para o Brasil" , e numa de nacionalismo-enciumado:- "Contentem-se com gente cá da terra"...
E lá se foi o grupo de cinzentos porta-fóra, esmagado pelas vénias do Pirilau e os arrasos da Farpas
quinta-feira, dezembro 04, 2003
ULTIMA HORA!!!!!
..............Hoje temos connosco em visita muito festiva o CASCADA, grande impulsionador e escriba laureado da TRANCA. Seguiu-se um almoço de júbilo na Catedral do Pote D.Água, também conhecida por TASQUINHA.
Na festança estiveram à mesa; além do Cascada, o Carlos Correia, o Pereira Martins,o Herdeiro, o Ricardo, o Jorge Tavares e mais tarde, juntaram-se ao evento, o Herberto Gomes e o Redondeiro.
Falou-se muito, riu-se muito, recordaram-se situações inenarráveis do velho Controle, e sobretudo , cortou-se a eito no modus vivendi das gerações moldadas a hamburgers e tv-lixo.
O Cascada e o Correia aproveitaram para se guerrearem harmoniosamente como dantes, insultando-se de tudo, e disputando palmo a palmo, sobre qual deles detinha o maior "grau de vetustez", até que o Jorge Tavares, aproveitando um raro momento de silêncio, lançou:
- "OH CASCADA, TU ÉS UM PROZAC PARA O CARLOS CORREIA"
Cumprimento que não foi correspondido, pois logo após, o ágape, dirigindo-se ao Jorge, sibilou:
-"SÓ CINQUENTA E DOIS, ? ANTIGAMENTE ERAS O MAIS RASPADO, MAS AGORA JÁ ESTÁS COM UM AR MAIS VETUSTO"
Já depois das despedidas, e quando passámos por eles na curva, lá iam o Careca e Deputy-Dog, rua àcima, em litigiosa harmonia.
Na festança estiveram à mesa; além do Cascada, o Carlos Correia, o Pereira Martins,o Herdeiro, o Ricardo, o Jorge Tavares e mais tarde, juntaram-se ao evento, o Herberto Gomes e o Redondeiro.
Falou-se muito, riu-se muito, recordaram-se situações inenarráveis do velho Controle, e sobretudo , cortou-se a eito no modus vivendi das gerações moldadas a hamburgers e tv-lixo.
O Cascada e o Correia aproveitaram para se guerrearem harmoniosamente como dantes, insultando-se de tudo, e disputando palmo a palmo, sobre qual deles detinha o maior "grau de vetustez", até que o Jorge Tavares, aproveitando um raro momento de silêncio, lançou:
- "OH CASCADA, TU ÉS UM PROZAC PARA O CARLOS CORREIA"
Cumprimento que não foi correspondido, pois logo após, o ágape, dirigindo-se ao Jorge, sibilou:
-"SÓ CINQUENTA E DOIS, ? ANTIGAMENTE ERAS O MAIS RASPADO, MAS AGORA JÁ ESTÁS COM UM AR MAIS VETUSTO"
Já depois das despedidas, e quando passámos por eles na curva, lá iam o Careca e Deputy-Dog, rua àcima, em litigiosa harmonia.
ELES DISSERAM...
.....
Oh Augusto, a tua falta de vista é interior
(BÉTINHO) 1976
Tudo aquilo que eu digo é certo, e a História acaba por comprovar
(CATARINO) 1976
Cala-te, senão enrosco-te num jogo de matraquilhos, a fazer de guarda-redes.
(AUGUSTINHO, dedo em riste contra o Raminhos) 1976
Oh Augusto, a tua falta de vista é interior
(BÉTINHO) 1976
Tudo aquilo que eu digo é certo, e a História acaba por comprovar
(CATARINO) 1976
Cala-te, senão enrosco-te num jogo de matraquilhos, a fazer de guarda-redes.
(AUGUSTINHO, dedo em riste contra o Raminhos) 1976
quarta-feira, dezembro 03, 2003
O RC ACABOU
.....O RC acabou...... Morreu de velho por falta de préstimo. Já não havia sets,
havia oitos de sucata; já não havia printers, havia máquinas de bater
claras à mão. As retretes andavam entupidas:- havia montes de merda por
todos os lados. Chovia no QCS. O QCS começou por emigrar para o QDO, depois
começou por pingar em QDO, em QEU, em QCM...até à debandada final. A
vegetação selvagem invadia as secretárias dos chefes. Lianas escorriam do oitavo
para o sétimo do vinte e cinco. Pululavam as pulgas e havia cobras nas
gavetas Entre farrapos de alcatifa vagueavam salamandras e sapos. Dos tectos
pendiam aranhões cabeludos envoltos em fantasmagóricas teias e até as
coisas mais chatas -" já nem para supermecado serve"! - opinava doutamente
o Brito Dias :"Tenho a canalização entupida", queixou-se.
Num dia de grossa invernia o maralhal emigrou. Houve lágrimas, cenas
lancinantes, gritos, guinchos e apóplés.
Só o Marques ficou. Sentado à secretária, em regime permanente de trabalho
estraordinário, protegido da borrasca por um monumental chapéu de chuva,
fornecido pelo Serviço de Obras, envolto em mantas e de luvas, gritava
ainda ao telefone: -"As minhas pulgas , os meus sapos, as minhas
baratas..não voam, não..
A Tranca, agora revista pirata, impressa na clandestinidade, no urinol do
Rossio, com a cumplicidade do seu guarda o senhor Cristovão das Aguas
Vertendas, publica hoje um estudo da sua equipa de sociologia, sobre a
situação daqueles que passaram mais de metade da sua vida a malhar
com os cornos nos set.s, e quase acabaram por sucumbir à degradação das
instalações.
O Filipe , como todos os aldrabões, foi quem se safou melhor...nem precisou
de sair de casa. Dispôs luzinhas e estrelas, plantou caveiras, abriu banca
de bruxa e publicou anúncio:
"
BRUXO DE CORDEL, VENDE BALELAS" SENIS, RESPEITÁVEIS (MAS POUCO) CHEFES DE
FAMÍLIA DA MINHA RUA, AOS CRETINOS EM GERAL. SE QUEREIS CURAR-VOS DE
MAZELAS, VISITAI O MEU ANTRO,TODO O CONTEÚDO HERÓCLITO DA MINHA MONA
ASTRALMENTE ILUMINADA ESTÁ VOSSO SERVIÇO"
A Trudy acabou por casar com ele. Sob coacção, claro. Um dia o Filipe
vestido de bruxo fez-lhe uma espera, passou-lhe um feitiço, ele
assustou-se,
(estava escuro) tropeçou, caíu , e ele logo ali lhe cantou:
-Minha pombinha de nácar, aqui te faço dona dos meus destinos. Aqui
tocarei com lábios frementes a rosa dos meus desejos!..e engalfinhou-se
nela.Depois de uma clausura breve no sulfuroso antro de Moscavide, ele
evadiu-se com a cumplicidade do Miranda, e ambos arranjaram colocação como
"croupiers" no Casino Estoril. Ela submete a mais respeitável clientela a
sistemática apalpação, e ele reanima à bombada os mais susceptíveis.
O Canelas agora é guarda fiscal no Aeroporto. Eficiente, desconfiado,
nenhum "free" lhe escapa, sobretudo se vier de Nova York. Espera-os ,
apalpa-os , com ar de connaisseur, remexe-os, questiona, busca.. Até já
encontrou um emissor com frequência modulada no buraco de um dente de uma
velha americana, e uma
Parker 51, no ânus de um bailarino que vinha dançar a S.Carlos.O Canelas
passou-se para o Governo "Têm de pagar" diz às vítimas. "Eu só recebo
comissão". Não posso permitir que estes contrabandistas diminuam as
receitas do Estado.
O Ferrão com os lucros do famigerado Interline Clube da terra dele,
profissionalizou a equipa de volley, e com a vèlhinha máquina de telex, que
lhe coube em espólio, recebe frenèticamente convites para jogar. Na 5ª.
feira, jogam no Canadá, contra a "Blind-League of volleyballers", no
contra os "Los Manetas de Syracuse".. O Raposo , como já mexe mal os seus
110 kilos, pouco acertou na bola, por causa da tremedeira nas mãos.. O
Sampaio, àparte os jogos em que parece estar do lado dos adversários, foi
recolhido pela Casa Pia. É que o avanço da idade , fê-lo regredir à
infância. Agora é menino de capela e ajuda à missa.. A nova devoção não lhe
abafou a antiga, e interrompe frequentemente as missas com o estribilho:
"Era o vinho, era o vinho, era o vinho que eu mais adorava..".
O João Anarca, abriu loja de bombas para asmáticos, porque as outras faziam
muito cagaçal. Os cocktails Molotov tazem mistura de mijo, os detonadores têm barbas de millho, e os petardos põem nódoas de lexívia. Os cartazes que vende para manifs são velhas capas da "Vogue"..A loja chama-se "BAKUNINE,MALATESTA, ANARQUIA & CAOS".
Nas traseiras, fabrica pólvora, com os "àpartes" envenenados do Catarino e citações de Nietszche, tais como: "Ai, já cá faltava o disparáááte!", e "Deus está morto". O filho que deixou de lhe abrasar as noites, abrasa-lhe agora a loja com bombas.
O Zé Carlos viciado a decorar as sebentas do Marcello, fez-se decorador. Isto é, oferece serviços que ninguém quer. Por vingança decora-se a si mesmo. Para gáudio da Familia (com F. grande) clã montanhez, ex-terratenete com pretensões à aristocracia de toga, veste-se de Cardin, ingressou numa Academia de Etqueta, fez um curso de bem-pisar-todo-o-solo-mas-de-preferência-parquets-de-carvalho-e-tapetes-de-Boukhara, cursou tomismo, positivismo, Russelismo,pianarismo,Goubineauzismo, D.Annunzismo, e foi a um barbeiro desfazer o remoínho , para disfarçar aquele ar impúbere, para poder ingressar no Corpo Discente da Universidade Católica. Um homem é um homem, e um chefe de Família, não é um menino de côro.
O Coelho de Almeida retirou-se para o Monte Athos. Do alto do seu penhasco, tenta agora conciliar a ortodoxia da Igreja Oriental, com a ficção científica. Agora já não vai ao cinema. Lê nos ícones das paredes , a História Sagrada em episódios. O Leandro emudecido de vez pelas arremetidas da Teresa F., recolheu por seu lado ao Júlio de Matos, onde está no Pavilhão 69 - Disléxicos - desenhando enormes cús, e batendo com a cabeça nas paredes.
O Faustino empregou-se como esfolador no Matadouro Municipal. Esfola vacas, bois, coelhos, pinatssilgos , e uma ou outra unidade executiva que lhe caia ao alcance da mão.
E assim vai esfolando ignobilmente o seu. Já fez várias tentativas para ser matador, mas recusaram-lhe a capa e a espada. Como persistisse, fizeram-lhe a vontade. No dia da matança aparece no estábulo, e mata as vacas de susto. "Veni, vide, vinci"
O Mesquita empregou-se também nas industrias de víveres. Deram-lhe um galinheiro próprio no Aviário do Freixial, uma gabardina de penas, uma crista de plástico, e ele, passa agora os dias a montar ciladas às pobres galinhas.. A produção de ovos aumentou, pois as pobrezinhas intimidadas por tão viril presença, deixam cair os ovos por toda a parte, desovando sem criterio, nem piedade. Todos os grandes Supermecados de Lisboa, disputam os famosos "ovos "galados pelo Mesquita".
Na semana posterior à queda do RC, a Câmara de Lisboa reunida em sessão estraordinária, deliberou substituir o Senhor de braços abertos, que enfeita a outra banda, por um senhor só com o dedo espetado. Foi assim que o Van Dog, eliminando pelo veneno próprio todos os concorrentes, conseguiu o emprego, com a vantagem de exigir muito menos cuidados de limpeza.
O Raminhos depois de passar pela CP, onde trocou a Linha do Norte pela do Sul, a do Nordeste pela do Tua, foi para as Missões,.Deixou de impingir o Avante, e vende agora a "Acção Missionária".
Neste momento anda pela India de burel e cilicio, a converter os pagãos adoradores de vacas. Alguns, já desistiram até das ditas vacas e passaram a adorar só as ovelhas, o que valeu ao Raminhos o aplauso vibrante do Patriarcado do Oriente, e um lugar na Sagrada Congregação para a Confusão dos Credos. A turba dos gentios até lhe ergueu um túmulo igual ao de São Francisco Xavier, em cuja cabeceira foi lavrado o seguinte epitáfio:
"Apóstolo da confusão
os gentios já saturados
oferecem-te este caixão
e se outro vier como tu
armado em S.Xavier
não é caixão que lhe damos
vamos-lhe ao cú....como ao Ramos"
O Catarino fez-se modelo de Courrege. Com a graça e languidez habituais, bamboleia-se pelas passarelas mundanas, de mão na anca, sacudindo os caracóis de farta cabeleira "condré". Ainda tentou convencer o Matos a emigrar para Paris, mas o dito, apanhado por esbirros, foi exportado para o Ceilão, onde serve de Buda num templo Xintoísta. Levam-lhe flores, pauzinhos de cheiro, pregos no prato e barris de cerveja. No fim agradece com um inhumano arrôto, que lhe abala as nédias.
O Vaz montou um salão de cabeleireiro para Quadros. Convidou o Marcelino para a inauguração.
Temos de intimar também o Magriço Miranda, que desesperado, montou uma fábrica de câmaras de ar, última esperança que lhe restava na sua luta contra a caquexia.
O Pinto retirou-se para a serra Algarvia; tem uma fábrica de figos torrados e um alambique com que pretende fazer medronho a partir do mijo de uma burra que a avó lhe deixou.
O Bètinho ingressou no Circo Mariano. O número dele é o de xadrez, e consiste em defrontar-se todas as noites com um senhor magrinho , desdentado e famélico. As partidas frenéticas, desde o primeiro momento, acabam sempre com a derrota do Becas.
O Caramelo e a Irene emigraram. Ele para a China Popular, onde é membro passivo do Comité paa a Restauração da Ideia Capitalista na Província de Iang-Sequiang. Anda vestidinho de verde, toucado de cáqui, e traz na mão um livrinhpo de Wermer Sombart "The welfare state"A Irene instalou-se na Bahia de todos os Santos, onde abriu uma baiuca de quitutes. Sorridente, vestida de repolhantes folhos, recamada de vidrilhos, colares e balangandans, esgana-se para juntar dinheiro para comprar mais vidrilhos, colares e balangandans.
A Fernandinha, que queria subir ao céu, de mão dada com a Maria do Céu, viu-se sòzinha, perante a peremptória recusa desta última aflita pelo assédio religioso. Por fim, aceitou finalmente o sábio conselho de montar um talho, última esperança que lhe restava de mexer em carne pendurada.
O Giovanni pediu um empréstimo ao Banco di Santo Spiritu, e montou uma fábrica de locomotivas movidas a murro e imprecações. E já que estamos em maré de reconversões de marterial, cabe aqui lembrar o destino do Marques, que com uma pequena adaptação, foi dependurado no tecto do Aeroporto, onde desempenha as funções de altiflante. Entretanto foi criado , para distração dos passageiros vítimas de atrasos, um pequeno Luna Park nas traseiras do Terminal de Carga. A principal atracção é o Mascarenhas que debruçado do Balcão de uma barraca de tiro, acenando com a nívea mão se esganiça: "Oh freguês, vai um tirinho?", enquanto compõe as mamas de plástico. Já não veste bem, mas a ocupação , vai-lhe muito melhor.
O Curado foi requisitado pelo Ministério da Cultura para consultor cultural da Faculdade de Letras. Anda sempre com um livro debaixo do braço, ora "Para uma contra-cultura", (por indicação do Melo), ora Poemas de Rabindranath Tagore na versão original, e às vezes, também, com um exemplar do "O filho da mãe volta a atacar" de José Vilhena.
O Pereira de Sousa, como se lhe acabaram os pincéis, passou a dedicar-se ao "crochet electrónico", depois de ter electrificado a casa toda or causa dos ladrões, desde os talheres aos penicos.
A Natália, insidiosamente infiltrada na Rádiofusão Nacional, é realizadora do programa "MADAME NATÁLIA DIZ COMO É" (Retalhos da vida de uma mulher casada, sexualmente feliz, mas com 2 putos, sem mulher a dias, e com 20 tias velhas para aturar).
O Lopes já mal ganha para os bilhetes do Cinebolso, onde vai fertilizar a imaginação que desabrocha no programa da Natália.
O Herdeiro por caminhos ínvios, conseguiu chegar a Director Chefe do Diário da República, apesar dos protestos e das cartas anónimas do Filipe. Escreve o artigo de fundo, o artigo entre 2 águas e o artigo de superfície, publica os decretos-leis, os despachos, as ordens de serviço, amarrota os papéis, varre e despeja os caixotes.
O Cascada é vestal de um templo na ilha de Poros, e faz leituras nas entranhas dos pintos. Mas também se dedica a maldades muito mais interessantes, que os habitantes da ilha se recusam a revelar...
O Ricardo, a macaca do QCS, recolheu ao Jardim Zoológico. De tanto fazer ninharias, enlouqueceu, os olhos dilataram-se-lhe, muito azuis e esbugalhados, o corpo balofo e rosado, mal lhe cabe no habitáculo de canas entrelaçadas que construiu para si mesmo. Acocorado num poleiro, como um pequeno hermafrodita albino, passa o tempo "dicendo parolace oscene" no dizer do Giovanni das locomotivas a murro.
O Cabral é bufo numa Repartição dos Correios em Alverca. Recebe não se sabe por onde, mas parece que anda ao serviço do Yatollah Khomeini.
O Calado Lopes é bobo do Samora Machel.Anda vestido de tanga, pintado de preto, boca tatuada de côres berrantes, e compila anedotas àcerca do seu senhor. Rege ao mesmo tempo uma cátedra de bobagens, isto é, tem uma indústria de bobinhos.
O Garção passou-se para o CDS, e arranjou uma empresa privada de que ele é o único accionista, gerente, vendedor. Discute até ao último tostão o ordenado do porteiro, que é ele mesmo. Usando o seu tonitruante vozeirão e a convincente estatura, apregoa dentaduras em 2.ª.mão,perdão, em 2ª. boca e velas de automóvel já gastas.
O Kikinho fez testamento, legando para quando morrer, os seu ossinhos para uma fábrica de pipos para clisteres, com a indicação expressa, de que deveriam ser usados únicamente para lavagens íntimas femininas.
O Pereira Martins converteu-se ao cristianismo, e a sua fulgurante ascenção na hierarquia eclesial, culminou com a sua investidura no báculo. É actualmente bispo de Paço de Arcos, e, prosélito, distribui pajelas da Sãozinha e de S.Tomaz de Aquino, pelas ruas da diocese.
O Barbosa Diniz converteu-se às testemunhas de Jeová. A última vez que foi visto, foi a um domingo, às 8 horas da manhã à porta do Faustino.
A Adelaide, essa, fez a sua última aparição em público, na Basílica da Estrela. Nua, por traz do altar, com uma perna na cruz, outra no ostensório, a desinquietar os fiéis.
(Texto produzido na sala de convívio do RC , no sétimo do ed.25, em Julho de 1978)
havia oitos de sucata; já não havia printers, havia máquinas de bater
claras à mão. As retretes andavam entupidas:- havia montes de merda por
todos os lados. Chovia no QCS. O QCS começou por emigrar para o QDO, depois
começou por pingar em QDO, em QEU, em QCM...até à debandada final. A
vegetação selvagem invadia as secretárias dos chefes. Lianas escorriam do oitavo
para o sétimo do vinte e cinco. Pululavam as pulgas e havia cobras nas
gavetas Entre farrapos de alcatifa vagueavam salamandras e sapos. Dos tectos
pendiam aranhões cabeludos envoltos em fantasmagóricas teias e até as
coisas mais chatas -" já nem para supermecado serve"! - opinava doutamente
o Brito Dias :"Tenho a canalização entupida", queixou-se.
Num dia de grossa invernia o maralhal emigrou. Houve lágrimas, cenas
lancinantes, gritos, guinchos e apóplés.
Só o Marques ficou. Sentado à secretária, em regime permanente de trabalho
estraordinário, protegido da borrasca por um monumental chapéu de chuva,
fornecido pelo Serviço de Obras, envolto em mantas e de luvas, gritava
ainda ao telefone: -"As minhas pulgas , os meus sapos, as minhas
baratas..não voam, não..
A Tranca, agora revista pirata, impressa na clandestinidade, no urinol do
Rossio, com a cumplicidade do seu guarda o senhor Cristovão das Aguas
Vertendas, publica hoje um estudo da sua equipa de sociologia, sobre a
situação daqueles que passaram mais de metade da sua vida a malhar
com os cornos nos set.s, e quase acabaram por sucumbir à degradação das
instalações.
O Filipe , como todos os aldrabões, foi quem se safou melhor...nem precisou
de sair de casa. Dispôs luzinhas e estrelas, plantou caveiras, abriu banca
de bruxa e publicou anúncio:
"
BRUXO DE CORDEL, VENDE BALELAS" SENIS, RESPEITÁVEIS (MAS POUCO) CHEFES DE
FAMÍLIA DA MINHA RUA, AOS CRETINOS EM GERAL. SE QUEREIS CURAR-VOS DE
MAZELAS, VISITAI O MEU ANTRO,TODO O CONTEÚDO HERÓCLITO DA MINHA MONA
ASTRALMENTE ILUMINADA ESTÁ VOSSO SERVIÇO"
A Trudy acabou por casar com ele. Sob coacção, claro. Um dia o Filipe
vestido de bruxo fez-lhe uma espera, passou-lhe um feitiço, ele
assustou-se,
(estava escuro) tropeçou, caíu , e ele logo ali lhe cantou:
-Minha pombinha de nácar, aqui te faço dona dos meus destinos. Aqui
tocarei com lábios frementes a rosa dos meus desejos!..e engalfinhou-se
nela.Depois de uma clausura breve no sulfuroso antro de Moscavide, ele
evadiu-se com a cumplicidade do Miranda, e ambos arranjaram colocação como
"croupiers" no Casino Estoril. Ela submete a mais respeitável clientela a
sistemática apalpação, e ele reanima à bombada os mais susceptíveis.
O Canelas agora é guarda fiscal no Aeroporto. Eficiente, desconfiado,
nenhum "free" lhe escapa, sobretudo se vier de Nova York. Espera-os ,
apalpa-os , com ar de connaisseur, remexe-os, questiona, busca.. Até já
encontrou um emissor com frequência modulada no buraco de um dente de uma
velha americana, e uma
Parker 51, no ânus de um bailarino que vinha dançar a S.Carlos.O Canelas
passou-se para o Governo "Têm de pagar" diz às vítimas. "Eu só recebo
comissão". Não posso permitir que estes contrabandistas diminuam as
receitas do Estado.
O Ferrão com os lucros do famigerado Interline Clube da terra dele,
profissionalizou a equipa de volley, e com a vèlhinha máquina de telex, que
lhe coube em espólio, recebe frenèticamente convites para jogar. Na 5ª.
feira, jogam no Canadá, contra a "Blind-League of volleyballers", no
contra os "Los Manetas de Syracuse".. O Raposo , como já mexe mal os seus
110 kilos, pouco acertou na bola, por causa da tremedeira nas mãos.. O
Sampaio, àparte os jogos em que parece estar do lado dos adversários, foi
recolhido pela Casa Pia. É que o avanço da idade , fê-lo regredir à
infância. Agora é menino de capela e ajuda à missa.. A nova devoção não lhe
abafou a antiga, e interrompe frequentemente as missas com o estribilho:
"Era o vinho, era o vinho, era o vinho que eu mais adorava..".
O João Anarca, abriu loja de bombas para asmáticos, porque as outras faziam
muito cagaçal. Os cocktails Molotov tazem mistura de mijo, os detonadores têm barbas de millho, e os petardos põem nódoas de lexívia. Os cartazes que vende para manifs são velhas capas da "Vogue"..A loja chama-se "BAKUNINE,MALATESTA, ANARQUIA & CAOS".
Nas traseiras, fabrica pólvora, com os "àpartes" envenenados do Catarino e citações de Nietszche, tais como: "Ai, já cá faltava o disparáááte!", e "Deus está morto". O filho que deixou de lhe abrasar as noites, abrasa-lhe agora a loja com bombas.
O Zé Carlos viciado a decorar as sebentas do Marcello, fez-se decorador. Isto é, oferece serviços que ninguém quer. Por vingança decora-se a si mesmo. Para gáudio da Familia (com F. grande) clã montanhez, ex-terratenete com pretensões à aristocracia de toga, veste-se de Cardin, ingressou numa Academia de Etqueta, fez um curso de bem-pisar-todo-o-solo-mas-de-preferência-parquets-de-carvalho-e-tapetes-de-Boukhara, cursou tomismo, positivismo, Russelismo,pianarismo,Goubineauzismo, D.Annunzismo, e foi a um barbeiro desfazer o remoínho , para disfarçar aquele ar impúbere, para poder ingressar no Corpo Discente da Universidade Católica. Um homem é um homem, e um chefe de Família, não é um menino de côro.
O Coelho de Almeida retirou-se para o Monte Athos. Do alto do seu penhasco, tenta agora conciliar a ortodoxia da Igreja Oriental, com a ficção científica. Agora já não vai ao cinema. Lê nos ícones das paredes , a História Sagrada em episódios. O Leandro emudecido de vez pelas arremetidas da Teresa F., recolheu por seu lado ao Júlio de Matos, onde está no Pavilhão 69 - Disléxicos - desenhando enormes cús, e batendo com a cabeça nas paredes.
O Faustino empregou-se como esfolador no Matadouro Municipal. Esfola vacas, bois, coelhos, pinatssilgos , e uma ou outra unidade executiva que lhe caia ao alcance da mão.
E assim vai esfolando ignobilmente o seu. Já fez várias tentativas para ser matador, mas recusaram-lhe a capa e a espada. Como persistisse, fizeram-lhe a vontade. No dia da matança aparece no estábulo, e mata as vacas de susto. "Veni, vide, vinci"
O Mesquita empregou-se também nas industrias de víveres. Deram-lhe um galinheiro próprio no Aviário do Freixial, uma gabardina de penas, uma crista de plástico, e ele, passa agora os dias a montar ciladas às pobres galinhas.. A produção de ovos aumentou, pois as pobrezinhas intimidadas por tão viril presença, deixam cair os ovos por toda a parte, desovando sem criterio, nem piedade. Todos os grandes Supermecados de Lisboa, disputam os famosos "ovos "galados pelo Mesquita".
Na semana posterior à queda do RC, a Câmara de Lisboa reunida em sessão estraordinária, deliberou substituir o Senhor de braços abertos, que enfeita a outra banda, por um senhor só com o dedo espetado. Foi assim que o Van Dog, eliminando pelo veneno próprio todos os concorrentes, conseguiu o emprego, com a vantagem de exigir muito menos cuidados de limpeza.
O Raminhos depois de passar pela CP, onde trocou a Linha do Norte pela do Sul, a do Nordeste pela do Tua, foi para as Missões,.Deixou de impingir o Avante, e vende agora a "Acção Missionária".
Neste momento anda pela India de burel e cilicio, a converter os pagãos adoradores de vacas. Alguns, já desistiram até das ditas vacas e passaram a adorar só as ovelhas, o que valeu ao Raminhos o aplauso vibrante do Patriarcado do Oriente, e um lugar na Sagrada Congregação para a Confusão dos Credos. A turba dos gentios até lhe ergueu um túmulo igual ao de São Francisco Xavier, em cuja cabeceira foi lavrado o seguinte epitáfio:
"Apóstolo da confusão
os gentios já saturados
oferecem-te este caixão
e se outro vier como tu
armado em S.Xavier
não é caixão que lhe damos
vamos-lhe ao cú....como ao Ramos"
O Catarino fez-se modelo de Courrege. Com a graça e languidez habituais, bamboleia-se pelas passarelas mundanas, de mão na anca, sacudindo os caracóis de farta cabeleira "condré". Ainda tentou convencer o Matos a emigrar para Paris, mas o dito, apanhado por esbirros, foi exportado para o Ceilão, onde serve de Buda num templo Xintoísta. Levam-lhe flores, pauzinhos de cheiro, pregos no prato e barris de cerveja. No fim agradece com um inhumano arrôto, que lhe abala as nédias.
O Vaz montou um salão de cabeleireiro para Quadros. Convidou o Marcelino para a inauguração.
Temos de intimar também o Magriço Miranda, que desesperado, montou uma fábrica de câmaras de ar, última esperança que lhe restava na sua luta contra a caquexia.
O Pinto retirou-se para a serra Algarvia; tem uma fábrica de figos torrados e um alambique com que pretende fazer medronho a partir do mijo de uma burra que a avó lhe deixou.
O Bètinho ingressou no Circo Mariano. O número dele é o de xadrez, e consiste em defrontar-se todas as noites com um senhor magrinho , desdentado e famélico. As partidas frenéticas, desde o primeiro momento, acabam sempre com a derrota do Becas.
O Caramelo e a Irene emigraram. Ele para a China Popular, onde é membro passivo do Comité paa a Restauração da Ideia Capitalista na Província de Iang-Sequiang. Anda vestidinho de verde, toucado de cáqui, e traz na mão um livrinhpo de Wermer Sombart "The welfare state"A Irene instalou-se na Bahia de todos os Santos, onde abriu uma baiuca de quitutes. Sorridente, vestida de repolhantes folhos, recamada de vidrilhos, colares e balangandans, esgana-se para juntar dinheiro para comprar mais vidrilhos, colares e balangandans.
A Fernandinha, que queria subir ao céu, de mão dada com a Maria do Céu, viu-se sòzinha, perante a peremptória recusa desta última aflita pelo assédio religioso. Por fim, aceitou finalmente o sábio conselho de montar um talho, última esperança que lhe restava de mexer em carne pendurada.
O Giovanni pediu um empréstimo ao Banco di Santo Spiritu, e montou uma fábrica de locomotivas movidas a murro e imprecações. E já que estamos em maré de reconversões de marterial, cabe aqui lembrar o destino do Marques, que com uma pequena adaptação, foi dependurado no tecto do Aeroporto, onde desempenha as funções de altiflante. Entretanto foi criado , para distração dos passageiros vítimas de atrasos, um pequeno Luna Park nas traseiras do Terminal de Carga. A principal atracção é o Mascarenhas que debruçado do Balcão de uma barraca de tiro, acenando com a nívea mão se esganiça: "Oh freguês, vai um tirinho?", enquanto compõe as mamas de plástico. Já não veste bem, mas a ocupação , vai-lhe muito melhor.
O Curado foi requisitado pelo Ministério da Cultura para consultor cultural da Faculdade de Letras. Anda sempre com um livro debaixo do braço, ora "Para uma contra-cultura", (por indicação do Melo), ora Poemas de Rabindranath Tagore na versão original, e às vezes, também, com um exemplar do "O filho da mãe volta a atacar" de José Vilhena.
O Pereira de Sousa, como se lhe acabaram os pincéis, passou a dedicar-se ao "crochet electrónico", depois de ter electrificado a casa toda or causa dos ladrões, desde os talheres aos penicos.
A Natália, insidiosamente infiltrada na Rádiofusão Nacional, é realizadora do programa "MADAME NATÁLIA DIZ COMO É" (Retalhos da vida de uma mulher casada, sexualmente feliz, mas com 2 putos, sem mulher a dias, e com 20 tias velhas para aturar).
O Lopes já mal ganha para os bilhetes do Cinebolso, onde vai fertilizar a imaginação que desabrocha no programa da Natália.
O Herdeiro por caminhos ínvios, conseguiu chegar a Director Chefe do Diário da República, apesar dos protestos e das cartas anónimas do Filipe. Escreve o artigo de fundo, o artigo entre 2 águas e o artigo de superfície, publica os decretos-leis, os despachos, as ordens de serviço, amarrota os papéis, varre e despeja os caixotes.
O Cascada é vestal de um templo na ilha de Poros, e faz leituras nas entranhas dos pintos. Mas também se dedica a maldades muito mais interessantes, que os habitantes da ilha se recusam a revelar...
O Ricardo, a macaca do QCS, recolheu ao Jardim Zoológico. De tanto fazer ninharias, enlouqueceu, os olhos dilataram-se-lhe, muito azuis e esbugalhados, o corpo balofo e rosado, mal lhe cabe no habitáculo de canas entrelaçadas que construiu para si mesmo. Acocorado num poleiro, como um pequeno hermafrodita albino, passa o tempo "dicendo parolace oscene" no dizer do Giovanni das locomotivas a murro.
O Cabral é bufo numa Repartição dos Correios em Alverca. Recebe não se sabe por onde, mas parece que anda ao serviço do Yatollah Khomeini.
O Calado Lopes é bobo do Samora Machel.Anda vestido de tanga, pintado de preto, boca tatuada de côres berrantes, e compila anedotas àcerca do seu senhor. Rege ao mesmo tempo uma cátedra de bobagens, isto é, tem uma indústria de bobinhos.
O Garção passou-se para o CDS, e arranjou uma empresa privada de que ele é o único accionista, gerente, vendedor. Discute até ao último tostão o ordenado do porteiro, que é ele mesmo. Usando o seu tonitruante vozeirão e a convincente estatura, apregoa dentaduras em 2.ª.mão,perdão, em 2ª. boca e velas de automóvel já gastas.
O Kikinho fez testamento, legando para quando morrer, os seu ossinhos para uma fábrica de pipos para clisteres, com a indicação expressa, de que deveriam ser usados únicamente para lavagens íntimas femininas.
O Pereira Martins converteu-se ao cristianismo, e a sua fulgurante ascenção na hierarquia eclesial, culminou com a sua investidura no báculo. É actualmente bispo de Paço de Arcos, e, prosélito, distribui pajelas da Sãozinha e de S.Tomaz de Aquino, pelas ruas da diocese.
O Barbosa Diniz converteu-se às testemunhas de Jeová. A última vez que foi visto, foi a um domingo, às 8 horas da manhã à porta do Faustino.
A Adelaide, essa, fez a sua última aparição em público, na Basílica da Estrela. Nua, por traz do altar, com uma perna na cruz, outra no ostensório, a desinquietar os fiéis.
(Texto produzido na sala de convívio do RC , no sétimo do ed.25, em Julho de 1978)
terça-feira, dezembro 02, 2003
ELES DISSERAM
....
Vou fazer uma revolução industrial lá em casa, já deitei fóra os parafusos
(DUARTE) 1977
.
Para mim , a vida é uma das várias reincarnações que o espírito sofre
para o seu aperfeiçoamento.
(CANELAS) 1978
.
Tenho uma vida social muito intensa. Convivo só com espíritos esclarecidos
e desprovidos de maldade, 5 dias por semana, à razão de 7 horas diárias,
o que me cansa bastante.
(HENRIQUES) 1979
Vou fazer uma revolução industrial lá em casa, já deitei fóra os parafusos
(DUARTE) 1977
.
Para mim , a vida é uma das várias reincarnações que o espírito sofre
para o seu aperfeiçoamento.
(CANELAS) 1978
.
Tenho uma vida social muito intensa. Convivo só com espíritos esclarecidos
e desprovidos de maldade, 5 dias por semana, à razão de 7 horas diárias,
o que me cansa bastante.
(HENRIQUES) 1979
segunda-feira, dezembro 01, 2003
PIANARISMO nova visão do mundo II
Segundo texto sobre o Pianarismo O Pianarismo assenta, ao ter como génese o Têcêpê, na Trindade PRÒS; PARS e G-QUATRO.
São a matriz do Poder absoluto, aquilo q que Hegel chamou o Espírito Absoluto, só atingível num estádio puro e avançado do Conhecimento.
O PROS é o Total , o Deus, o Absoluto, o OPTIMUS, enquanto o PARS é filho dilecto, o caldo de cultura onde tudo se prepara, sendo o G-Quatro o Holly Ghost, a enteléquia que gere os agrupamnentos das pulsões, das ideias colectivas e da geminação das tendências.
Embora o PIANARISMO pareça um processo tecno-esoteristico, tem como raiz a Ideia dinâmica omnipresente do Cristo Astonauta, do Grande semeador do Galáxias o excelso artífice do big-bang.
Terá o PIANARISMO o seu Demónio?Esse é o tema da próxima intervenção.
São a matriz do Poder absoluto, aquilo q que Hegel chamou o Espírito Absoluto, só atingível num estádio puro e avançado do Conhecimento.
O PROS é o Total , o Deus, o Absoluto, o OPTIMUS, enquanto o PARS é filho dilecto, o caldo de cultura onde tudo se prepara, sendo o G-Quatro o Holly Ghost, a enteléquia que gere os agrupamnentos das pulsões, das ideias colectivas e da geminação das tendências.
Embora o PIANARISMO pareça um processo tecno-esoteristico, tem como raiz a Ideia dinâmica omnipresente do Cristo Astonauta, do Grande semeador do Galáxias o excelso artífice do big-bang.
Terá o PIANARISMO o seu Demónio?Esse é o tema da próxima intervenção.
sexta-feira, novembro 28, 2003
MASCARENHAS E CABRAL NA PELUDA, HOJE
Hoje é o último dia do Mascarenhas e do Cabral.
Sem o MASCARENHAS, nunca mais as Irregularidades vão ser as mesmas.
Dia de broncas , atrasos, offloads, cancelamentos, nevoeiros matinais, desvios de rota, eram dias de alegria para o Marquez. A adrenalina escorria-lhes pelos poros, não parava quieto, anunciava as maiores desgraças com a alegria de quem acabasse de lhe sair o totobola, ou a vitória do clube ou do Partido.
-"Temos dois 32s.s no chão , um em Bissau o outro em Nyc, entrou um picapau no reactor do TEC, o comandante do TP1553 está retido no Hotel com uma espinha entalada, mil e seiscentos offloads aos berros no Funchal, e o Jardim ao telefone a berrar com a Trudy por causa da refeição de BBML, que ele requereu , não ter sido servida a bordo do fncpxo" vibrava ele ontem, no QCM.
Para o Cabral é que a vida vai piorar. Lá em casa desenha-se um movimento enérgico no sentido de recusar a reforma do patriarca. "Tê-lo a toda a hora em casa, não!!!!" Exigimos que arranje um part-time"
É que "chez Cabral" não lhe vão aguentar as perrices que ele tinha por cá. "Eu não faço os PAI.s" era a primeira frase que proferia , mal entrava de quatro meia noite, no velho sétimo andar do 25.
Sem o MASCARENHAS, nunca mais as Irregularidades vão ser as mesmas.
Dia de broncas , atrasos, offloads, cancelamentos, nevoeiros matinais, desvios de rota, eram dias de alegria para o Marquez. A adrenalina escorria-lhes pelos poros, não parava quieto, anunciava as maiores desgraças com a alegria de quem acabasse de lhe sair o totobola, ou a vitória do clube ou do Partido.
-"Temos dois 32s.s no chão , um em Bissau o outro em Nyc, entrou um picapau no reactor do TEC, o comandante do TP1553 está retido no Hotel com uma espinha entalada, mil e seiscentos offloads aos berros no Funchal, e o Jardim ao telefone a berrar com a Trudy por causa da refeição de BBML, que ele requereu , não ter sido servida a bordo do fncpxo" vibrava ele ontem, no QCM.
Para o Cabral é que a vida vai piorar. Lá em casa desenha-se um movimento enérgico no sentido de recusar a reforma do patriarca. "Tê-lo a toda a hora em casa, não!!!!" Exigimos que arranje um part-time"
É que "chez Cabral" não lhe vão aguentar as perrices que ele tinha por cá. "Eu não faço os PAI.s" era a primeira frase que proferia , mal entrava de quatro meia noite, no velho sétimo andar do 25.
quinta-feira, novembro 27, 2003
ELES DISSERAM
o ELES DISSERAM , foi , o registo de algumas "bocas" da rapaziada do RC (e não só), que se publicava em quase todos os números.
Recordemos algumas delas:
Os Henriques não têm dois olhos, têm dois divãnzinhos...
(DUARTE) 1978
.
.
O quê? A Fernandinha foi ao Quarteto e disseram-lhe que "A Alice já não mora aqui?"
Pois não, agora, mora comigo.!!!
(ZUZARTE) 1977
.
Só sei que acordei hoje com sonhos lúbricos, bem, deve ser do reumático...!!!
(HENRIQUES) 1978
.
Jesus Cristo voltou a nascer. foi no Rio de Janeiro, e tem agora 6 anos
(CANELAS) 1978
.
Esta anedota fez sensação na festa de anos , de uma pessoa amiga, a que assisti ontem.Éramos todos fachos
(MASCARENHAS) 1977.
Recordemos algumas delas:
Os Henriques não têm dois olhos, têm dois divãnzinhos...
(DUARTE) 1978
.
.
O quê? A Fernandinha foi ao Quarteto e disseram-lhe que "A Alice já não mora aqui?"
Pois não, agora, mora comigo.!!!
(ZUZARTE) 1977
.
Só sei que acordei hoje com sonhos lúbricos, bem, deve ser do reumático...!!!
(HENRIQUES) 1978
.
Jesus Cristo voltou a nascer. foi no Rio de Janeiro, e tem agora 6 anos
(CANELAS) 1978
.
Esta anedota fez sensação na festa de anos , de uma pessoa amiga, a que assisti ontem.Éramos todos fachos
(MASCARENHAS) 1977.
quarta-feira, novembro 26, 2003
Making off da TRANCA
Texto colectivo
Escolhia-se o tema, e à volta do mesmo, os presentes iam dando palpites, que eram registadas no papel pelo escriba que depois articulava.
Neste APÒLOGO, que foi dos primeiros textos publicados, os criadores riram até às lágrimas, à medida que iam dando ideias para a estória final.
Além dos que já nos referimos , estiveram muito activos , o Ricardo, o Filipe, o Henriques , o Duarte e o Rui de Sousa.
Escolhia-se o tema, e à volta do mesmo, os presentes iam dando palpites, que eram registadas no papel pelo escriba que depois articulava.
Neste APÒLOGO, que foi dos primeiros textos publicados, os criadores riram até às lágrimas, à medida que iam dando ideias para a estória final.
Além dos que já nos referimos , estiveram muito activos , o Ricardo, o Filipe, o Henriques , o Duarte e o Rui de Sousa.
A Tranca religiosa
Texto colectivo produzido na sala de convívio do antigo RC, por:
Carlos Correia
Ricardo
Duarte
Filipe
Cascada
Rui de Sousa
JHerdeiro
Augustinho
Diniz
José Carlos
e escrita a síntese por Cascada
APÓLOGO BREVE DO PATRIARCA MOISÉS
DO BEZERRO DE OURO E DA GALINHA
DOS OVOS MOLES
Moisés nasceu na cidade egípcia de Kor-Ushe, nos arredores do Cairo. Era filho da princesa Nefer-Titrititiki-Ptah-Tut, e de um fabricante de múmias de Barcelos. O escândalo foi todavia abafado e Moisés atirado aos crocodilos. Veio a ser posteriormente salvo pela prestigiosa Corporação dos Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique.
Seu avô, Gamal Ramsés ab'del Nasser II, semeou o deserto de construções de areia,ao tempo do primeiro concurso do Diário de Notícias.
Pirâmides,esfinges, o marujo tatuado no peito, o obelisco da Praça da Concórdia e a estátua de D.Pedro IV, são as suas obras mais conhecidas.
Moisés escondia a sua nobre ascendência, dada a fama que corria entre o Povo, de que todos tinham "aquela pancada".
Dedicou-se desde muito novo à cultura de frangos de aviário e a leituras edificantes, como: "A terceira visão" de Lobsang Rampa, "O despertar dos Mágicos", e o "Robinson das Galapagos", eram as suas leituras preferidas. Foi durante muito tempo assinante da Revista Planète e do Diario do Governo.
E assim passou grande parte da sua juventude, entre tratamentos da sabedoria antiga, as aves domésticas e os famélicos felahs do Delta.
Uma bela manhã, fugindo do Colégio do Santo Faraó, em Tuh-Mahr, no Alto Egipto, onde o tinham internado, apartou-se do caminho , para satisfazer uma necessidade religiosa. E, eis senão quando teve uma visão: - Dependurada dos ramos de uma figueira brava, estava uma jovem de aspecto mais que duvidoso, que anunciou:
- Moshe, tu és o eleito"
O nosso herói, julgando tratar-se dos resultados das eleições para a Comissão sindical, pôs-se a fazer contas de cabeça. Resolveu deixar crescer o cabelo, e na na aldeia mais próxima comprou um saco...
Assim entrou Moisés na vida pública.
Passaram anos...
Um dia andava Moisés no deserto, apascentando o seu Povo, quando teve uma grande diarreia. Como suspeitasse que aquela não era uma diarreia vulgar, mas um monumental e tormentosa raleira , das que mudam a face do mundo, resolveu prover-se de mantimentos e retirar-se para o Sinai. Na verdade quem poderia prever quanto tempo aquilo iria durar?
Pôs precipitadamente num cesto três salpicões, um frango corado, um pão de Castelo Branco, um pacote de batatas fritas Pála-Pála, a túnica bordada de missangas com que a avó se casara com um cameleiro de Hermon, um maço de papiro higiénico e uma galinha viva, para o que desse e viesse...e saíu a correr.
O Povo esperou um mês., e Moisés não voltava. Ao fim do 31.º dia, julgando-o atacado de cólera, deram-no como morto.
E foi um vêr se te avias. Queimaram o poster do Moisés e puseram-se a adorar a Nosa Senhora de Fátima, de pau pintado.
Entretanto, na montanha, Moisés acocorado, meditava sem descanso. À tardinha envergava a túnica da avó, e ia passear a galinha...
Tinham-lhe crescido os cabelos e as unhas, e à volta dele, pairava um fedor insuportável a estábulo.
Foi neste ambiente propício à experiência mística, que Moisés pela primeira vez comunicou com o Além...(não confundir con o Allen..)
Passou o tempo. A galinha morrera de maus tratos -nos últimos tempos a desgraçada já nem punha ovos, deixava-os simplesmente cair...!!! -e Moisés começou a sofrer de solidão...
Dispunha-se a abandonar o umbigo do mundo - os hebreus nesse tempo concebiam o mundo como uma grande fêmea deitada, cujo umbigo era o centro do mundo, o "omphalos" - quando o chamou uma voz.
-Ah, Moisés, Moisééééé´s
- Nhôra? respondeu o Profecta.
- Anda cá, pega no escopro e escreve...
- Despacha-te, gritou de novo a Voz, ante a pasmaceira do patriarca. Moisés ainda pensou que fosse a Natália, mas era um pouco pior.
Talhou na rocha um bloco de apontamentos, sentou-se numa pedra, compôs as pregas da túnica e pôs-se à espera.
Então a voz tomou um tom desdenhoso.
-Escreva, Moisés, escreva...no mesmo tom que o Marquez (Mascarenhas) usaria para dizer "arquive, filho, arquive..."
De repente, rimbombante como um trovão, o vozeirão Divino, grosso abalou os céus:
-ESCREVA SUA BÊSTA!!!!!
Assim nasceram as tábuas da Lei, cuja versão, recolhida por Lopes Graça e Giacometi, passamos a reproduzir:
I - Nunca comas batatas fritas que não sejam Pála-Pála!
II- Prefere sempre os frangos do Aviário do Freixial
III Visita Kor-Ushe , pelo menos, uma vez na tua vida, a Guida tem lá uma pinga de estalo.
IV Nunca evacues no Sinai
V Lava sempre as mãos antes de comer e descomer
VI Nunca bebas água sem ser da torneira
VII Se vires uma sarça a arder, colobora com os serviços florestais, apaga-a logo , para bem da Humanidade . Usa de preferência os extintores "Hipólito"
VIII -Se ouvires vozes estranhas, desliga. É certamente negócio de linhas trocadas.
IX - ´Não acredites na Nossa Senhora de Fátima. Além de virgem é estéril. Prefere o Boi Ápis, que ao menos produz esterco com que adubarás as tuas terras, colobaorando assim com o Governo Provisório.
X - Espalha...espalha, passa a outro
E foi nesta semente de felicidade do Povo de Israel e de todos os Povos que aderiram à sua Verdade.
IOANIS ERETICUS
Abu-Simel , Julho de 1974
A TRANCA religiosa esta semana é patrocinada pelas seguintes firmas e marcas:
Batatas fritas Pála-Pála
Aviário do Freixial
Junta de Turismo de Kor-Ushe
Extintores Hipólito
Panificadora de Castelo Branco
Estação Agro-Pecuária "Kibutz do Monte Sinai"
Texto colectivo produzido na sala de convívio do antigo RC, por:
Carlos Correia
Ricardo
Duarte
Filipe
Cascada
Rui de Sousa
JHerdeiro
Augustinho
Diniz
José Carlos
e escrita a síntese por Cascada
APÓLOGO BREVE DO PATRIARCA MOISÉS
DO BEZERRO DE OURO E DA GALINHA
DOS OVOS MOLES
Moisés nasceu na cidade egípcia de Kor-Ushe, nos arredores do Cairo. Era filho da princesa Nefer-Titrititiki-Ptah-Tut, e de um fabricante de múmias de Barcelos. O escândalo foi todavia abafado e Moisés atirado aos crocodilos. Veio a ser posteriormente salvo pela prestigiosa Corporação dos Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique.
Seu avô, Gamal Ramsés ab'del Nasser II, semeou o deserto de construções de areia,ao tempo do primeiro concurso do Diário de Notícias.
Pirâmides,esfinges, o marujo tatuado no peito, o obelisco da Praça da Concórdia e a estátua de D.Pedro IV, são as suas obras mais conhecidas.
Moisés escondia a sua nobre ascendência, dada a fama que corria entre o Povo, de que todos tinham "aquela pancada".
Dedicou-se desde muito novo à cultura de frangos de aviário e a leituras edificantes, como: "A terceira visão" de Lobsang Rampa, "O despertar dos Mágicos", e o "Robinson das Galapagos", eram as suas leituras preferidas. Foi durante muito tempo assinante da Revista Planète e do Diario do Governo.
E assim passou grande parte da sua juventude, entre tratamentos da sabedoria antiga, as aves domésticas e os famélicos felahs do Delta.
Uma bela manhã, fugindo do Colégio do Santo Faraó, em Tuh-Mahr, no Alto Egipto, onde o tinham internado, apartou-se do caminho , para satisfazer uma necessidade religiosa. E, eis senão quando teve uma visão: - Dependurada dos ramos de uma figueira brava, estava uma jovem de aspecto mais que duvidoso, que anunciou:
- Moshe, tu és o eleito"
O nosso herói, julgando tratar-se dos resultados das eleições para a Comissão sindical, pôs-se a fazer contas de cabeça. Resolveu deixar crescer o cabelo, e na na aldeia mais próxima comprou um saco...
Assim entrou Moisés na vida pública.
Passaram anos...
Um dia andava Moisés no deserto, apascentando o seu Povo, quando teve uma grande diarreia. Como suspeitasse que aquela não era uma diarreia vulgar, mas um monumental e tormentosa raleira , das que mudam a face do mundo, resolveu prover-se de mantimentos e retirar-se para o Sinai. Na verdade quem poderia prever quanto tempo aquilo iria durar?
Pôs precipitadamente num cesto três salpicões, um frango corado, um pão de Castelo Branco, um pacote de batatas fritas Pála-Pála, a túnica bordada de missangas com que a avó se casara com um cameleiro de Hermon, um maço de papiro higiénico e uma galinha viva, para o que desse e viesse...e saíu a correr.
O Povo esperou um mês., e Moisés não voltava. Ao fim do 31.º dia, julgando-o atacado de cólera, deram-no como morto.
E foi um vêr se te avias. Queimaram o poster do Moisés e puseram-se a adorar a Nosa Senhora de Fátima, de pau pintado.
Entretanto, na montanha, Moisés acocorado, meditava sem descanso. À tardinha envergava a túnica da avó, e ia passear a galinha...
Tinham-lhe crescido os cabelos e as unhas, e à volta dele, pairava um fedor insuportável a estábulo.
Foi neste ambiente propício à experiência mística, que Moisés pela primeira vez comunicou com o Além...(não confundir con o Allen..)
Passou o tempo. A galinha morrera de maus tratos -nos últimos tempos a desgraçada já nem punha ovos, deixava-os simplesmente cair...!!! -e Moisés começou a sofrer de solidão...
Dispunha-se a abandonar o umbigo do mundo - os hebreus nesse tempo concebiam o mundo como uma grande fêmea deitada, cujo umbigo era o centro do mundo, o "omphalos" - quando o chamou uma voz.
-Ah, Moisés, Moisééééé´s
- Nhôra? respondeu o Profecta.
- Anda cá, pega no escopro e escreve...
- Despacha-te, gritou de novo a Voz, ante a pasmaceira do patriarca. Moisés ainda pensou que fosse a Natália, mas era um pouco pior.
Talhou na rocha um bloco de apontamentos, sentou-se numa pedra, compôs as pregas da túnica e pôs-se à espera.
Então a voz tomou um tom desdenhoso.
-Escreva, Moisés, escreva...no mesmo tom que o Marquez (Mascarenhas) usaria para dizer "arquive, filho, arquive..."
De repente, rimbombante como um trovão, o vozeirão Divino, grosso abalou os céus:
-ESCREVA SUA BÊSTA!!!!!
Assim nasceram as tábuas da Lei, cuja versão, recolhida por Lopes Graça e Giacometi, passamos a reproduzir:
I - Nunca comas batatas fritas que não sejam Pála-Pála!
II- Prefere sempre os frangos do Aviário do Freixial
III Visita Kor-Ushe , pelo menos, uma vez na tua vida, a Guida tem lá uma pinga de estalo.
IV Nunca evacues no Sinai
V Lava sempre as mãos antes de comer e descomer
VI Nunca bebas água sem ser da torneira
VII Se vires uma sarça a arder, colobora com os serviços florestais, apaga-a logo , para bem da Humanidade . Usa de preferência os extintores "Hipólito"
VIII -Se ouvires vozes estranhas, desliga. É certamente negócio de linhas trocadas.
IX - ´Não acredites na Nossa Senhora de Fátima. Além de virgem é estéril. Prefere o Boi Ápis, que ao menos produz esterco com que adubarás as tuas terras, colobaorando assim com o Governo Provisório.
X - Espalha...espalha, passa a outro
E foi nesta semente de felicidade do Povo de Israel e de todos os Povos que aderiram à sua Verdade.
IOANIS ERETICUS
Abu-Simel , Julho de 1974
A TRANCA religiosa esta semana é patrocinada pelas seguintes firmas e marcas:
Batatas fritas Pála-Pála
Aviário do Freixial
Junta de Turismo de Kor-Ushe
Extintores Hipólito
Panificadora de Castelo Branco
Estação Agro-Pecuária "Kibutz do Monte Sinai"
terça-feira, novembro 25, 2003
TRANCA-ON-LINE
Publicaremos a partir de agora, textos que temos vindo a colocar , um pouco anàrquicamente, em tudo quanto é foruns .
Este é o primeiro de muitos.
Uns serão a sério , outros meio a brincar. Aguardem-nos
Desiludidos com as religiões existentes, e cientes que nenhuma delas responde aos anseios, às necessidades espirituais da pessoa humana, decidimos criar a nosa própria religião, e conclamar a Verdade sobre a relação Homem-Espírito, em toda a sua dimensão
O PIANARISMO, movimento totalizante que propomos, visa preencher as lacunas que os medos e a desinformação mantêm sem rumo.
O PIANARISMO pressupõe a vida plural. Qualquer ser humano tem Têcêpê, nunca pode ser visto isoladamente. E até lhe ser concedido capaéle não tem existência nenhuma.
Publicaremos a partir de agora, textos que temos vindo a colocar , um pouco anàrquicamente, em tudo quanto é foruns .
Este é o primeiro de muitos.
Uns serão a sério , outros meio a brincar. Aguardem-nos
Desiludidos com as religiões existentes, e cientes que nenhuma delas responde aos anseios, às necessidades espirituais da pessoa humana, decidimos criar a nosa própria religião, e conclamar a Verdade sobre a relação Homem-Espírito, em toda a sua dimensão
O PIANARISMO, movimento totalizante que propomos, visa preencher as lacunas que os medos e a desinformação mantêm sem rumo.
O PIANARISMO pressupõe a vida plural. Qualquer ser humano tem Têcêpê, nunca pode ser visto isoladamente. E até lhe ser concedido capaéle não tem existência nenhuma.