quinta-feira, maio 28, 2015

SALA DE CONVIVIO DO RC

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PARA QUE OS LEITORES DA TRANCA E COMPANHEIROS
EM GERAL QUE NÃO TÊM ACESSO AO FACEBOOK,PODER-
REM VER E SENTIR O DIA A DIA, EU DIRIA, O MI-
NUTO A MINUTO DO MOVIMENTO FANTÁSTICO DA
NOSSA SALA DE CONVIVIO DO RC. QUE É AFINAL
UMA EXTENSÃO DA TRANCA.




Aqui ,onde se trabalha H24, há sempre algum de nós on-line, quer na página ,quer no chat, e é frequente às 2 e 4 da madrugada , estarmos 2 ou 3, ou mesmo mais a conversar ,a trocar impressões ou a sugerir um espectáculo, um evento, um cineminha, aos companheiros.

VÍDEO MAPPING SOBRE O MAR, NO TERREIRO DO PAÇO

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MAIS UM ESPECTÁCULO DE QUALIDADE
NO TERREIRO DO PAÇO EM LISBOA


De 22 a 31 de Maio, o Terreiro do Paço recebe novo espectáculo de vídeo mapping e, desta vez, o tema é Lisboa e o mar que a rodeia. A criação é de Oskar & Gaspar em parceria com a EGEAC, a Associação de Turismo de Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa.


“Lisboa, Cidade do Mar” é o nome dado ao espectáculo multimédia que será projectado na fachada do Arco da Rua Augusta e que terá elementos tão característicos como caravelas ou varinas.



Quem assistir à projecção será transportado pelos vários momentos da história da capital portuguesa em que o mar foi personagem principal. Estão planeadas três sessões diárias, de entrada livre, pelas 21h30, 22h30 e 23h30.

A TORRE DE BELÉM COMO NUNCA A VIMOS

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A TRANCA RECOMENDA UMA
SALTADA ATÉ LÁ


Um espetáculo a não perder: "Quinhentos", Abertura das Festas de Lisboa’15
Em pano de fundo, o rio Tejo, ao centro a Torre de Belém, envolta por água e magníficos jardins. "Quinhentos" apresenta cinco séculos da história de Portugal e do Mundo revisitada à escala da Torre de Belém. Um espetáculo de teatro, música e multimédia.
Junto à Torre de Belém
30 Maio (sábado) 22:00
Entrada Livre

quarta-feira, maio 27, 2015

CRÓNICA DA CIMEIRA DA CASA DO INGLEZ

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REALIZOU-SE ESTA TARDE MAIS UMA
REUNIÃO MAGNA DOS NOSSOS SENADO-
RES, A QUE SE CHAMOU CIMEIRA DA
CASA DO INGLEZ.


A ideia do local, a CASA DO INGLEZ em Benfica, revelou-se excelente.

Pela sensibilidade e bom gôsto colocada na decoração , pela qualidade do atendimento gentil do staff da casa, e pela matéria prima apresentada,



isto é, os sabôres e o empratamento.

Embora o bacalhau não seja o meu prato preferido, o sabôr agradou-me.

Desde cêdo começaram a chegar à Alameda do Padre Alvaro Proença em plena Benfica, os nossos senadores

com os primeiros abraços


as primeiras saudações.

as primeiras memórias, como aquela do "melro"..


Ao contrário do esperado, o Canelas desta vez não pôde estar presente, e como estava anunciado na nossa SALA DE CONVIVIO DO RC, que o nosso astrólogo privado iria oferecer aos 3 primeiros companheiros a chegar ao local da refrega,a sua Castra Astral, houve grandes manifestações de decepção, e mesmo algumas ameaças de Processo judicial, por falta de cumprimento de promessa.


À mesa, estiveram

Azevedo,Farinho,Isabel Farinho,Marcelo,Herdeiro,Ricardo,Augusto,Coelho de Almeida,Alice Teles,Graça,Ana Franco ,Guedes Vaz,Teresa Guedes Vaz,Manuela Mascarenhas,Leonor,Melo,Dina,Manuela Brito e Silva,Anabela.



Como sempre , e antes que se iniciassem os debates, viram os sabôres
as entradas

e o tal bacalhau com broa


abriram as mentes para o desfilar das memórias, sempre presentes na Ordem de trabalhos.


Recordaram-se os velhos tempos dos boooking charts ,em que cada risco sigificava 1 passageiro , e que cada cancelamento implicava o uso suma borracho. Sim daquelas de escola,apagava-se o risco e era menos 1 passageiro. Hoje em dia ,os actuais inquilinos do REV, sucedâneo do nosso velho RC, abraem os olhos de espanto qquando lhes contamos como era,



A Manela Brito e Silva recordou um dos destinos que esteve muito em moda no velho RC, DUBROVNIK.

Nos anos 70, quando Dubrovnik ainda era Jugoslava, (agora é Croácia), foi descoberto como destino a explorar pelo nosso pessoal, pelo Vitorino Duarte.
Descoberto? Sim, nessa época, quando algum de nós tinha conhecimento de um destino atingível em companhias que nos davam free, e avançava, se tudo corresse bem, passava palavra, e logo se tornava moda entre o nosso pessoal.

Na época não havia ,claro ,voos para a Jugoslávia a partir de Portugal, estávamos ainda no tempo anterior ao 25 de Abril, e a Jugoslávia , era para os nossos governantes de então um País de perigosos comunistas.

Para contornar o problema, viajávamos para Roma con a Alitália (não havia também então voos da TAP para a capital italiana) e de lá conseguiamos um free da JAT Jugoslavenska, para Dubrovnik. É claro que à chegada tinhamos de pedir à Policia de Fronteiras da Jugoslávia ,para não carimbar directamente os nossos passaportes, pois se regressássemos com um carimbo "comunista" teriamos decerto problemas à chegada a Lisboa.

Recordei então ,aquela vez em que em Dubrovnik, durante o dia, não víamos (refiro-me ao casal Fiuza com quem costumava viajar) quase ninguém nas ruas , ao contrário das enchentes que povoavam as mesmas até de madrugada.
Perguntámos num boteco, porquê, ao que nos disseram que durante o dia toda a gente ia para a praia.

No dia seguinte fomos até a uma praínha junto ao Castelo da cidade, e estava pouca gente, decidimos tomar um barco para visitar uma ilha que se avista da cidade, a Ilha de Lokrum.

Lá chegados, e quando demos os primeiros passos na ilha, eis que numa curva surge uma praia cheínha de banhistas todos nús.
Eram os tais que faltavam nas ruas durante o dia.


Nesta Cimeiras assinalámos 3 regressos de companheiros que há já algum tempo não aparecia,
Um deles foi o AUGUSTINHO, muito acarinhado pelo pessoal, e que revelou o grande motivo das suas faltas de comparência

Foi avô, sim ,alguma vez realizaram o Augustinho no papel de avô? A mudar fraldas, a segurar no biberom, a dar baho?
Pois, ele agora são essas as suas tarefas diárias.


Regressaram também a GRAÇA, que já não aparecia desde o Palácio da Independência, muito bem recebida. e a LEONOR, já quadri-avó, e que continua com aquela pedalada ,sempre palavrosa, sempre amiga.






Para além da decepção da falta do Prof.Canelas,também Comendador da ORDEM DE CAVALEIRO DO TACHO DO RC.

, e que deixou as tais Cartas Astrais por fazer, registou-se também a falta do Chico Santos Costa, infelizmente por lesão que o vai impedir de ir ao Estádio Nacional no proximo domingo, e de ter de desistir da candidatura a Presidente da Republica, n que seria apoiado pela TRANCA.

O Soba Vermelhusco também faltou, mas esse por medo de enfrentar o Cavaleiro Verde...



A Cimeira foi um enorme êxito, parabens à Produção do Farinho e das incansáveis PM DINA e MANUELA BRITO E SILVA.





e no fim , as contas...


Ah, e fiquei a saber no final, que o Restaurante chama-se CASA DO INGLEZ, porque os donos são a familia Aboim Inglez.

A próxima não se sabe on acontecerá, mas decerto vai acontecer, pois temos a PM DINA e a Misnistra dos Eventos Manela que nunca falham.

segunda-feira, maio 25, 2015

OS VENCEDORES DO FESTIVAL DE CINEMA DE CANNES 2015

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CANNES É UM MARCO DE CINEMA DE QUALIDADE,
NÃO NECESSARIAMENTE COMERCIAL, A MAIORIA
NÃO FARÁ MESMO CARREIRA NAS SALAS PNDE
O LUCRO É O OBJECTIVO

Este ano os vencedores têm mais uma vez o selo de qualidade

O filme "Dheepan", do francês Jacques Audiard, recebeu na noite deste domingo (24), no Festival de Cannes, a Palma de Ouro da 68ª edição.


O filme, que não era um dos favoritos para levar o prêmio principal do festival, conta a história de um ex-guerrilheiro do grupo Tigres de Libertação da Pátria Tamil do Sri Lanka que chega a França com um passaporte falso, ao lado de uma jovem e de uma criança que se passam por sua família.

O filme de Audiard conta a história de um ex-guerrilheiro dos Tigres de Libertação do Eelam Tâmil do Sri Lanka que chega à França com um passaporte falso acompanhado por uma jovem e uma menina que se passam por sua família. Depois de receber asilo político, ele encontra um trabalho de porteiro em um gueto, reduto de imigrantes, de exclusão e de pobreza. "Dheepan", interpretado por Jesuthasan Antonythasan, tenta construir uma vida familiar com essas duas desconhecidas.

O filme de Audiard tem bastante da própria vida do protagonista, que se envolveu na guerrilha independentista aos 16 anos, aos 19 fugiu para a Tailândia e quatro anos depois, em 1993, chegou à França, que lhe concedeu asilo político. "Me pareço em cerca de 50% a esse personagem", confessou o escritor e ator amador, segundo a France Presse.

Para o diretor francês o que mais lhe interessava nessa história era a "falsa família" que pouco a pouco vai se transformando em uma família de verdade, à medida que os três personagens aprendem a se conhecer, a se respeitar e a se amar. "Este homem antes lutava por razões políticas. Depois só lutou pelas pessoas que ama", explicou Jacques Audiard.

lista dos outros vencedores desta edição:

Grande Prêmio



O filme "Saul Fia" ("Son of Saul"), uma impactante história em um campo de concentração, do jovem cineasta húngaro Laszlo Nemes, foi premiado com o Grande Prêmio do Festival de Cannes.

"Saul Fia" conta o drama de um prisioneiro em um campo de concentração que acredita descobrir o corpo de seu filho entre uma pilha de mortos na câmara de gás e em meio à barbárie nazista tenta enterrá-lo segundo o ritual judeu. "Este continente ainda está habitado pelo tema", disse Nemes ao receber o prêmio.

Melhor realizador

O taiwanês Hou Hsiao-Hsien recebeu o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes pelo filme "The Assassin", sobre uma assassina na China da dinastia Tang.

Protagonizada pela grande estrela do cinema de Taiwan Shu Qi, o filme é construído como uma série de quadros e se mantém afastada do gênero das artes marciais, ainda que elas estejam presentes, maravilhosamente coreografadas.

Ambientado no século 9, o filme é visto como uma pintura antiga e difícil de ser entendido por uma visão ocidental.

Prêmio do Júri

O grego Yorgos Lanthimos ganhou o Prêmio do Júri por "The Lobster", protagonizado por Colin Farrell.

Câmera de Ouro


O filme "La tierra y la sombra", do colombiano César Acevedo, sobre as relações de uma família em uma plantação de açúcar, foi o vencedor da categoria Câmera de Ouro, que premia o melhor filme de um diretor estreante no Festival de Cannes. Exibido na "Semana da Crítica", o filme já havia recebido o Grande Prêmio desta mostra paralela.

Melhor roteiro
)

O filme "Chronic" do mexicano Michel Franco, impactante retrato de um enfermeiro que cuida de pacientes em estado terminal interpretado pelo britânico Tim Roth, venceu o prêmio de melhor roteiro do Festival de Cannes.

Rodado em inglês, "Chronic" era o único filme da América Latina na mostra oficial este ano em Cannes, onde o cineasta mexicano de 35 anos foi premiado em 2012 na mostra Um Certo Olhar com "Después de Lucía".

Melhor Atriz

A americana Rooney Mara ("Carol") e a francesa Emmanuelle Bercot ("Mon Roi") foram anunciadas neste domingo como as vencedoras do prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.

A decisão do júri colheu quase todos de surpresa, já que muitos apostavam em um prêmio para a australiana Cate Blanchett, que interpreta a mulher que se apaixona pela personagem de Rooney Mara no filme "Carol", do americano Todd Haynes.

O júri, presidido pelos irmãos Joel e Ethan Coen, decidiu dividir o prêmio entre Mara e Bercot, protagonista do filme "Mon Roi", da diretora francesa Maiwenn.

Melhor ator

O ator francês Vincent Lindon venceu o prêmio de interpretação masculina do Festival de Cannes por seu papel de desempregado no filme "La loi du marché" "(A lei do mercado"), do diretor francês Stéphane Brizé.

No filme, que faz um retrato demolidor das consequências do capitalismo selvagem, Lindon interpreta Thierry, um homem desempregado há muito tempo, pai de um filho deficiente, que encontra um trabalho de segurança em um supermercado no qual deve espionar os empregadoss para que, após qualquer falha, eles sejam demitidos.

Curta-metragem

O prêmio foi para o filme "Waves '98", do diretor libanês Ely Dagher.

OURO DO TOLO do fantástico RAUL SEIXAS

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A TRANCA LEMBRA O FANTÁSTICO
RAUL SEIXAS E O SEU "OURO DO
TOLO"


A primeira vez que escutei, fiquei em estado de choque , e ouvi ,ouvi,ouvi



lembras-te amoiga?

Ainda hoje arrepia, escutem o poema atá ao fim

HISTÓRIA CRUA - AFINAL QUEM FOI LUIS DE CAMÕES

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REEDIÇÃO MASTERIZADA

LUIS DE CAMÕES, a história crua

AGORA QUE ESTÁO NA MODA AS
VIAGENS DE FINALISTAS
A TRANCA VAI VOLTAR A PUBLICAR
A VERDADEIRA HISTÓRIA DO MAIOR
DOS VIAJANTES. HOJE REEDITAMOS
A HISTÓRIA VERDADEIRA DE
LUIS DE CAMÕES, QUE CONHECEU
A DINAMENE, TAMBÉM NUMA VIAGEM
DE FINALISTAS A COCHIN E CANANOR
.
Tendo em conta que os cronistas oficiais dos vários Poderes,tèm construído ao longo dos tempos, uma História desajustada da realidade,a TRANCA, tem vindo a
reconstruir a chamada Verdadeira História, ou HISTÓRIA CRUA, sem gorduras,sem falácias, sem inverdades, sem pressões.

É nesse espírito que chegou a vez de se fazer luz sobre LUIZ VAZ DE CAMÕES.


QUAL A VERDADEIRA RAZÃO DO GRANDE POETA TER FICADO SEM UM OLHO?

PORQUÊ, UM POETA LÍRICO TÃO INTENSO ,COM UMA SENSIBLIDADE TÃO
APURADA,VIRADO PARA AS COISAS DO AMÔR, VIRIA A ESCREVER UMA EPOPEIA
ELEGÍACA SOBRE AS CANALHICES QUE OS SEUS COMTEMPORÂNEOS PRATICARAM NO
ORIENTE?

Como pôde Camões tecer loas aos bombardeamentos da Costa Malabar, à
aniquilação das frotas comerciais dos povos do Mar Indico, por Vasco da Gama,
Albuquerque e outros cabos de guerra, cantadas em décimas epopeícas?



Luis de Camões nasceu e 1524.
Fidalgo pobre de família arruinada, teve uma infância sem brinquedos, a não ser, uma bola de trapos, um pião de pau de caixote e um triciclo feito pelo pai, sem roda da frente.
O pai, Simão Vaz de Camões rabo-de-saias encartado, um dia saiu para comprar cigarros e nunca mais regressou a casa.
O menino Luis viu um estranho ocupar o lugar do progenitor com uma dôr que nunca mais o abandonou. Para mitigar essa ferida, ainda tentou beber shots de vinho tinto com cabeças de fósforo moídas,traçadinhos de Carvalhelhos com Cocacola da Porta da Ravessa, mas não resultou.
Sublimaria a falta de afecto numa atitude briguenta, e as suas brincadeiras no recreio do Colégio dos Dominicanos, primeiro, e Jesuítas ,depois, para onde foi obrigado a internar-se pelo intratável padrasto,( um marinheiro normando metido a besta que havia sido corrido do convés das barcaças do Mar da Palha,e obrigado a ganhar a vida a fazer reservas numa Companhia de Passarolas, ali para os lados da Portela,) acabavam sempre em justas de grossa porradaria com os putos mais velhos, a abafar bilas aos mais putos, a apalpar o traseiro aos frades capuchinhos, a grafitar as paredes da sala do Frade confessor, a marcar lugares fictícios para o Call Center das Passarolas, e é ainda ele que inventa aquela bricadeira imbecil, da "primeira à caganeira, a segunda à cruzilheira, a terceira à rais-te-parta".

É na escola que ganha a alcunha de Trinca Fortes, acabando por ser expulso por heresia, ao bradar, estalando a língua, que o vinho que o Padre lhe estava dando a beber, simbolizando o sangue de Cristo, "era de estalo", questionando mesmo de seguida o atónito celebrante, "de que adega é esta pomada, senhor Prior?"
Seguiram-se anos de adolescente boémio, inconsequente, quezilento, amigo de noitadas, "shots",e consumo de uns pós brancos que na época ainda não eram demonisados, nem considerados crimecomo nos nossos dias.

Mas então e a tal sensibilidade de que atrás falámos?

Bem , o Luis, no rescaldo da adolescência inconsciente, entrou numa fase de grande produtividade intelectual, passando a frequentar as carrinhas da Gulbenkhian, e a sorver os clásscos na moda de então:

Petrarca, Garcilazo, Ariosto, Bernardim Ribeiro, Agustina Bessa Luis (sim essa mesma, ela não faz anos, faz séculos), e "A marca dos Avelares", passaram pela sua mesa de cabeceira.

E a perca do olho? qual a verdade histórica?

Bem, a Tranca esgravatou, e apurou haverem três versões com pernas para andar.

Ao contrario da História oficial, podemos afirmar que Luis não perdeu o olho na luta contra os mouros em Ceuta!!!

Na versão da Infanta Dona Ana Filipa, confidente doméstica de Dona Catarina de Ataíde, com quem o Luis teve um caso, este terá perdido um olho,numa luta com Gungunhana,o grande soba dos vátuas, aquando duma sua passagem por Moçambique,

GUNGUNHANA O CHEFE VÁTUA

a caminho de Calecute. O Luis, teria ter querido exportar a lindissima filha do chefe indígena, para a ilha dos amores para então vender os prazeres celestiais aos reis espanhois, a troco de informações sobre as Américas e
as sua beldades exoticas (claro que estamos a falar daquela actividade que nos nossos dias é considerada crime , prevista e punida pelo Código Penal sob a denominação de "lenocínio" ,traduzindo em línguagem normal, "facilitação de prostituição" ou "proxenetismo", ......

Outra versão, a segunda, diz-nos que o Luis costumava varar as noites com vadios e meretrizes no Conde Redondo, Monsanto , Bairro Alto e Intendente, onde era assíduo do Maxime, das Doroteias e do "Malcozinhado" o mais famoso prostíbulo du urbe Lisboeta da época.
Conta-se que uma noite, à saída, foi atacado pelo Fidalgo Don Kikas de Vilariques, que com 2 esbirros o tenta matar, alegadamente, por o nosso Poeta lhe haver roubado uma amante. Na refrega perdeu o olho e a liberdade, pois foi de cana para a cadeia do Tronco e mandado desterrar para a India, com a obrigação de pagar 4 mil reis ao "Esmoler D'El Rey" e servir 3 anos na Milicia do Oriente sob as ordens do famoso educador o Sargento Mór Gê-éne-érre Christovam.
Foi tão penoso, que escreveu:

.."Que castigo tamanho e que injustiça
que crueldades este homem inventa..."

Há ainda uma terceira versão, mui oculta dos olhos e ouvidos da plebe por ser desqualificadora do carácter do Luis.

Apaixonado desde muito cedo pelas aventuras do Peter Pan , nutria por um dos personagens uma afeição especial e de quem era incondicional fã . O Capitão Gancho.


De tal modo , que durante a sua estadia em Coxim mandou fazer a um correeiro de muita fama, uma manga de couro remetada com um formozíssimo gancho de latão emalhetado que colocava no braço esquerdo, quando personificava o famoso Piratão.
Um dia, numa das suas performances, entrou-lhe um argueiro para o olho esquerdo, e distaído...coçou-se....!!!

A SENSIBILIDADE DE LUIS DE CAMÓES

É no amor que o Poeta encontrou "o pires da sua chávena", e é também aí, que o deixa cair e se estilhaça...
Apaixona-se por tudo o que é mulher, por todas as mulheres do mundo.
E sempre com alta intensidade.



Os poemas que dedica são sempre fogosos, sentidos, delirantes:

"Oh que famintos beijos na flororesta
e que mimoso choro que soava
que arfares tão suaves, que via honesta
que em risinhos alegres se tornava"

A questão que abordámos no inicio da nossa tese, mantém-se:
Como pode um poeta que cria e entrelaça as palavras , e tão sensíveis, tão sublimes, versejar sobre a pulhice dos nossos para se apoderarem do negócio das espeçarias.

Ora para além das mil e uma aventuras com saias, de média e grande intensidade Luís atingiu o "pico" da paixão" por três vezes

Primeiramente com Dona Catarina de Ataíde, dama da Rainha de Copas, a quem o poeta atribuiu o nick name de "Natércia"

Mas é a sua louca paixão por Dona Maria, irmã de João III, que o inspira aos melhores dos seus poemas líricos, mas também à ua pedição.

"Amor é fogo que arde sem se
é ferida que dói e não se sente
é um contentamento descontente
é dôr que desatina sem doêr"

Descoberto o seu amôr proibido na casa da lenha do Palácio Real de Alcácer do Sal, Luis foi de novo encarcerado, e após uns meses de tortura do sono, pau de arara, clisteres opacos, flexões, cambalhotas encarpadas, quadros das quartas feiras, aérobica em cativeiro, sermões temáticos e homílias do Cavaco, rendeu-se
finalmente, e aceitou escrever um poema épico, a que foi obrigado a baptizar de "os Lusíadas",(embora lhes tenha tentado chamar "Luísiadas", uma vez que ele, Luís era quem os escreveria, mas a cúria não foi nisso),e onde teria de contar as aventuras de Vasco da Gama, Albuquerque, Don Sebastião e outros figurões, como se de actos heróicos se tratassem, e não ocorrências previstas e puníveis em qualquer código penal ,duma futura ordem jurídica, dum qualquer país ocidental, dito civilizado, ou como hoje se diz, de direito.

Tal como Da Vinci, deixara escapar , quando obrigado a desdizer a sua descoberta de que a terra era redonda e se movia em torno do sol:
"e contudo se muove"
Luis de Camões escreveria no post facio da Obra:

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
muda-se o sêr, muda-se a confiança.
todo o mundo é composto de mudança
tomando sempre novas qualidades"

Já agora,e para encerrar esta incursão da TRANCA neste tema da História verdadeira ou Crua, de Luis de Camões, repomos também a verdade sobre o pretenso salvamento do Manuscrito dos "Lusíadas", num naufrágo, aquando do regresso do Oriente.

Camões havia concluído o trabalho de casa imposto pelo Rei. Os Lusíadas estavam prontos para entrega. O Poeta viajava com a sua terceira grande paixão, a líndisima chinesinha chamada Dinamene, quando a caravela afundou.

Pressuroso mergulhou no Mar Indico e nadando vigorosamente conseguiu salvar aquilo aque os cronistas descreveram como sendo o manuscrito dos Lusíadas.
Nada mais errado, mais falso, mais mentiroso,
O manuscrito, esse, já havia sido enviado para Lisboa, trazido por um comisário de bordo das Passaretas de Macau

O que ele salvou, segurando firmemente com a mão direita, acima da linha d'água foi um chouriço da famosa Fábrica de enchidos de vacas sagradas de Cochim e Cananor.

quinta-feira, maio 21, 2015

estórias do rc

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estórias do rc
(reedição masterizada a pedido)

O Potier é mais uma das figuras peculiares que passaram pelo RC.
A sua imagem de marca passa pela sua ansiosa e permanente vontade de ajudar toda a gente, e pelas monumentais e frequentes distrações.
Recordaremos hoje um episódio ocorrido no final de mais um turno "quatro-meia-noite", no Verão de 76.
Nesse final de jornada, O Ricardo, o Cascada e eu próprio (Herdeiro). preparavamo-nos para picar o ponto, quando apareceu o Potier, apressado como sempre, e oferecendo-se para nos dar boleia.
Já a bordo da carrinha do nosso benfeitor, fomos confrontados com a dificuldade de pegar, e a saber, que afinal o Potier havia esquecido de meter gasolina.
-"Sorry, sorry" lamentou-se ele.
A cena seguinte, apanha-nos aos três a empurrar a pesada carrinha, desde a frente do edificio 25, até á bomba de gasolina mais próxima , que na época se situava bem próxima da agora existente, junto à segunda circular. Foram perto de dois quilómetros a puxar pelo físico e a vêr o tempo a passar, e o autocarro da carris que deveríamos ter apanhado....
Concluída a operação "encher o depósito, e quando nos julgávamos a salvo de qualquer outra surpresa "made in Potier", eis que que, quando já rodávamos na segunda circular, o nosso benfeitor soltou um grito de grande alegria :
.-"Olhem ali um Wolkswagen parado na via, se calhar também não tem gasolina, vamos ajudá-lo".Entreolhámo-nos em pânico, prevendo mais complicações e atrasos. O Potier parou atrás do outro ,e apeando-se, logo ofereceu ajuda. O carro estava de facto sem gasolina.
-"Oh amigo, entre no carro, que eu encosto o meu à sua traseira, e empurro-o até à próxima bomba".O outro bem tentou resistir "àquela"`ajuda, argumentando que o próximo posto ficava longe, junto ao Estádio da Luz. Nada conseguiu, o Potier obrigou-o a aceitar e quase o empurrou para dentro da viatura dele.
-"Sorry, sorry", justificou-se na nossa direcção..
As cenas seguintes foram de grande hilariedade para nós, e terror absoluto para o pobre "ajudado".
O Potier, de príncipio foi cautelosamente devagarinho, mas logo logo ,se entusiamou, e foi carregando no prego, e em breve atingia velocidade pouco compatível com a operação de socorro que estava a protagonizar. Nas leves inclinações a descer, o Wolkswagen ganhava algum avanço, para logo a seguir o Potier tornar a acelerar e a embater com estrondo no para-choques dele, empurrando e impelindo-o para diante.
O pobre condutor "ajudado" bem gesticulava para pararmos, mas o Potier inflexível , só terminou a sua tarefa de ajuda, junto à bomba salvadora.
Agradecido, branco de susto, com o para-choques traseiro todo amolgado, o condutor do wolkswagen, suspirou de alívio. e nós aproveitámos para escapar da turbulenta boleia, quando já eram quase duas da madrugada.
-"Sorry, sorry", despediu-se o Potier, confortado por mais esta benfeitoria

CIMEIRA DA CASA DO INGLÊS

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A NOSSA PM DINA, REGRESSADA DA SUA VISITA DE
ESTADO A MOÇAMBIQUE, ENVIOU À TRANCA E À SALA
DE CONVIVIO DO RC, A CONVOCATÓRIA PARA A NOS-
SA ASSEMBLEIA MAGNA DESTE MÊS DE MAIO. QUE VAI
TER LUGAR EM BENFICA, E TERÁ O NICKNAME DE
CIMEIRA D CASA DO INGLÊS

Eis pois a

CONVOCATÁRIA


"Amigas e amigos, já regressada de terras do Gungunhana cá estou para vos
dar notícias do nosso evento mensal.
O restaurante escolhido foi " Casa do Inglez " - Alameda Pedro Álvaro
Proença, 2A - Benfica. Descendo a av. Gomes Pereira ( esta avenida termina
a estrada de Benfica onde começa a av. do Uruguai ) quando temos à nossa
direita a Junta de Freguesia há uma rua à esquerda que é a do restaurante.
O autocarro 716 que vem da Alameda e Arco do Cego passa junto ao
>restaurante.
>Aqui vai a ementa:
Pão alentejano com tiborna de azeite
Entradas
Empadas e cogumelos salteados com bacon
Prato principal
Bacalhau com bro
Sobremesa à escolha
Bebidas(vinho da casa, sangria, soft drink)
Cafe
PREÇO...........15 €

Agora o pedido de sempre, preciso da vossa confirmação até sábado de manhã
pois tenho de comunicar o número exacto de manducantes para o restaurante.

ATT HERDEIRO divulga na Tranca e na sala

>Saudações RCEANAS e bjs
>DINA"

terça-feira, maio 12, 2015

INVASÃO DOS TORCEDORES DO CORINTHIANS AO MARACANÃ

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UM TROTE HISTÓRICO DA GALERA DA FIEL
AO MARACA

Lembro aqui uma malandrice histórica da claque do Corinthians, Em Dezembro de 1976, disputou-se no Maracanã uma meia final do campeonato, que então tinha uma poule final dos 4 primeiros, entre o FLUMINENSE (do Rio) e o CORINTHIANS (de São Paulo). As bilheteiras abriam às 8 da manhã. Os torcedores do Corinthias viajaram de madrugada entre São Paulo e o Rio, e cada um comprou 10 bilhetes, que depois foi vendendo SÓ a corintianos que iam chegando.




Resultado ,No RIO DE JANEIRO, o Maracanã tinha uma assistencia de quase todos corinthianos....

ESTÓRIAS DO RC

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REPRISE


ESTÓRIAS DO RC
..
Corria o ano de 1973, no RC trabalhavam então cento e tal colegas, divididos por imensos turnos.
A maioria tinha vinte e poucos anos, e muitos andavam ainda a estudar.
O então chefe de Secção, António Curado, tinha uma estranha atracção por aqueles que frequentavam a universidade. Não era uma atracção natural, era talvez uma não-atracção, talvez até uma espécie de ciúme não especificado.
Um dia, decorria com normalidade o turno da tarde, quando ele, ao passar pela mesa onde trabalhava o Melo, reparou num livro que o nosso colega tinha junto a ele.
Pegou no livro, leu o título :"Por uma contra-cultura", e triunfante , virou-se para o Melo e disparou:
-"Oh Melo, por esta não esperava, então você é contra a cultra"
A sala parou, silenciou, e pouco a pouco foram soando discretamente os risos e os encolheres de ombros...!!!

domingo, maio 10, 2015

A 10 DE MAIO DE 1789, FOI PRESO TIRADENTES

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TIRADENTES ,HERÓI BRASILDEIRO NA LUTA
CONHECIDA PELA INCONFIDÊNCIA MINEIRA
FOI PRESO EM 10 DE MAIO DE 1789



Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Fazenda do Pombal , batizado em 12 de novembro de 1746 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792) foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou nos domínios portugueses no continente americano (Brasil colonial,1530-1815), mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional.

O dia de sua execução, 21 de abril, é feriado nacional. A cidade mineira de Tiradentes, antiga Vila de São José do Rio das Mortes, foi renomeada em sua homenagem. Seu nome está inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, desde 21 de abril de 1992.



Biografia

Juventude

Nascido na Fazenda do Pombal, próximo ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José del-Rei, na Capitania de Minas Gerais3 .

Joaquim José da Silva Xavier era filho do português Domingos da Silva Xavier, proprietário rural, e da portuguesa nascida na colônia do Brasil, Maria Paula da Encarnação Xavier (prima em segundo grau de Antônio Joaquim Pereira de Magalhães), tendo sido o quarto dos nove filhos.

Em 1755, após a morte de sua mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São José; dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de seu tio e padrinho Sebastião Ferreira Leitão, que era cirurgião dentista.4 Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido (alcunha) de Tiradentes.2

Vida adulta

Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão sudestino. Em 1780, alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais; em 1781 foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do "Caminho Novo", estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam o domínio português sobre as capitanias por onde circulava. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, patente inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função de marechal da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787.

Na crônica "Memórias da Rua do Ouvidor", capítulo 7, o médico e escritor carioca Joaquim Manuel de Macedo relata que neste mesmo ano de 1787, Tiradentes conhece e se apaixona por uma certa "Perpétua Mineira", dona de uma "casa de pasto" (restaurante) na rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro. Segundo a crônica, Perpétua foi vista pela última vez em 21 de abril de 1792 nas proximidades da forca onde havia sido executado seu amante.

Após a licença da cavalaria, Tiradentes morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou projetos de vulto, como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para a melhoria do abastecimento de água no Rio de Janeiro; porém, não obteve aprovação para a execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse sua indignação perante o domínio colonial. De volta às Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência daquela capitania. Fez parte de um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador e grande proprietário de terras na Comarca do Rio das Mortes. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias americanas e a formação dos Estados Unidos. Ressalta-se que, à época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram oriundos das Minas Gerais, o que permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na Europa.

Participação na Inconfidência Mineira

Além das influências externas, fatores mundiais e religiosos contribuíram também para a articulação da conspiração na Capitania de Minas Gerais. Com a constante queda na receita institucional, devido ao declínio da atividade mineradora, a Coroa resolveu, em 1789, a aplicar o mecanismo da Derrama, para garantir que as receita oriundas do Quinto, imposto colonial que reservava um quinto (1/5) de todo minério extraído no Reino de Portugal e seus domínios. A partir da nomeação de Luís da Cunha Meneses como governador da capitania, em 1783, ocorreu a marginalização de parte da elite local em detrimento de seu grupo de amigos. O sentimento de revolta atingiu o máximo com a decretação da derrama, uma medida administrativa que permitia a cobrança forçada de impostos, mesmo que preciso fosse prender o cobrado, a ser executada pelo novo governador da Capitania, Luís Antônio Furtado de Mendonça, 6.º Visconde de Barbacena (futuro Conde de Barbacena), o que afetou especialmente as elites mineiras. Isso se fez necessário para se saldar a dívida mineira acumulada, desde 1762, do quinto, que à altura somava 768 arrobas de ouro em impostos atrasados.

O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da sedição sairiam às ruas de Vila Maria dando vivas à República, com o que ganhariam a imediata adesão da população. Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, em 15 de março de 1789 foi delatada aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis, coronel, Basílio de Brito Malheiro do Lago, tenente-coronel, e Inácio Correia de Pamplona, luso-açoriano, em troca do perdão de suas dívidas com a Real Fazenda. Anos depois, por ordem do novo oficial de milícia Ernesto Gonçalves, planejou o assassinato de Joaquim Silvério dos Reis.

Entrementes, em 14 de março, o Visconde de Barbacena já havia suspendido a derrama o que de esvaziara por completo o movimento. Ao tomar conhecimento da conspiração, Barbacena enviou Silvério dos Reis ao Rio para apresentar-se ao vice-rei, que imediatamente (em 7 de maio) abriu uma investigação (devassa). Avisado, o alferes Tiradentes, que estava em viagem licenciada ao Rio de Janeiro escondeu-se na casa de um amigo, mas foi descoberto ao tentar fazer contato com Silvério dos Reis e foi preso em 10 de maio. Dez dias depois o Visconde de Barbacena iniciava as prisões dos inconfidentes em Minas.

A 10 DE MAIO DE 1789 TIRADENTES É PRESO

Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos Correia de Toledo e Melo, José da Silva e Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante dos Dragões, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Joaquim Silvério dos Reis (um dos delatores do movimento), os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor.

Os principais planos dos inconfidentes eram: estabelecer um governo republicano independente de Portugal, criar indústrias no país que surgiria, uma universidade em Vila Rica e fazer de São João del-Rei a capital. Seu primeiro presidente seria, durante três anos, Tomás António Gonzaga, após o qual haveria eleições. Nessa república não haveria exército – em vez disso, toda a população deveria usar armas, e formar uma milícia quando necessária. Há que se ressaltar que os inconfidentes visavam a autonomia somente da província das Minas Gerais.

Julgamento e sentença

Negando a princípio sua participação, Tiradentes foi o único a, posteriormente, assumir toda a responsabilidade pela "inconfidência", inocentando seus companheiros. Presos, todos os inconfidentes aguardaram durante três anos pela finalização do processo. Alguns foram condenados à morte e outros ao degredo; algumas horas depois, por carta de clemência de D. Maria I, todas as sentenças foram alteradas para degredo, à exceção apenas para Tiradentes, que continuou condenado à pena capital, porém não por morte cruel como previam as Ordenações do Reino: Tiradentes foi enforcado.

Tiradentes Esquartejado, obra de Pedro Américo (1893; Museu Mariano Procópio).
Os réus foram sentenciados pelo crime de "lesa-majestade", definida, pelas ordenações afonsinas e as Ordenações Filipinas, como traição contra o rei. Crime este comparado à hanseníase pelas Ordenações Filipinas:

-“Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que é tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharam, que o comparavam à lepra; porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da gente: assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa.”6

Por igual crime de lesa-majestade, em 1759, no reinado de D. José I de Portugal, a família Távora, no processo dos Távora, havia padecido de morte cruel: tiveram os membros quebrados e foram queimados vivos, mesmo sendo os nobres mais importantes de Portugal. A Rainha Dona Maria I sofria pesadelos devido à cruel execução dos Távoras ordenado por seu pai D. José I e terminou por enlouquecer.

Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade, em parte, provavelmente, por ser o inconfidente de posição social mais baixa, haja vista que todos os outros ou eram mais ricos, ou detinham patente militar superior. Por esse mesmo motivo é que se cogita que Tiradentes seria um dos poucos inconfidentes que não era tido como maçom.

E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da coroa portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local. Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes, argumentando que todo esse espetáculo acabou por despertar a ira da população que presenciou o evento, quando a intenção era, ao contrário, intimidar a população para que não houvesse novas revoltas.

Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.

JUSTIÇA que a Rainha Nossa Senhora manda fazer a este infame Réu Joaquim José da Silva Xavier pelo horroroso crime de rebelião e alta traição de que se constituiu chefe, e cabeça na Capitania de Minas Gerais, com a mais escandalosa temeridade contra a Real Soberana e Suprema Autoridade da mesma Senhora, que Deus guarde.
MANDA que com baraço e pregão seja levado pelas ruas públicas desta Cidade ao lugar da forca e nela morra morte natural para sempre e que separada a cabeça do corpo seja levada a Vila Rica, donde será conservada em poste alto junto ao lugar da sua habitação, até que o tempo a consuma; que seu corpo seja dividido em quartos e pregados em iguais postes pela estrada de Minas nos lugares mais públicos, principalmente no da Varginha e Sebollas; que a casa da sua habitação seja arrasada, e salgada e no meio de suas ruínas levantado um padrão em que se conserve para a posteridade a memória de tão abominável Réu, e delito e que ficando infame para seus filhos, e netos lhe sejam confiscados seus bens para a Coroa e Câmara Real. Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792, Eu, o desembargador Francisco Luiz Álvares da Rocha, Escrivão da Comissão que o escrevi. Sebão. Xer. de Vaslos. Cout.º7


— Sentença proferida contra o réu Joaquim José da Silva Xavier



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