quinta-feira, outubro 31, 2013

CARLOS RUIZ ZAFON

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PORQUE ACABEI DE LÊR DE ENFIADA
2 TÍTULOS DESTE AUTOR ESPANHOL
CARLOS RUIZ ZAFON, E ME IMPRES-
SIONARAM, DEIXO AQUI A SUA BIO-
GRAFIA.



Barcelona é talvez a mais bonita e charmosa cidade de Espanha, que conheço bastante bem, rua a rua, daí ter vivido com duplo prazer os 2 títulos de sua autoria; "a sombra do vento" e "Prisioneiro do Céu".




Carlos Ruiz Zafón (Barcelona, 25 de Setembro de 1964) é um escritor espanhol que tem vivido em Los Angeles desde 1993, onde ele passou alguns anos escrevendo roteiros enquanto desenvolvia sua carreira como escritor.

Em 1993 ganhou o prêmio Ebedé de literatura com seu primeiro romance, O Príncipe da Névoa, que vendeu mais de 150 mil exemplares na Espanha e foi traduzido em vários idiomas. Desde então, publicou quatro romances, sendo que os três primeiros foram dirigidos para um público mais jovem, e intitulam-se de El Palacio de la Medinoche, Las Luces de Semptiembre e Marina.

Nos últimos anos transformou-se numa das maiores revelações literárias com A Sombra do Vento, que foi traduzido em mais de 30 idiomas e publicado em cerca de 45 países, e foi finalista dos prêmios literários espanhóis Fernando Lara 2001 e Llibreter 2002. Em Portugal, essa obra foi premiada com as Correntes d'Escritas, do ano de 2006.

Seu romance O Jogo do Anjo, escrito em 2008, teve mais de um milhão de exemplares vendidos na Espanha.

Atualmente, seu romance mais recente é O Prisioneiro do Céu, continuação de A Sombra do Vento. Os romances A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo e O Prisioneiro do Céu, fazem parte de uma trilogia que pode ser lida por qualquer ordem mantendo, mesmo assim, um entendimento claro da obra.

Os trabalhos de Záfon foram publicados em 45 países e foram traduzidos em mais de 30 idiomas. Estes números, colocam Ruiz Zafon como o mais bem sucedido escritor contemporâneo espanhol, junto com Javier Sierra, cujos trabalhos foram publicados em quarenta e dois países, e Juan Gómez-Jurado, cujos trabalhos foram publicados em quarenta e um países.

O autor vive atualmente em Los Angeles, onde escreve roteiros para o cinema e trabalha em um novo romance. Zafón colabora também nos jornais espanhóis La Vanguardia e El País.

O livro A Sombra do Vento já ultrapassou a marca dos 6,5 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo desde o seu lançamento, em 2001.

Obras
O Príncipe da Névoa (es:El príncipe de la niebla)
O Palácio da Meia-Noite
Las Luces de Semptiembre
Marina
A Sombra do Vento (es:La sombra del viento) (2001)1
O Jogo do Anjo (es:El juego del ángel) (2008)2
O Prisioneiro do Céu (es:El prisionero del cielo)
Marina - 2011 (es:Marina_(novela))

quarta-feira, outubro 30, 2013

PRELIMINARES

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Estavam perdidos na floresta um hindu, um judeu e o Pinto da Costa.
Ao cair da tarde os três encontraram uma casinha modesta perdida na floresta. Aproximaram-se e bateram à porta. Atendeu um senhor de certa idade:
- Pois não? O judeu, adiantando-se começou a explicar o caso:
- Sabe o que é: estamos perdidos e a noite está caindo! Seria possível passarmos a noite por aqui e de manhã continuamos a procurar a saída desta floresta?
- Tudo bem! Só tem um problema: o espaço aqui na casa só dá para dois. Algum de vocês vai ter que dormir no celeiro. O hindu prontificou-se:
- Eu vou. Não há problema algum. E foi-se. E os outros entraram... Dai a dez minutos:
* Toc! Toc! Toc! Batem à porta. Foram atender e encontraram o hindu:
- Sabe o que é: não haveria nenhum problema em eu dormir no celeiro, mas é que lá há uma vaca que para mim é um animal sagrado. Eu não posso dividir o mesmo local com a vaca, pois considero isso um desrespeito. O judeu prontificou-se:
- Tudo bem! Eu vou dormir no celeiro. E foi-se. E os outros entraram... Dai a dez minutos:
* Toc! Toc! Toc! Batem à porta. Foram atender e encontraram o judeu:
- Sabe o que é: não haveria nenhum problema em eu dormir no celeiro, mas é que lá há um porco que para mim é um animal impuro. Eu não posso dividir o mesmo local com o porco, pois considero isso um desrespeito às minhas convicções. O Pinto da Costa prontificou-se:
- Tudo bem! Eu vou dormir no celeiro. E foi-se. E os outros entraram... Dai a dez minutos:
* Toc! Toc! Toc!
Batem à porta.
Era o porco e a vaca!!!.....

terça-feira, outubro 29, 2013

IV CIMEIRA DO BARREIRO

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COM A BENÇÃO DO CABRAL QUE FOI
O ANFITRIÃO DESTA IV CIMEIRA
DO BARREIRO, OS NOSSOS SENADORES
TIVERAM O ENCONTRO MENSAL DO
COSTUME

O cronista e os papparazzy da Cimeira foram desta vez o Tomé Gomes, e o Farinho, que além das fotos é o realizador da longa metragem.

A crónica é do Tomé Gomes, deixo-vos com ele



"Éramos poucos, três, quatro ou poucos mais, mas todos magníficos, lindos, muito arranjadinhos, de banho tomado de fresco e cheirosos que nem petúnias.
Elas, claro, cheiravam a rosas. Lindas rosas.
Augusto, Azevedo, Dina, Bernardes, Farinho, Maria da Graça, Canelas, Alcântara Melo, Mendonça, Teresa, Alice, Anabela, João Ferradeira Pinto, Luis Domingues, Iracema, Antunes, António Pacheco, Guedes Vaz, João Cabral, Amélia, e Tomé Gomes (eu)
Destaque para a Iracema (em estreia absoluta) que e não via há séculos mas que continua linda. Liiiiindaaa.
Lindona também a Maria da Graça que foi também um sucesso.
Os outros são todos feios. Mesmo as outras. Hoje é assim.
O Mendonça é excepção. Não se sabe, ainda, se é mais feio que bonito ou mais bonito que feio.
O cabal esclarecimento desta matéria fica para próxima cimeira.


A travessia do Tejo não foi papão para ninguém que esta gente é de boa cepa. Do melhor que temos neste lindo país.

Também com o "mar de almirante" que estava não podia haver reclamações.
Embora alguns(?!?) se tivessem feito transportar em fumarentas caixas.


Passando à mesa, que mais não é do que uma desculpa para nos encontrarmos, esteve tudo do agrado dos comensais.
Entradas com umas pataniscas bem saborosas, queijo meio curado, pasta de atum, azeitonas e pão. Bom o pão.
Vinhoooooooo
Havia vinho. Jarros de vinho. Tinto e bom.
E água.
Porque nisto há sempre que agradar aos troianos. O gregos bebem vinho e são boa gente.

E depois de alguma espera, entrecortada pelas entradas, por conversas e conversetas, beijos e abraços também, veio a prometida caldeirada.
E creio que todos reconhecemos que o Cabral esteve muito bem com a escolha da casa e do prato. Boa caldeirada, bem apurada, bem apaladada, bom peixe.
Ele, mais uma vez, não tirou os PAI's mas safou-se bem com o repasto. O Jõaozinho Cabral e a sua Amélia estão de parabéns.



E nós estamos de parabéns por estarmos disponíveis para conviver, para discutir ideias, para manifestarmos as nossas opiniões, por mostrar que estamos vivos e assim continuaremos.
...embora haja por aí quem...
As fotos desta cimeira foram obtidas com um telefone. Ora este aparelho, embora maravilhosos, é para mim estranho para este fim - fotos.
Mas quando se dá o que se tem..."

DOCLISBOA 2013

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ESTÁ A DECORRER O DOCLISOA 2013
EM VÁRIOS CINEMAS E NA CULTURGEST
EM LISBOA



São estas as várias secções do evento

Secções doclisboa
Competição Internacional - Longas



Selecção de alguns dos melhores documentários de todo o mundo, produzidos em 2011-2012, uns multi-premiados pela crítica, outros totalmente inéditos.




// Longas Metragens, com duração a partir de 41 minutos


Competição Internacional - Curtas


Selecção de alguns dos melhores documentários de todo o mundo, produzidos

em 2011-2012, uns multi-premiados pela crítica, outros totalmente inéditos.



// Curtas Metragens, com duração até 40 minutos


Competição Portuguesa - Longas


Selecção de alguns dos melhores documentários de produção e/ou realização portuguesa concluídos no último ano. A maior parte das obras são estreias mundiais.




// Longas Metragens, com duração a partir de 41 minutos


Competição Portuguesa - Curtas


Selecção de alguns dos melhores documentários de produção e/ou realização portuguesa concluídos no último ano. A maior parte das obras são estreias mundiais.




// Curtas Metragens, com duração até 40 minutos


Investigações


Filmes que se relacionam com questões contemporâneas, propondo o cinema como modo de investigação sobre uma realidade. Visões que nos permitem aceder de modo profundo e singular às questões que tratam, assumindo a arte cinematográfica como um lugar para as diversas narrações do presente.


Riscos


Secção comissariada por Augusto M. Seabra




Criada em 2007, esta secção visa alargar o âmbito do doclisboa, abrindo-se a variadas abordagens do real e das suas representações, às fronteiras entre ficção e documentarismo, a tendências como as dos diários filmados e das autobiografias ou o trabalho sobre materiais de arquivo, questionando os modos de percepção e do olhar, bem como a revisão crítica do cinema e, de um modo geral, a atenção às propostas de inovação, desafiando as categorias, formatos e durações mais habituais.


Heart Beat


Secção paralela, que apresenta documentários que se constroem na relação com a música e as artes performativas.


Cinema de Urgência


Serão apresentados filmes que documentam e testemunham situações e acontecimentos relativamente aos quais é urgente criar uma comunidade de debate, de reflexão, de modo a que nos possamos posicionar.

São filmes feitos a partir de uma absoluta implicação no real. Podem não ter encontrado ainda a distância necessária à criação de uma obra cinematográfica mas encontram um ancoramento imediato com a realidade que, cada vez mais, desafia os cineastas a uma prática quotidiana da cidadania.

Filmes que respondem às lacunas do exercício dos media, que existem através de redes sociais e outros meios que tentam abrir brechas no controlo da informação. Estes filmes devem ter lugar, precisamente, num festival que quer pensar o cinema nas múltiplas faces da sua implicação no real.




Verdes Anos
A secção Verdes Anos apresenta filmes produzidos no contexto de escolas de vídeo, cinema, audiovisuais e comunicação, bem como em cursos de pós-graduação relacionados com o cinema e em particular o cinema documental.

Verdes Anos procura sobretudo abrir uma plataforma de diálogo e reflexão em torno dos filmes produzidos bem como do ensino destas áreas. Pretende-se dar a oportunidade aos jovens realizadores ainda em contexto de formação de mostrarem o seu trabalho a um público alargado facilitando, com isso, a sua entrada futura para o contexto profissional, bem como o seu enriquecimento enquanto realizadores.


Foco: 1973 - 2013. O golpe militar no Chile: 40 anos depois
Olhar a evolução de uma cinematografia documental marcada por uma história política dolorosa e agitada - o nascimento da revolução da Unidade Popular de Salvador Allende, o golpe de estado do general Augusto Pinochet e o início da ditadura - significa olhar para o documentário como forma cinematográfica da resistência. O documentário enquanto instrumento para combater o esquecimento e questionar o presente.


Passagens
Passagens nasce da confluência de dois movimentos recentes: a saída do cinema para os museus e a entrada do documentário na arte contemporânea. «documentary turn», «expanded documentary» são algumas das expressões utilizadas nestes últimos dez anos para caracterizar este cenário cuja diversidade e complexidade tem vindo a redesenhar a prática e a abrir novas perspectivas para a reflexão do cinema documental. Esta secção, que apresenta instalações e obras de carácter híbrido, integra um colóquio internacional que traz a Portugal teóricos e artistas de renome internacional. Este ano, estão já confirmadas as presenças de Michael Renov e Philippe Dubois.




Programas Especiais
Secção não competitiva dividida em vários programas: a relação entre a história política e a história íntima das mulheres; a juventude como força revolucionária; a palavra nas suas várias dimensões; o cinema como máquina ideológica; a arquitectura. A secção conta ainda com At Berkeley, de Frederick Wiseman, Fim de Citação, de Joaquim Pinto e Nuno Leonel e Un Voyageur de Marcel Ophuls.


Retratos
A secção Retratos foca-se em filmes biográficos de diversas personalidades como Hélio Oiticica, Béla Tarr, Joaquim Benite, Donald Rumsfeld e Manuel Vieira.


Moving Stills - Fotografia, Fotógrafos e Documentário
Comissariada por Federico Rossin, Moving Stills procura dissecar a relação entre o filme documental e a fotografia.


Retrospectiva Alain Cavalier
Doclisboa apresenta, em parceria com a Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, uma retrospectiva integral da obra do realizador Alain Cavalier. Com uma obra complexa, obcecado pela "prova cinematográfica" - muitas vezes sob a forma de "imagens mãe", imagens que guarda juntamente com diários escritos e outros materiais - Alain Cavalier integra, na sua prática, um questionamento profundo sobre um vasto leque de problemas que tocam os binómios corpo próprio e corpo filmado, dentro e fora de campo, materialidade e imaterialidade, vida e morte, oferecendo nos diários filmados que são também uma reflexão sobre o mundo.


Doc Alliance
Em Janeiro de 2013, o Doclisboa tornou-se no sétimo membro do projecto Doc Alliance, iniciativa que nasce da parceria de outros seis festivais de cinema documental europeus: CPH:DOX Copenhagen (Dinamarca), DOK Leipzig (Alemanha), FID Marseille (França), Jihlava IDFF (República Checa), Planete Doc Film Festival (Polónia), Vision du Réel Nyon (Suíça). O objectivo desta parceria é apoiar, de forma sistemática, o cinema documental, oferecendo a realizadora e produtores formas alternativas de distribuição, tanto através do seu portal online (www.DAFilms.pt), bem como através dos festivaisi-membros junto dos seus públicos.


Na programação de hoje a TRANCA destaca



A ESTÓRIA DO CAPUCHINHO VERMELHO CONTADO POR UM DRED DO BAIRRO DO MOCHO

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CAPUCHINHO VERMELHO -

Tás a ver uma dama com um gorro vermelho? Yah, essa cena! A pita foi
obrigada pela kota dela a ir à toca da velha levar umas cenas, pq a velha
tava a bater mal, tázaver?

E então disse-lhe:
- Ouve, nem te passes! Népia dessa cena de ires pelo refundido das
árvores, que salta-te um meco marado dos cornos para a frente e depois
tenho a bófia à cola!
Pá, a pita enfia a carapuça e vai na descontra pela estrada, mas a toca
da velha era bué longe, e a pita cagou na cena da kota dela e enfiou-se
pelo bosque. Népia de mitra, na boa e tal, curtindo o som do iPod...
É então que, ouve lá, salta um baita dog marado, todo chinado e bué ugly
mêmo, que vira-se pa ela e grita:
- Yoo, tá td? Dd tc?
- Tásse... do gueto alí! E tu... tásse? - disse a pita
- Yah! E atão, q se faz?
- Seca, man! Vou levar o pacote à velha que mora ao fundo da track, que
tá kuma moka do camano!
- Marado, marado!... Bute ripar uma até lá?
- Epá, má onda, tázaver? A minha cota não curte dessas cenas e põe-me de
pildra se me cata...
- Dasse, a cota não tá aqui, dama! Bute ripar até à casa da tua velha,
até te dou avanço, só naquela da curtição. Sem guita ao barulho nem nada.
- Yah prontes, na boa. Vais levar um baile katéte passas!!!
E lá riparam. Só que o dog enfiou-se por um short no meio do mato e
chegou à toca da velha na maior, com bué avanço, tázaver? Manda um toque
na porta, a velha 'quem é e o camano' e ele 'ah e tal, e não sei quê, que
eu sou a pita do gorro vermelho, e na na na...'.
A velha abre a porta e PIMBA, o dog papa-a toda... Mas mesmo, abre a
bocarra e o camano e até chuchou os dedos...
O mano chega, vai ao móvel da velha, saca uma shirt assim mêmo à velha
que a meca tinha lá, mete uns glasses na tromba e enfia-se no VL... o gajo
tava bué abichanado mêmo, mas a larica era muita e a pita era à maneira,
tásaver?
A pita chega, e tal, e malha na porta da velha.
- Basa aí cá pa dentro! - grita o dog.
- Yo velhita, tásse?
- Tásse e tal, cuma moca do camâno... mas na boa...
- Toma esta cena, pa mamares-te toda aí...
- Bacano, pa ver se trato esta cena.
- Pá, mica uma cena: pa ké esses baita olhos, man?
- Pá, pa micar melhor a cena, tázaver?
- Yah, yah... E os abanos, bué da bigs, pa ke é?
- Pá, pa poder controlar melhor a cena à volta, tázaver?
- Yah, bacano... e essa cremalheira toda janada e bué big? Pa que é a
cena?
- É PA CHINAR ESSE CORPO TODO!!! GRRRRRRRR!!!!
E o dog manda-se à pita, naquela mêmo de a engolir, né? Só que a pita
dá-lhe à brava na capoeira e saca um back-kick mesmo directo aos tomates
do man e basa porta fora! Vai pela rua aos berros e tal, o dog vem atrás
e dá-lhe um ganda-baite, pimba, mêmo nas nalgas, e quando vai pa engolir
agaja aparece um meco daqueles que corta as cenas cum serrote, saca
de machado e afinfa-lhe mêmo nos cornos. O dog kinou logo alí, o mano
china a
belly do dog e saca de lá a velha toda cheia da nhanha. Ina man, e a
malta a gregoriar-se toda!!!
E prontes, já tá...

terça-feira, outubro 22, 2013

IV CIMEIRA DO BARREIRO

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A NOSSA CIMEIRA DESTE MÊS VAI ACONTECER NO
BARREIRO NO DIA 29, BY APPOINTMENT DO CABRAL



Da nossa PRIMEIRA DINA, recebeu a TRANCA a CONVOCATÓRIA do costume:

"Meninas e meninos, o local do nosso almoço foi, este mês, alvitrado pelo Cabral. Degustaremos no Restaurante Monte Belo - Avenida da Republica - Barreiro.7
É muito perto do local onde ficamos depois de sair do barco. que teremos de apanhar, no Cais das Colunas, Praça do Comércio. Podemos encontrar-nos ás 12.00 pois sai um barco às 12.25. Na volta temos barco às 16.00. Os tkts para jovens com 65 ou mais custam 1.15 € cada percurso. Os de idades vergonhosas pagarão o dobro, bem feito!

Aqui vai a ementa: Entradas
Caldeirada
Vinhos, cerveja, sumos, água (brrrrr)
Sobremesa Café
Tudo isto por .................15€ .

Agora, o que costuma ser mais difícil, quero respostas , sim ou não, até sábado, dia 26, às 12horas.
Bjs
Dina"


A TRANCA NA FEIRA DE CASTRO

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A TRANCA TEM VINDO A SER EDITADA A
PARTIR DE CASTRO VERDE E HOJE DEIXO
AQUI ALGUMAS IAMAGENS DA MAIOR FEIRA
DO SUL











CHICO SANTOS COSTA NA INDIA

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O NOSSO COMPANHEIRO CHICO SANTOS COSTA
VOLTOU à INDIA E DE LÁ ENVIA IMAGENS
DO QUE VAI VENDO.






quinta-feira, outubro 17, 2013

terça-feira, outubro 15, 2013

CLAUDIO MAGRIS VENCEU O PRÉMIO LITERÁRIO HELENA VAZ DA SILVA

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CLAUDIO MAGRIS VENCEU O
PRÉMIO DE LITERATURA
HELENA VAZ DA SILVA.



É um dos grandes intelectuais europeus da actualidade, um eterno candidato ao Nobel da Literatura. O escritor italiano Claudio Magris, de 74 anos, venceu o primeiro Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a divulgação do Património Cultural, instituído pela Europa Nostra, em parceria com o Centro Nacional de Cultura e o Clube Português de Imprensa.

À hora em que o prémio foi este domingo anunciado, Claudio Magris, ensaísta especializado nos grandes dilemas da Europa, autor de obras tão conhecidas e aplaudidas pela crítica como Danúbio (Dom Quixote), passeava-se (e passeia) pelo alto mar. Mas não partiu para longe do mundo que tanto analisa sem antes ter deixado uma mensagem de agradecimento por mais uma distinção.

Numa carta endereçada ao júri, presidido por Guilherme d’Oliveira Martins (presidente do Centro Nacional de Cultura), Claudio Magris expressou a “mais profunda gratidão por este grande, generoso e totalmente inesperado reconhecimento”, que, acrescenta. “chega de um país que sempre esteve presente na minha fantasia, nos meus interesses, no meu imaginário”.

“Não sou um lusitanista e infelizmente não falo português, mas a história, a civilização e a literatura desse pequeno grande país sempre desempenharam para mim um importante papel, sempre me estiveram presentes.” E continua, na nota enviada ao PÚBLICO: “Talvez porque se trata de uma enorme civilização de mar, elemento essencial da minha sensibilidade e do meu ser, de um pequeno país que se tornou num império do mundo – no mais lato sentido do termo e não só no político – e como poucos outros foi um teatro de encontro, e como sempre também de confronto, em suma, um palco de protagonismo no grande teatro do mundo”.

A ligação do escritor italiano a Portugal há muito tempo que é conhecida. Em 2011, Claudio Magris assinou até o prefácio da reedição da Caminho de A Viagem a Portugal, de José Saramago. Magris lembrou no prefácio que, quando se encontrou pela primeira vez com Saramago em Lisboa, foi este o livro que o Nobel da Literatura lhe ofereceu.


[O prémio] chega de um país que sempre esteve presente na minha fantasia, nos meus interesses, no meu imaginário
Claudio Magris, escritor italiano
Nascido em Trieste em 1939, Claudio Magris tem uma extensa obra dedicada ao ensaio, ao romance e ao relato de viagens. O italiano é ainda professor de literatura alemã e tradutor, colaborando ainda com regularidade para o jornal italiano Corriere della Sera. Como diz ao PÚBLICO Guilherme d’Oliveira Martins, “além de um grande escritor, Claudio Magris é um homem da comunicação”.

O prémio agora entregue a Magris pretende anualmente distinguir um cidadão europeu que, ao longo da sua carreira, se tenha distinguido pela sua actividade de divulgação, defesa e promoção do património cultural europeu através de obras literárias, artigos, crónicas, fotos, séries documentais, filmes e programas de rádio e/ou de televisão publicados ou emitidos nos diversos meios de comunicação.

É por isso que, para Guilherme d’Oliveira Martins, “faz todo o sentido premiar Claudio Magris nesta primeira edição”. “É um escritor com uma noção de património que não se projecta apenas no passado como se estende ao presente. Tem uma escrita plural, tolerante e promotora de uma cultura europeia”, diz ao PÚBLICO o presidente do júri, composto por Antonio Foscari, Francisco Pinto Balsemão, Irina Subotic, João David Nunes, José María Ballester e Piet Jaspaert.

Duas menções honrosas

No comunicado, o júri destaca exactamente o conhecimento que Claudio Magris tem da Europa “enquanto espaço de diálogo e de intercâmbio cultural é muito perceptível, especialmente na sua obra sobre o Danúbio", cujo tema principal é uma incursão e um pretexto para explorar e dissertar sobre a cultura centro-europeia, "mas igualmente em toda a sua rica produção literária”.

“Através dos seus textos tem contribuído para a tolerância e a paz europeia. Magris é alguém que tem reflectido ao longo da vida sobre os temas de identidade como factores de entendimento, valores tão importantes nos dias de hoje”, acrescenta ainda ao Guilherme d’Oliveira Martins, que em Outubro entregará o prémio no valor de dez mil euros ao escritor italiano numa cerimónia que vai acontecer na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Sendo a Europa um dos temas sobre os quais mais se debruça, Claudio Magris foi um dos intelectuais que no início do ano assinou o manifesto internacional chamado Europa ou o caos. Uma denúncia do vertiginoso crescimento do "cinismo", "chauvinismo" e populismo" e que começava por dizer que “a Europa não está em crise, está a morrer”.

“Não a Europa como território, naturalmente. A Europa como Ideia. A Europa como um sonho e um projecto”, diz o início do texto assinado ainda pelo escritor português António Lobo Antunes, Bernard-Henri Lévy (autor francês), Vassilis Alexakis (escritor grego), Juan Luis Cebrián (jornalista espanhol e fundador do El País), Umberto Eco (intelectual italiano), Salman Rushdie (romancista indiano), Fernando Savater (filósofo espanhol), Peter Schneider (romancista alemão), Hans Christoph Buch (jornalista e autor alemão), Julia Kristeva (filósofa búlgaro-francesa) e Gÿorgy Konrád (ensaísta húngaro).

Nesta primeira edição do prémio, que pretende homenagear a jornalista Helena Vaz da Silva (1939-2002), foram ainda atribuídas duas menções honrosas, a Olivér Kovács e Ozgen Acar. “O primeiro pela mobilização dos cidadãos a favor do Património da Hungria, e o segundo pela luta internacional contra o tráfico ilegal de tesouros do Património com origem na Turquia”, lê-se no comunicado.


segunda-feira, outubro 14, 2013

O PRÉMIO LITERÁRIO DE NOVELA E ROMANCE URBANO TAVARES RODRIGUES FOI ENTREGUE A ANA CRISTINA MARTINS

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A ESCRITORA PORTUGUESA ANA CRISTINA SILVA
GANHOU O PRÉMIO LITERÁRIO URBANO TAVARES
RODRIGUES.


"O Rei do Monte Brasil", de Ana Cristina Silva, vence Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues

Ana Cristina Silva, com a obra “O Rei do Monte Brasil”, foi a vencedora do Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues, cuja promoção é da responsabilidade da FENPROF – Federação Nacional dos Professores e da SECRE – Corretores de Seguros.


Depois de, em 2012, a FENPROF e a SECRE terem promovido a primeira edição deste Prémio Literário, então de nome António Gedeão por premiar obras poéticas, este ano, e de acordo com o regulamento que a FENPROF e a SECRE estabeleceram, é premiada obra de ficção, tendo sido atribuído o nome de Urbano Tavares Rodrigues. A vencedora desta edição, Ana Cristina Silva, é docente do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA-IU).

Este ano, em segunda edição, estiveram em apreciação obras de ficção publicadas em 2012 e, tal como no ano anterior, será atribuído à vencedora um prémio pecuniário no valor de 7.500 euros. Puderam candidatar-se ao prémio docentes e investigadores que tinham publicado a sua obra em 2012. O júri foi presidido por Paulo Sucena e contou também com a participação de José Manuel Mendes (Presidente da Associação Portuguesa de Escritores) e Clara Rocha (que presidiu ao júri do Prémio Camões 2013).

sexta-feira, outubro 11, 2013

FEIRA DE CASTRO

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A FEIRA DE CASTRO, QUE ACONTECE
TODOS OS ANOS EM OUTUBRO NA VILA
DE CASTRO VERDE, É UM MARCO NA
VIDA CULTURAL DO ALENTEJO

Em Castro Verde os timimngs medem-se por "Antes da Feira e Depois da Feira"


Feira de Castro 2013: Tradição cumpre-se ao terceiro fim-de-semana de outubro


Outubro é mês de Feira de Castro. Iniciativa certa no calendário cultural de Castro de Castro Verde que acontece, invariavelmente, ao terceiro fim-de-semana do mês. Durante dois dias, 19 e 20 de outubro, a vila move-se ao ritmo desta feira secular, ponto de encontro entre familiares e amigos, comerciantes e fregueses, numa parafernália de gente, artigos e mercadorias.

A par da animação da própria feira, que se alastra pelas principais artérias da vila, será dinamizado um programa cultural que tem como referência o valorizar da tradição e do património oral da região.



Durante estes dias, o cante alentejano, a viola campaniça e o cante ao baldão assumem especial destaque em iniciativas como “A Planície a Cantar” ou o “XXIII Encontro de Tocadores de Viola Campaniça e Cantadores de Despique e Baldão", promovido pela Cortiçol, com a colaboração da Câmara Municipal de Castro Verde, e que outrora aconteciam de forma espontânea, constituindo a banda sonora da feira.



Mas outras propostas preenchem o programa cultural desta Feira de Castro, que arranca na sexta-feira à noite, 18 de outubro, com um espetáculo no palco do Cineteatro Municipal de Castro Verde, e que contará com as atuações de “As Camponesas”, de Castro Verde, do Grupo de Acordeonistas “Foles do Sul”, e do Grupo de Música Tradicional “Cantigas do Baú”.


No sábado, dia 19 de outubro, há desfile de Bandas Filarmónicas pelas principais artérias de Castro Verde e ruas da Feira (11h00 e 14h00), com a Banda Filarmónica 1º de Janeiro e a Banda Municipal de Villablanca (Espanha), e Folclore Algarvio, na Praça da República (15h00).

À noite, destaque para o concerto com “VIRGEM SUTA”, que acontece às 21h30, no Cineteatro Municipal de Castro Verde. Os bilhetes (3€) estão à venda a partir do dia 12 de outubro, no Posto de Turismo de Castro Verde (Centro de Promoção do Património e do Turismo).

Do programa deste ano faz também parte a I Exposição Canina de Raças Portuguesas (11h00) e o I Concurso Canino (15h00), agendados para o Parque Infantil, numa organização da autarquia e do Clube Português de Canicultura.

Durante estes dias poderá ainda visitar a IV Mostra de Aves de Castro Verde, no Pavilhão de Mostras do Largo da Feira. A Mostra pode ser visitada nos dias 19 e 20 de outubro, a partir das 10h00, e é promovida pelo Clube Ornitológico de Castro Verde, com o apoio da Câmara Municipal de Castro Verde.

A TRANCA recomenda um a saltada até Castro Verde

quinta-feira, outubro 10, 2013

ALICE MUNRO PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2013

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ESTE ANO O NOBEL DA LITERATURA
VOOU PARA O CANADÁ, ALICE MUNRO,
FOI A VENCEDORA.

Alice Munro é o Prémio Nobel da Literatura
Escritora canadiana tem 82 anos de idade



Alice Munro é a vencedora do prémio Nobel da Literatura 2013. A eleita foi conhecida hoje em Estocolmo. É de nacionalidade canadiana e tem 82 anos de idade. É a 13ª mulher a ganhar o Nobel de Literatura. A última tinha sido a escritora romena Herta Müller, que recebeu o prémio em 2009.

Segundo o comité, Alice Munro foi escolhida devido à sua mestria «no conto contemporâneo» e «narrativa afinada caracterizada pela clareza e pelo realismo psicológico».

O galardão, no valor de oito milhões de coroas suecas (925 mil euros) foi anunciado pelo secretário da Academia de Ciências Sueca no histórico edifício da Bolsa, na baixa de Estocolmo.

Alice Munro nasceu a 10 de julho de em 1931, em Wingham, no Canadá. Em 2009 já tinha sido premiada com o Man Booker Prize. Entre as suas obras mais conhecidas estão títulos como : «O amor de uma boa mulher», «Fugas», «O progresso do amor» ou «Amada vida».

Premiados dos últimos dez anos

Nos últimos 10 anos, o Nobel da Literatura distinguiu nomes como o chinês Mo Yan (2012), o sueco Tomas Transtromer (2011), o peruano Mario Vargas Llosa (2010), a alemã de origem romena Herta Müller (2009), o francês Jean-Marie Gustave Le Clézio (2008), a britânica Doris Lessing (2007), o turco Orhan Pamuk (2006), o britânico Harold Pinter (2005), a austríaca Elfriede Jelinek (2004) e o sul-africano J.M. Coetzee (2003).

A língua portuguesa foi laureada uma única vez, em 1998, com a atribuição do prémio ao escritor José Saramago, justificada pela Academia sueca com o facto de ele, «com parábolas sustentadas em imaginação, compaixão e ironia, permitir mais uma vez apreender uma realidade evasiva».


Alice Munro nasceu em Wingham, Ontário, em julho de 1931. Viveu primeiro numa quinta a oeste dessa zona, numa época de depressão económica. Conheceu muito jovem Michael Munro, na Universidade de Western Ontario. Exercia trabalhos manuais para manter os estudos. Casaram em 1951, e instalaram-se em Vancouver. Tiveram três filhas, em 1963 mudaram-se para Victoria, onde trabalharam numa livraria. O casal divorciou-se em 1972, e Alice regressou à sua província natal, sendo escritora-residente na sua antiga universidade.

Voltou a casar-se em 1976, com Gerald Fremlin. A partir daí consolidou a carreira de escritora, que tinha iniciado jovem com crónicas (desde 1950). Munro reconheceu a influência na sua obra de grandes escritoras, como Katherine Anne Porter, Flannery O’Connor, Carson McCullers ou Eudora Welty, bem como de James Agee e especialmente William Maxwell. Os seus relatos centram-se nas relações humanas analisadas através da lente da vida quotidiana. Por isso, e pela sua qualidade, tem sido chamada "a Chekov do Canadá".

Em The View from Castle Rock, de 2006, fez um balanço da história da sua família, que emigrou para o Canadá, e descreveu as dificuldades que os seus pais tiveram.

Alice Munro foi entrevistada pela célebre The Paris Review em 1994. Foi por três vezes vencedora do prémio de ficção literária «Governor General's Literary Awards», do seu país. Em 1998 Alice Munro foi premiada pelo National Book Critics Circle dos Estados Unidos, pela obra O amor de uma mulher generosa. Venceu o Prémio Nobel da Literatura em 2013.

Obras
Dance of the Happy Shades, 1968, contos.
Lives of Girls and Women, 1971, romance (contos interligados)
Something I’ve Been Meaning to Tell You, 1974, contos
The Beggar Maid (surgiu antes como Who Do You Think You Are?), 1978, contos.
The Moons of Jupiter, 1982.
The Progress of Love, 1986.
Friend of My Youth, 1990.
Open Secrets, 1994.
The Love of a Good Woman, 1998.
Hateship, Friendship, Courtship, Loveship, Marriage, 2001. >> Tr. Ódio, amizade, namoro, amor, casamento, Globo, contos.
Runaway, 2004. >> Tr. A fugitiva, Cia das Letras, contos.
The View from Castle Rock, 2006. >> crônica sobre a sua família.
Too much happiness, 2009. >> Tr. Felicidade demais, Cia das Letras, contos

quarta-feira, outubro 09, 2013

HISTÓRIA CRUA - A VERDADE HISTÓRICA SOBRE O SANTO CONDESTÁVEL

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(REPRISE A PEDIDO)


DOM NUNO ALVARES PEREIRA, a história crua


Nuno Alvares Pereira, A VERDADE HISTÓRICA


A imagem de Don Nuno Alvares Pereira, dito, o Santo Condestável, foi muito branqueda através da História, com a excepção honrosa de Fernão Lopes, que dele deu a imagem mais real.Inúmeros historiadore, cumprindo "diktats" dos Poderes constituídos, foram-lhe lavando a imagem, com destaque para o cronista josé Mattoso, a soldo do Estado Novo do santalhão de Santa Comba, que tão desinteressante e maçadora transformou a História pátria e universal, enganando várias gerações de estudantes secundários.
Na verdade, a Tranca está em condições de reparar as lacunas da História e assumir o passado tal qual ele se desenrolou:
Nuno Alvares, dito "fero Nuno que nos apouca" na versão Camoniana, nasceu a 24 de Junho de 1360 em Cernache de Bonjardim.
Nuno Alvares Pereira, filho ilegitimo do Mestre dos Hospitalários, odiava de morte o apelido de família que herdara de seu pai , um plebeu sem berço, pelo significado bem rosqueiro da sua origem , um ex-office boy, de uma empresa miltifeudal do Conde Deloitte, e do Barão McKenzie, que aproveitador, abusara da honra da sua mãe, enganando-a para, através da sua monarquice, entrar no jet-set, e poder ser aceite um dia num talk-show da TVI. Chamar-se Pereira atormentava-o deveras.
O seu grande sonho era valorizar a sua costela monárquica e deletar a parte plebeia da sua origem.
Através de cunhas subterrâneas dum tal Conde Castelo Branco,conseguiu misturar-se na nobreza e fazer parte do séquito do rei Dom Fernando, vindo a ser 4 anos mais tarde armado Cavaleiro e também por cunha nomeado Administrador duma Companhia de Transportes de Camelos .
A raiva pelos espanhóis vem dessa época,pois entra em conflito com o Conde de Andeiro, quando este mancumunado com Dona Leonor de Teles, instala em território português o Corte Inglês e a Zara e a Repsol. Ele que se tinha tornado industrial de armaduras e ferrragens não podia consentir que o seu país fosse invadido pelo pret-a-porter, pelos caramelos de Badajoz e o combustível martelado da Repsol.
Por obediência a seu pai e seu próprio interesse, casa com D. Leonor de Alvim, rica dama de Entre-Campos. Do casamento nasceu uma filha: Dona Beatriz, ainda mais feia que ele. Após a morte de D. Fernando e porque a filha deste era casada com o rei de Espanha, vendo ameaçada a independência nacional entra em actividade política,funda um Partido e entra na luta partidária, . Em Santarém dá-se o estranho encontro com o Alfageme de Santarém, e logo lhe promete a mão da sua feiosa filhota, em troca de mil e duzentas bazucas, cem canhões sem recuo e um poster do Mantorras em pelota. Por causa do buço e da placa dentária sempre a cair , de Dona Dona Beatriz, o negócio esteve tremido, mas o Almoçageme de Santarem acaba por aceitar perante a ameaça de publicação na Gazeta do Paço a denúncia que era passivo anagógico.
Com o armamento traficado ataca os espanhóis e depois de dois empates seguidos, ganha a batalha de Aljubarrota, ainda que tenha sido muito ajudado pelo árbitro, que fez vista grossa às famosas armadilhas ilegais contruídas à entrada da área (paus aguçados espetados em alçapões disfarçados.) que Fernão Lopes referiu, mas que sempre foi branqueado pelos outros historiadores, principalmente pelos do Estado Novo. Como prémio foi convidado e depois nomeado pelo Mestre de Avis Regedor e Defensor do Reino e empossado no cargo de Presidente do Conselho de Admistração da Caixa Geral de Depósitos Já viúvo abre uma boîte de quadros-vivos e massagens eróticas no Convento do Carmo, em Lisboa. Em 1422 apaixona-se por uma pessoa de sexo indefinido, tem uma enorme decepção de amor, deixa crescer as barbas e as unhas dos pés, os cabelos das orelhas, e os pelos do nariz, vende seus bens e entrega-se à vida monástica, em 1423 a 15 de Agosto. Convoca uma Conferência de cronistas e faz uma confissão pública de que na Batalha de Aljubarrota usou por baixo uma calcinha preta de mulher, com rendinhas e folhos e um cinto ligas vermelho, e que quando era chavalote, cheirou cola , arrumou carros no Intendente e no Mercado de Alvalade. Ei-lo agora o asceta despegado de toda as ambições terrenas, nunca nais ninguém o viu no Lux, Kremlin ou mesmo no Galeto à noite , entregue por completo ao único fito de servir o Senhor,fez-se Carmelita descalço com o nome de Frei Nuno de Santa Maria.
Viveu ainda oito anos, como simples frade, dedicando-se à oração, à penitência e aos trabalhos mais humildes do Convento do Carmo de Lisboa, construído por ele mesmo. Faleceu em 1º de abril de 1431 com a gripe das aves, por se ter negado a tomar Tamiflu. Seus funerais foram um triunfo, com a presença do povo e de toda a corte portuguesa.
O seu culto memorável foi reconhecido pela Santa Sé em 1918. A comemoração do Beato Nuno de Santa Maria é celebrada a 1º de abril. O processo de carbonização está ainda em andamento.

terça-feira, outubro 08, 2013

ODE PEDANTE

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ODE PEDANTE

ESTE É UM POEMA DÁDÁ, RESULTADO
DAS HABITUAIS CRIAÇÕES COLECTI-
VAS, E COM TEXTO FINAL DO CASCADA

ODE PEDANTE
..
POEMA (colectivo) DÁDÁ
dedicado em
Setembro de 75
às virgens(?)
do RC.

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"Estavas tu linda Inês posta em sossego"
Diz ele e levanta o braço
de aço
sobre o cutelo do tempo
no catafalco profundo da História estremecem múmias
e memórias de futuro
-"É preciso construir a Torre de Pisa ao contrário e fazer
gritar Lourenço de Medicis no seu poleiro de pinho".
-Matem Catarina e o galo!
Àmanhã na macumba dos mármores
as vítimas isolarão o tempo urinado de clitemnestra pousando sobre a morte de Pátrocles.
-"Ó miséria, se este cadáver ultrajado servir de pasto às cadelas de Tróia".
E Ulisses rolando o rosto no barro das batalhas engolia o grande soluço - apelo sob o cobre dos hoplitas.
Então o cavalo abriu as grandes asas de abutre e entrou na campina relinchando o poema de longas pernas de nevoeiro.
Os seus passos ressoavam ao longo do lajedo temporal dos relógios e das esferas de dupla natureza Hécuba morta crispava ainda o gesto,
o grito pousado na mão esquerda do busto valvulado
lá fóra o clamor dos sapos arde nos olhos
de gregos e troianos
e Anquises cavalgando o filho sai do lupanar
para fundar a Igreja Católica.
Erguendo bem alto a hóstia e escondendo a galinha sob a túnica, gritava:
-"Pedro tu és a pedra e sobre essa pedra construirei uma sociedade anónima de responsabilidade limitada"

Texto provocatório, verrinório
e objectivamente contrário
ao senso comum e à linha
de raciocínio literal e barrôco .
pensado colectivamente em voz alta!!!!.

TEATRO PORTUGUÊS NO BRASIL E POLÓNIA

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TEATRO PORTUGUÊS NO BRASIL
E NA POLÓNIA


Vocare apresenta peça sobre Florbela Espanca no Brasil e na Polónia em 2014


Em 2014, a Vocare – Instituto Profissional da Voz e da Comunicação vai iniciar uma digressão mundial do espectáculo “Espanca – Eu Não Sou de Ninguém”, no Brasil e na Polónia. Esta peça insere-se num projecto que pretende dar a conhecer a vida e obra de autores portugueses como: Ary dos Santos, Bocage, Fernando Pessoa e Florbela Espanca.


“Espanca – Eu Não Sou de Ninguém” conta com a participação de quatro actores, dois cantores e dez músicos, dos quais oito fazem parte do "Ensemble Tutti per l’Arte", ensemble original da Vocare. A banda sonora é da autoria de Isabel Maya, responsável também pelo argumento e logística da peça, e os arranjos e a produção musical estão a cargo de Francisco Reis e Emma Soares.

A peça, encenada por Roberto Merino, debruça-se sobre a vida da escritora Florbela Espanca, e poemas como “Charneca em Flor” e “Realidade e Alvorecer” serão declamados pelo elenco.

“Pretendíamos acima de tudo tornar a poesia acessível a todas as pessoas”, explica Isabel Maya ao Jornal Público. “Sempre que falamos de poesia parece que estamos a falar de uma doença, uma vez que esta é proferida num tom de voz muito baixo. Queremos com este espectáculo mostrar a obra de Florbela, que é um pouco pesada mas de uma maneira mais leve, com pequenas notas biográficas e adereços”, acrescenta.

Depois da estreia em Junho, no Rivoli Teatro Municipal, no Porto, a peça será apresentada, em 2014, em Salvador (Bahia, Brasil), e em Varsóvia, na Polónia.

A próxima produção da Vocare será “Fernando Heteronimamente Só”, dedicada a Fernando Pessoa. A estreia está agendada para 10 de Outubro e coincide com o ano em que se assinalam os 125 anos do nascimento do poeta.

A Vocare - Instituto Profissional da Voz e da Comunicação é uma entidade de formação especializada no estudo da voz e das artes performativas do espectáculo, sedeada no Porto.

sexta-feira, outubro 04, 2013

os nossos artistas - o JOSÉ CASCADA

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O nosso companheiro de muitos anos co-criador da TRANCA , e autor de muitos textos e imagens, é também, e hoje, principalmente pintor.

Deixo aqui um dos seus trabalhos que mais aprecio

O PAVILHÃO FR PORTUGAL NA BIENALE DE VENEZA

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VENEZA SURPREENDEU-SE COM
A ORIGINALIDADE DO PAVILHÃO
DE PORTUGAL.

E não admira, pois o Pavilhão navegou de Lisboa até Veneza



A artista plástica Joana Vasconcelos levou Portugal a Veneza em modo- cacilheiro , o “pavilhão flutuante” de Portugal na 55ª Bienal de artes plásticas de Veneza.



O Trafaria Praia, já desactivado sofreu obras de adaptação, foi revestido a azulejos que mostram Lisboa vista a partir do rio – uma ideia inspirada pelo Grande Panorama de Lisboa que se encontra no Museu do Azulejo e apresenta a cidade, a partir dessa mesma perspectiva, antes do terramoto de 1755.


No interior uma instalação têxtil com a qual Joana Vasconcelos pretendeu criar um “ambiente uterino”. E na parte de cima instalou-se um palco onde a artista e o comissário do projecto, Miguel Amado, conduziu sessões de música, debates e conferências com artistas convidados no decorrer do evento.

Foi um êxito enorme,Portugal foi muito aplaudido.

TEXTO COLECTIVO "O MILAGRE DAS ROSAS OU ASCENÇÃO E QUEDA DA ARAGONEZA DOS MILAGRES

REPETIMOS A PEDIDO UM TEXTO
COLECTIVO DO NOSSO PESSOAL


texto de qualidade
O MILAGRE DAS ROSAS
ou
A ASCENSÃO E QUEDA DA ARAGONEZA DOS MILAGRES

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Corre o anno domini de 1285
Estamos na capital do Reyno de Portugal onde tudo vai bem e nada vai mal.
Amanhece. Com a brisa leve e cheirosa do Mar da Palha correm badaladas e acordes de cantochão pela atmosfera límpida. Esvoejam passarinhos em derredor dos campanários e o mosquedo infesta a urbe fedorenta.
Brincam meninos nos becos, namoram sopeiras pelos balcões, engalfinha-se a moçada pelos terreiros em justas de grossa porradaria. Queimam-se bruxas nas praças, zurzem-se putas e ladrões, vendem-se cachuchos e cabras, pilecas , escravas e tudo, uma velha sopra num canudo e um frade barrigudo vende bulas a tostão..
No castelo tremulam flâmulas e ceroulas. Passam cavaleiros de pendão e da Sé sai uma procissão. à frente vai o Prior, atrás dele o sacristão de vela acesa na mão; seguem-nos trinta velhas coxas e marrecas entoando cantochão. Depois a Sagrada Congregação das Escravas do Sagrado Coração.
Nos arcos do Hospital de Todos os Santos arrastam-se coxos e gafos exalando pestilências; os insanos berram insolências aos passantes e uma velha de ares importantes vende castanhas, chupa-chupas, boletas e outras iguarias tamanhas.
E o alcaide Marchueta, bêbado da pingoleta, enfrasca-se c'as barregãs numa tasca ao pé do Paço.
No Paço tremula o pendão dos borgonhas, região de boa pinga e terra natal dos antepassados de El-Rey.
No terreiro agita-se a turbamulta dos vendilhões e das varinas, das criadas e moços de estrebaria, de mistura com caraveleriros de Cacilhas, mercadores de Veneza, mesteirais pançudos, aprendizes escanzelados, almocreves, mouros de Rabat-Salé, turistas do Texas e cobradores de impostos.

De por entre o tumulto avulta uma festiva roda de meninos queques. Uns muito frics nos seus briais de jeans e balandraus Yvo São Laurêncio esgarçam os fundilhos pelos degraus da estátua; outros meio zonzos da pedrada engrolam cantigas da Joana Baez e do François Villon ao som de pífaros de pau e corno.É a clientela habititual de Isabel de Aragão, nome de solteira da ex-mulher de um industrial de panificação e viúva de um pastor luterano de Bronx, a mesma que El-Rey encomendara para o seu leito num dia de grande ressaca.
De entre eles, uma donzela muito pintada e dengosa, estilo avenida da Cidade Eterna, clama pela raínha:
-Oh Isabiel, Isabiel! Dê cá uma passa que a menina tá p'ssiessa!...
Isabel muito chanada, dormita tapada com o manto de chamalote, encostada à grade do urinol. Acorda c'a corôa à banda.
-Chata! Acabou-se a erva. Espere! (e arrotou).Assoou-se ruidosamente à faixa de Miss Aragão 1263, uma velha faixa de linhagem já muito ruída da traça, queimada das beatas e cheia de nódoas de caldeirada.
-Ai caraças! Onde é que estarão os putos do Diniz?!!
-João Afonso, ó João Afonso!
Os três bastardinhos saiem de trás do carrinho de um mercador de pevides.
-Oh Afonso! A Santinha tá a chamar. Grita um deles, ruço e com a ranhaça a cair-lhe no beiço.
-Binde cá ó bastardinhos! Ide mui asinha à minha alcova no Paço e trazei-me o misterioso pacote que está na prateleira do penico. não leixeis que el-rey bosso paizinho bos beja senão bamos todos de cana. Ide, ide asinha!
Na sala de armas el-rey joga à carica com o escanção dom Raposão Mendes, sob o olhar oblíquo e ciumento do palafreneiro Don Quicas de Vilariques - vulgo Quiquinho das Pilecas, e do Bispo de Coimbra, que lia boquiaberto os títulos da "Gazeta do Paaço":
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-"O MESTRE DE CALATRAVA HÁ TRÊS MESES QUE NÃO CAGAVA?"
-"O PAPA CLEMENTE DEU TRÊS TRAQUES DE REPENTE"
-"O GRÃO DUQUE ESTANISLAU CHAMUSCOU O PIRILAU"
-"A IRMÃ DE MAOMÉ ERA VIRGEM,JÁ NÃO É"
-"O GRÃO MONGOL TEM O CÚ EM CARACOL".
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O Bispo engasgou-se ,teve um trovejante ataque de tosse e comentou:
-Isto está cada vez pior! Já um cristão bem pensante não pode sair à rua!...
-Quem é que não pode sair à rua? Inquiriu el-rey.
-Sou eu meu Senhor, sou eu, ...Acovardou-se o Bispo.
-A propósito. Tenho que ir à rua. Palafreneiro! Sela-me já aí uma azémola para eu ir à Adelaide do Beco das Naus! De caminho traz-me os falcões que me ofereceu o Duque da Saxónia. Vamos dar um jeito aos pombos do Rossio.
-O Duque da Saxónia tem uma grande caximónia...
Casquinhou o truão Canelas empoleirado num trenó Queen Anne, vulgo Quinéne.
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-Um dia ainda te dou cabo dos guizos. Resmungou o palafreneiro a abeberar na ciumeira.
Entretanto irrompe pela sala o Afonsinho IV com a Constâncinha pela mão:
-Ó pai a infantinha tá a chorar!
Àparte do truão:
-Pudera, tem a corôa cheia de ferrugem!
-Desempachai-me o caminho que tenho um negócio de Estado, ide-vos aporrinhar a avó Brites!
Para aumentar o chavascal entra o Ouvidor das Alfandegas:
-Senhor , a nau do Barreiro encalhou no Mar da Palha. Ainda ficamos sem pitrol pró jantar, já lá se foram trinta pipas barra fóra...
E Dona Cunegundes Amaro, alcoviteira-mor , aproveitando a deixa com um sorriso de esverdinhada e pérfida satisfação:
-Alteza! O Infante D.Afonsinho anda a fazer barquinhos de papel com os mapas do descobrimento das Canárias!

-Ponham-me esse barrasco a ferros! E não me lixem mais a real mona que vos degredo a todos para o QCM fazer kápapontos
Pausa em que o rei calça as luvas de pele de cão.
-Oh não, só me faltava mais esta!!! Que me quereis irmãnzinha?
Tratava-se de Irmã Gaspara do Santo Socorro dos Aflitos, secretária da raínha. Lavada em lágrimas gemia:
-Senhor, senhor. Sua Alteza a raínha está outra vez chanada. Ai valha-me Santo Inácio de Loyola, que triste exemplo para os infantinhos! E assoava-se às às fraldas e desfiava o rosário. Àparte do bobo:
-Santo Inácio de Loyola tem macaquinhos na tola!
-Que me dizeis? Sobressaltou-se el-rey.
-É verdade Senhor. Fungou ela.Assim mesmo os bastardinhos levaram um pacote de liamba para o terreiro onde se levantava grande alarido.
-Ah, essa vaca aragoneza...Assim que lhe tiram o cangote pira-se logo do Paço.,
-Oh Condestável! Onde está o meu Condestável?
Entra o Condestável de lança e montante .Um azeiteiro especializado unta-lhe as dobradiças da armadura.
-Condestável de Atouguia, organizemos já uma expedição punitiva ao terreiro. Precisamos de recuperar a Rainha para o sistema!
-O Visconde de Atouguia apertou o papo à tia! Bolsou o truão..
-Tragam-me o trono. Trombeiro Mor, manda tocar a reunir. Gritou o Rey. De repente entra na sala um jerico espanhol, arrastando com uma grande chiadeira o trono gótico de Afonso Heniques, El-Rey sentou-se endireitando a coroa ,afogueado.
-Tragam-me os mapas! E confidencialmente:
-Chegue-se cá ó Condestável! Olhe, você ataca pelo Arco da Rua Augusta com os seus alabardeiros que eu com os meus archeiros ataco pelo lado do Ministério da Marinha. O sargento Raminhos vai pelo Campo das Cebolas com a peonagem, enquanto o Conde de Andeiro ataca pela Rua do Arsenal... e diga à minha sogra que não venho jantar.
-O Conde de Andeiro tem um furo no traseiro. Soltou-se o truão.
O boato começou a correr
Às onze horas o povoléu começou a agitar-se ante o aparato bélico que se aprestava para o ataque.O boato começou a correr que a Rainha estava outra vez chanada. Pouco depois surge Don Diniz seguido de grave e façanhuda comitiva. Logo atrás do Rey, o Primaz de Braga resplandescente de lantejoulas, rendas de bilro, misssangas e pechisbeques. Depois o Meirinho-Mor D.Mendo de Guedes Vaz, enorme, granitico e bruto como um penedo; o Ouvidor dos Azeites D.Paio de Oliveira, o Fiscal das Farinhas Fernão Gorgulho de Trancoso, o Governador da Casa das Indias, o Juiz de Fóra, D,Nuno Nunes, gentil -homem de Paço D'Arcos, que só aparecia para banquetes e solenidades, o representante da Casa dos Vinte e Quatro - que na hora eram só vinte e dois-pois dois estavam com baixa da Misericórdia por via da lepra,,o inspector Paredes da Real Polícia Judiciária,O Núncio Apostólico D,Giovanni Firenzesco della Cinecità, a Abadeza das Ursulinas Dona Brites Freitas do Amaral; Doutor Jorge Campinos, Ouvidor para o turismo e cruzadas; dez frades do Covento da Madre de Deus;dez freiras descalças de Chelas e por fim o bobo Canelas todo torcidinho e a babar-se gritando em voz roufenha:
-A Princesa de Aragão batia pudins à mão.
Ao ver-se rodeada de tanta aventesma a Rainha para disfarçar desatou a assobiar a "Aldeia da Roupa Branca" com um olho na merda e outro no infinito. A peonagem rompe em gargalhadas. O Primaz arreia com o báculo na tola do sargento de alabardeiros .Faz-se um silêncio sepulcral. D.Diniz cospe a hóstia elástica com que preparava o hálito para a Adelaide e grita:
-Que estás aqui a fazer minha cabra Aragoneza, minha chanada?
A Rainha mui bêbada da pedrada e como se não fosse nada com ela, perguntou:
-Ó truão, que horas são? Já são horas da zaragatoa?
-Isabieeeeeel! Berrou el-rey, .Num me escutais? -Pois não Senhor El-rey Dom Diniz , putanheiro-mor deste Reyno! Que se passa? A Adelaide não vos avia hoje? E a Grácia? E as minhas três açafatas e a ama dos bastardinhos? Só vos lembrais de mim para me desviar da virtude?..Olhai estes pobrezinhos tão famintos e descalcinhos. Se não fora a ervinha com que os domestico que seria de vós meu príncipe de ópera bufa, meu Don Juan de alcáçova, meu janota de barbacã? Ide-vos a plantar couves para Leiria que já vos tardam os pinheiros que encomendastes ao Duque de Urbino.
Àparte do truão:
-O Duque de Urbino tem o pirilau pequenino...
-Senhora, insiste D.Diniz noutro tom., aconselho-vos a recolher ao Paço. Sois Rainha de Portugal! E num assomo de imperialismo:
-Talvez imperatriz do Brasil!...
Àparte do truão:
-A Imperatriz do Brasil come papas por um funil
-...ou obrigais-me a usar da força!Insistiu o rei ,apontando a soldadesca.
Pânico entre os hippies da Rainha.
-Ninguém arreda pé!! Grita Isabel com a veia do pescoço inchada. E agora quereis-me levar de cana?!Experimentai! Se algum destes marmanjões me fila, faço um terramoto em 1755, que vai tudo pró galheiro...
-Leixai-vos mas é de merdichelices e mostrai-nos o que levais no regaço!
-Senhor, tratais-me como se retornada fosse. Trazeis mandato de busca?
-Cuidai que chamo o meirinho!
Ao Primaz dá-lhe o abafarete, enquanto o truão, montado na marrequinha do Monsanto faz gestos obscenos sobre a cabeça de El-Rey.
-É a última vez que vos aviso. Que escondeis nas fraldas?
-São malmequeres| Respondeu Isabel com maus modos.
-Senhora| A História diz que são rosas....(segredou-lhe o Bispo).
-São rosas meu Senhor, são rosas! Precipitou-se ela corando. E das pregas do manto tombam em cascata:

-trezentos e noventa e sete "Swatch" da treta.
-Dois quilos de liamba
-Um maço de Pall-Mall que tinha sido pall-mado
-Dois pacotes de AC Virgínia Type
-Uma iluminura a côres do Zuza
-Um psaltério ferrado onde ela apontava os telefones das amigas
e
-1 penso higiénico usado
Finalmente o sacana do milagre!
Uma exclamação imensa atroa o terreiro. A turba agita-se como se tivesse chegado o Mantorras. Há desmaios, gritos, chiliques, fanicos e apoplétes. Acendem-se e apagam-se luzes multicôres. O urinol explode em nuvens de fumo amarelo e vermelho que desenham no ar gigantesco cartaz : GLÓRIA À CAMARADA ISABEL DE ARAGÃO. Faz-se ouvir um côro celestial com música de Frederico Valério:
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Três tampax
um Modess
uma toalha de bidé
prá Rainha se limpar
da cabeça até ao pé .

Raínha (soprano solo):

Água fresca
do Mondego
água fresca que o Rei não pagou
no castelo
lava o rego
e outras coisas que não me alimbrou

Ó Isabel, minha Santa! Gagueja o rei.
O Primaz cai de joelhos e a mitra enfia-se-lhe até ao pescoço. Ajoelha-se a multidão e reza e canta como num alucinante final de revista. E tudo aquilo era uma imensa confusão de coros, gritos, traques, arrotos, fados e guitarradas, árias de óperas, assobios, Te Deuns e missas cantadas.
Dos telhados do Ministério do Exército descem anjos de camuflado e grandes cabeleiras brancas tocando guitarra eléctrica. Um zepellin gigantesco emerge majestosamente do Castelo de São Jorge rebocando uma feérica aurora boreal de papel pintado. Dos lados do Montijo surje uma esquadrilha de passarolas despejando títulos

do tesouro sobre a multidão. O cavalo de D.José abre as asas e decola levando o rei e o marquez para as nuvens onde chocam fragorosamente com o Pai Natal. Caiem no Mar da Palha. Do topo do Arco da rua Augusta desce o senhor Salgado Zenha de cabeleira e vestes talares. Espalha pétalas de rosa entre os seus fiéis e repete alarvemente:
-Ut sit omnibus documento! Ut sit omnibus documento!

No quartel do Carmo disparam-se vinte e um trons ao mesmo tempo. E com tão má pontaria que arrebentaram com a estátua de Maximiliano do México e mataram uma velha no Hospital de Todos os Santos.
O Campo das Cebolas floriu e o escudo subiu na Bolsa de Londres. Na outra banda, o Cristo Rei bateu as palmas e, alçando as saias, dançou um furioso flamenco com castanholas e tudo.
E veio o côro do São Carlos e cantou árias da "Tosca", e veio o "Verde Gaio" e dançou o "Tanque das Patas", e a Amélia Rey-Colaço, envolta em brumas wagnerianas, aportou às colunas num bergantim com motor-fóra-de-borda, e veio o senhor António Vitorino de Almeida que executou Chopin num cadafalso de marca Steinway, as irmãs Meireles a cantar Guillaume de Machaud, e o senhor Jorge Peixinho montado num elefante azul a dirigir uma orquestra de tachos e ferrinhos..
E o entusiasmo por causa do milagre foi tal que D.Diniz nâo resistiu e cantou aquela, a única que ele sabia:

Ai frores, ai frores do verde piño
se sabeis novas do Manuel Alegre
Ai Deus e u é?

Ai frores, ai frores do verde prado
se sabeis novas da Nau Catrineta
para pôr a salvo o meu sapato...

E a raínha com os seus hippies:

-JEEESUS CHRIIIIIIIST SUPERSTAR!!!!!

E o Ivo Cruz desancava a orquestra.
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f i m

Realização de Herlander Peyroteo
Fotografia de Augusto Cabrita
Luminotécnica de Jim
Adereços de Pórtico e Altamira
e
o incomensurável talento de José Cascada