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Mario Vargas Llosa

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Mario Vargas Llosa é um escritor Peruano, nascido em Arequipa em 1936. É formado em Letras e Direito pela Universidade de São Marcos (Lima, Peru) e fez seu doutorado em Filosofia e Letras pela Universidade de Madrid. Residiu em Paris, Londres e Barcelona.
Sua primeira publicação foi um livro de contos chamado Os Chefes (1958), vencedor do prêmio Leopoldo Arias. Mas sua grande carreira literária começa com o romance Batismo de Fogo, que ganhou o Prêmio Biblioteca Breve da Editora Seix Barral e o Prêmio da Crítica de 1963, sendo traduzida para quase vinte línguas. Em 1981 publica A Guerra do Fim do Mundo, um livro sobre a Guerra de Canudos. Este livro é dedicado ao escritor brasileiro Euclides da Cunha, autor de Os Sertões.
Defendendo um programa liberal, baseado na desestatização da economia, Vargas Llosa foi, em 1990, candidato à Presidência do Peru, à frente do "Movimento Liberdade". Acabou sendo derrotado no segundo turno por Alberto Fujimori. Suas experiências como escritor e candidato presidencial estão expostas na autobiografia "Peixe na Água", publicada em 1991
BIBLIOGRAFIA
Bibliografia Selecionada
Os Chefes (1959). Nova Fronteira. Coletânea de seis contos protagonizados por adolescentes, inclui desde 1980 a novela "Os Filhotes" (1967).
Batismo de Fogo (1963). Nova Fronteira, Brasiliense. Romance de formação, num colégio militar em Lima.
A Casa Verde (1967). Nova Fronteira. Romance, entrecruza cinco histórias que giram em torno de um bordel.
Conversa na Catedral (1969). Francisco Alves, Círculo do Livro. Sob a ótica de quatro personagens, romance aborda 30 anos da história do Peru, a partir de uma conversa no bar Catedral, em Lima.
Carta de Batalla por Tirant lo Blanc (1969) *. Ensaio sobre romance de cavalaria, clássico da literatura catalã.
História Secreta de uma Novela (1971). Nova Fronteira. Ensaio sobre a realização do romance A Casa Verde.
García Márquez: Historia de un Deicidio (1971)* . Longo ensaio sobre a obra de Gabriel García Márquez.
Pantaleão e as Visitadoras (1973). Nova Fronteira. Romance cômico sobre base militar servida por prostitutas na Amazônia peruana.
A Orgia Perpétua: Flaubert e Madame Bovary (1975). Francisco Alves. Ensaio sobre o romance Madame Bovary, de Flaubert.
Tia Júlia e o Escrevinhador (1977). Nova Fronteira, Círculo do Livro. Romance semi-autobiográfico ambientado no mundo das radionovelas.
A Senhorita de Tácna (1981). Francisco Alves. Peça de teatro em que um homem rememora personagens mortos, entre eles, a senhora do título, inspirada numa tia-avó do autor.
A Guerra do Fim do Mundo (1982). Francisco Alves. Romance inspirado na guerra de Canudos.
Kathie e o Hipopótamo (1983). Francisco Alves. Peça de teatro ambientada em Paris, nos anos 60, narra a história de amor entre Kathie e Santiago.
Contra Vento e Maré (1983). Francisco Alves. Reunião de artigos sobre Sartre, Camus, vocação literária e compromisso político.
História de Mayta (1984). Francisco Alves. Romance apocalíptico sobre violência e guerrilha no Peru contemporâneo.
Quem Matou Palomino Molero? (1986). Francisco Alves. Novela policial narra investigação do assassinato de um recruta da aeronáutica.
O Falador (1987). Francisco Alves. Romance sobre indigenista que rompe com sua cultura e se converte em índio machiguenga.
Elogio da Madrasta (1988). Francisco Alves. Novela erótica com triângulo amoroso envolvendo Alfonsito (filho), Dom Rigoberto (pai) e Lucrécia (madrasta).
La Verdad de las Mentiras (1990). Ensaios sobre política e cultura.
Peixe na Água (1993). Companhia das Letras. Crônica da campanha política de 1987-90, mesclada com memórias de infância e juventude.
Lituma nos Andes (1993). Companhia das Letras. Romance policial ambientado num posto da Guarda Civil cercado de terroristas e bruxaria nos confins dos Andes.
Os Cadernos de Dom Rigoberto (1996). Companhia das Letras. Gerente de uma seguradora descreve fantasias eróticas em seus cadernos.
A Festa do Bode (2000). Mandarim. A versão romanceada da vida do general Rafael Trujillo, ditador da República Dominicana de 1930 a 1961
e QUEM FOI RAFAEL TRUJILLO, O GENERAL SOBRE QUEM ROMANCEIA LLOSA NESTA SUA OBRA, QUE EM PORTUGAL TEVE O NOME DE "FESTA DO CHIBO"
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Ele foi ditador da Republica Dominicana entre 1930 e 1961.
Diz a história que:
La Hispaniola foi o nome dado à ilha que mais tarde albergaria a Republica Dominicana e o Haiti

Com o estabelecimento, no ano 1492, do primeiro forte em La Española, nome com o que foi batizada a ilha, começa o grande processo de diversidade cultural que caracteriza ao dominicano, filho do encontro de culturas, produto da mestiçagem em suas crenças e costumes; mestiço do espanhol e do africano, com sangue indígena.
A Ilha Espanhola foi a primeira colônia européia do Novo Mundo e em sua capital, Santo Domingo, originaram-se as primeiras instituições culturais e sociais coloniais, construíram-se as primeiras fortalezas, as primeiras igrejas e a primeira catedral, o primeiro hospital, os primeiros monumentos e a primeira universidade. Com o Tratado de Ryswick em 1697, Espanha permitiu que França ocupasse a parte ocidental da ilha.
A divisão da ilha, trouxe como conseqüência directa sua divisão (Tratado de Aranjuez 1777) entre França (a parte ocidental) e Espanha (a parte oriental), além de guerras constantes entre as potências pelo predomínio ou o controle da ilha.
Toussaint Louverture, o dirigente do Haiti independente, invadiu em 1801 a parte oriental da ilha, ao que França respondeu em 1802 enviando ao general Leclerc, cunhado de Napoleão, à frente de uma poderosa esquadra para reclamar o território. Os franceses governaram Santo Domingo por um período de seis anos até ser expulsados por um grupo de dominicanos, os quais, sob o comando de Juan Sánchez Ramírez, reincorporam a parte oriental ao domínio de Espanha.
1809-1865 A INDEPENDÊNCIA
A independência da República Dominicana foi um processo longo que se estendeu durante mais de meio século. Depois de várias tentativas frustradas na década de 1810, José Núñez de Cáceres conseguiu a independência de Espanha em 1821, mas que não pôde evitar que as tropas haitianas se anexassem a parte oriental da ilha em 1822.
O domínio haitiano se estendeu até 1844, ano no que a República Dominicana recobrou a independência. Até 1861 o regime, conhecido como a I República, viu-se envolvido em conflitos internos entre liberais e conservadores e na frente externa pelas repetidas invasões haitianas.
A turbulência interna provocou que uma parte da elite decidisse reincorporar o território à velha metrópole e entre 1861 e 1865 a parte oriental da ilha se converteu numa província de Espanha. Porém, a guerra de guerrilhas contra o domínio espanhol terminou provocando a retirada das tropas espanholas e trouxe a definitiva independência da República Dominicana.
1865-1916 A II REPÚBLICA
A independência definitiva não trouxe o ordem ao país, que até os anos 80 não conseguiu encontrar a estabilidade. O regime ditatorial de Ulises Heureaux, homem forte entre 1882 e 1899, trouxe equilíbrio, mas o mau manejo econômico desembocou em que, depois de seu assassinato, o país se visse envolto em novas crises políticas.
1916-1930 DA OCUPAÇÃO DE ESTADOS UNIDOS A TRUJILLO
A desordem interna propiciou a intervenção militar de Estados Unidos que durante sua ocupação (1916-1922), levou a cabo um plano de reformas que trataram de reforçar as instituições do país. Depois da retirada das tropas estadounidenses, Horacio Vázquez se converteu em presidente (1924-1930) e tentou prorrogar seu mandato além de 1930, o que desencadeou um golpe de Estado que propiciou a chegada ao poder de Rafael Leónidas Trujillo.
1930-1961 A ERA DE TRUJILLO
Trujillo impôs um governo individualista e autoritário durante três décadas, apoiado nas forças armadas, numa parte da elite e na família do ditador. O país cresceu economicamente e o regime permaneceu aliado com os Estados Unidos. Trujillo se sustentou graças à dura repressão contra a oposição e às favoráveis condições externas e da economia mundial.
Seu confronto com a Igreja no final dos anos 50, unido aos conflitos com os governos da zona (Fidel Castro em Cuba, e Rómulo Betancourt em Venezuela) bem como o desgaste de seu governo devido a suas arbitrariedades conduziram à queda do regime em 1961, depois do assassinato do próprio Trujillo e a incapacidade de seus seguidores de prolongar um regime que já não contava com o apoio dos Estados
Rafael Trujillo - "El Jefe"

Ditador Da Republica Dominicana por trinta anos. Com o suporte dos Estados unidos Trujillo tomou o controle do páis em 1939 e o dirigiu até seu assassinato em 1961.Trujillo acumulou grande fortuna as custas de sua gente enquanto agia com repressao sobre a oposição.
Durante o século vinte os dominicanos estabeleceram um governo democrático estável com várias intervenções, no entanto, do governo americano.
A brutalidade de Trujillo foi bem documentada. Em 1937 ele ordenou a perseguiçao e morte de 20 haitianos que entraram no território dominicano. Ele modelava seu regime de acordo com o do ditador espanhol Francisco Franco da espanha. Nas cidades haviam placas que dizia " Deus e Trujillo."
Embora muitos americanos nao gostassem de Trujillo, depois da Segunda Guerra muitos políticos da Guerra Fria deram suporte a Trujillo como um dos lideres da america latina anti-comunismo.
O secretário de Estado dos Estados undios Cordell Hull teria dito a frase " ele pode ser um filho da puta, mas é nosso filho da puta."
Os anti-Trujillistas seguiam os paços de Fidel Castro contra o ditador Batista. Quando Cuba caiu no domínio de Fidel, muitos exilados dominicanos pediram ajuda ao governo revoluvionário Cubano, mas as tentativas falharam. Se deu início vários planos para matar Trujillo, muitos deles também fracassando. No entanto, conforme os anos passaram Trujillo perdeu o suporte incondicional dos americanos e da Igreja católica de seu país.
Existem documentos que provam que a CIA fez contato com alguns dos conspiradores oponentes de Trujillo e secretamente os mantinha com armas em troca de apoio americano um futuro regime uma vez que o ditador estivesse morto.
Em 30 de Maio de 1961 Rafael Trujillo moreu assassinado com tiros em uma estrada deserta. No entanto, o filho do Ditador Ramfis Trujillo assumiu o comando do país. Nos anos seguintes quase todos os assassinos e seus familiares foram torturados e vários se suicidaram. Em outubro, os seis ultimos assassinos de Trujillo foram levados para uma fazenda da família e jogados aos tubarões numa praia próxima. Os militária tomaram conta do país nos dias seguinte e Ramfis Trujillo foi exilado